Wikipédia:Arquivo Histórico do Rio Grande Do Sul

O Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS), foi criado através da Lei 2.345, de 29 de janeiro de 1954, é uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Sua principal função é guardar e conservar a documentação histórica de origem pública, principalmente do Poder Executivo, e privado [1] .

Conta com um acervo formado por mais de 10 milhões de documentos, representando um das maiores instituições documentais relativas ao Estado e um dos principais locais de memória do Rio Grande do Sul. O acesso à documentação é público, gratuito e irrestrito. Além de organizar e preservar todo acervo, o arquivo realiza exposições a partir da documentação que abriga.

Além das exposições produzidas, o ARHS realiza uma grande difusão de seu acervo documental através da publicação de anais e catálogos. Todos dispostos em forma digital na sua aba no site da Secretaria da Cultura do estado do Rio Grande do Sul. A título de exemplo, o arquivo produziu, em parceria com a Assembleia Legislativa, o catálogo “Movimentos Sociais sob suspeita: Documentos da polícia política do Rio Grande do Sul durante a ditadura”, realizando um levantamento das menções à movimentos sociais dentro do fundo que abarca a documentação do SOPS (Seções de Ordem Política e Social). Assim como a produção do catálogo “Registros da presença negra no Arquivo Histórico do RS: Fundo Polícia - Documentação avulsa (1826/1888)”, resgatando a presença da população negra no AHRS, em um movimento contrário à exposição exclusiva da documentação oficial e hegemonicamente branca.

O prédio do AHRS: editar

Localizado na Rua Sete de Setembro, número 1020, na praça Barão do Rio Branco também conhecida como Praça da Alfândega, o prédio onde abriga o Arquivo Histórico Rio Grande do Sul foi inaugurado em 1914. Foi projetado pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn, e construído por Rudolf Ahrons, autor do projeto estrutural, entre 1910 e 1913. Inicialmente o prédio abrigava os Correios e Telégrafos da cidade [2] .

O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN) em 1981 e consta no livro Tombo Histórico e Tombo Belas Artes, passando por um processo de recuperação a partir de 1998. Este local tornou-se o Museu Postal, a partir de 1996, por convênio com a prefeitura. Em fevereiro de 2000, a partir do Decreto n° 39.986, tornou-se o Memorial do Rio Grande do Sul, instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), como um espaço voltado à preservação e fomento da memória histórica e cultural do Rio Grande do Sul [3].

  1. «Exposições». Secretaria da Cultura. 9 de abril de 2021. Consultado em 23 de abril de 2024 
  2. «Porto Alegre – Correios e Telégrafos | ipatrimônio». Consultado em 23 de abril de 2024 
  3. «Wayback Machine». web.archive.org. 5 de setembro de 2013. Consultado em 23 de abril de 2024