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Critérios de Notoriedade - Redes e Complexos de Cinema (24set2015)

Já havia feito esta sugestão na página Dúvidas, e como não houve resposta, volto a insistir no assunto. Gostaria que fosse aberta uma discussão acerca dos critérios de notoriedade que poderiam pautar artigos sobre redes de cinema e sala de cinema. Como não há nada pacificado sobre o assunto, alguns editores que atuam no patrulhamento de páginas baseiam-se em suas próprias convicções, o que não me parece o mais adequado, pois termina por gerar conflitos. Peço a opinião dos amigos e orientações. Cordiais saudações! Ajmcbarreto (discussão) 10h28min de 24 de setembro de 2015 (UTC)[responder]

Prezados,

No meu modesto entendimento, a arte cinematográfica como um todo é de suma importância para a humanidade, conseqüentemente de natureza enciclopédica. Não poderíamos, então, desprezar nenhum elo da cadeia: produção, distribuição e exibição. E chamo a atenção para o caso das redes e salas exibidoras, que não possuem critérios específicos de notoriedade, ainda que sejam igualmente importantes, pois não pode existir cinema sem o seu espaço físico. E a permanência de alguns artigos pode acabar ficando a cargo do ideário e quem estiver patrulhando as páginas - ao invés de termos uma discussão aberta por ER ou ESR, bem que poderíamos pacificar o assunto.

Penso que todas as redes e complexos cinematográficos são merecedores de artigos próprios, pois costumam fazer parte da memória afetiva das pessoas, em função das experiências que proporcionam, seja pela fruição da arte, pelo ato social de ir ao cinema ou pelo lazer/diversão. Ademais, a abertura de novas salas sempre é festejada pela mídia afora (em todas as suas expressões), e o fechamento é igualmente noticiado e lamentado. Nunca faltam referências.

Como sempre há quem pense diferente, alternativamente faço algumas minhas sugestões:

  • Redes de Cinema

Mereceriam artigos as que se enquadrassem nas seguintes situações:

    • pelo menos um ano de existência;
    • gerenciadora de três ou mais complexos, independentemente do número de salas;
    • referências em pelo menos cinco sites distintos, fiáveis e independentes;
    • programação divulgada/replicada/mencionada em pelo menos três sítios distintos, fiáveis e independentes;
    • no caso de redes voltadas ao cinema de arte, todas fariam jus, por participarem ou gerenciarem festivais próprios, além do incentivo às produções nacionais/locais.
  • Complexos de Cinema

Mereceriam artigos os que se enquadrassem nas seguintes situações:

    • pelo menos um ano de existência;
    • referências em pelo menos cinco sites distintos, fiáveis e independentes;
    • programação divulgada/replicada/mencionada em pelo menos três sítios distintos, fiáveis e independentes;
    • no caso dos complexos do interior ou outras regiões carentes em que são os únicos provedores da arte cinematográfica, todos seriam dignos de artigos, em função do papel que desempenham para a cultura de suas comunidades;
    • o mesmo para as chamadas "salas de arte", de natureza independente (sem vínculo com nenhuma rede, que são maioria no Brasil.

Por fim, entendo que a abordagem deva ser muito mais de equipamentos culturais (a exemplo de centros culturais, teatros, museus, etc.) do que empresas.

Cordiais saudações,--AjmcbarretoVai, fi de Quenga! 00h41min de 20 de novembro de 2015 (UTC)[responder]

  Concordo Com os critérios de notoriedade, além de resolver conflitos, também evitará marketing. Mas só 5 ou 3 referências? Theys York (discussão) 03h28min de 20 de novembro de 2015 (UTC)[responder]
Theys York não te esqueças que estás a pensar no Brasil (que é um mundo !). Se pensares nos outros países da lusofonia, a grande maioria dos cinemas ficará excluído. Vê por exemplo isto. Abraço --João Carvalho deixar mensagem 15h24min de 20 de novembro de 2015 (UTC)[responder]
Prezados Theys York D​ C​ E​ F e João Carvalho D​ C​ E​ F, penso que os cinemas dos outros países lusófonos (a não ser Portugal, talvez) mereceriam um destacado arquivo por si só, sem maiores exigências, em função da sua raridade e importância intrínseca. É a minha sugestão.--AjmcbarretoVai, fi de Quenga! 14h56min de 21 de novembro de 2015 (UTC)[responder]

  Discordo a não ser que sejam muito bem justificados e argumentados todos os seguintes pontos:

  1. Porque é que todos os cinemas sem exceção com mais de um ano são relevantes.
  2. Porque é que todos os complexos com mais de três salas são relevantes.
  3. Porque é que todos os cinemas do "interior" (interior de quê) são notáveis.
  4. Porque é que todos os cinemas independentes são notáveis.
  5. Porque é que "cobertura significativa por múltiplas fontes fiáveis" foi substituído por "cinco sites".
  6. Porque é que se passaria a aceitar spam/press releases/anúncios/ºropaganda/horários como fontes fidedignas que presumem notoriedade.

Quintal 18h11min de 20 de novembro de 2015 (UTC)[responder]

Prezado Quental, seja muito bem vindo! pela vossa postagem na PU, imaginei que estivesse deixando a wikipédia. É um prazer dialogar contigo, e espero que nosso debate seja bastante profícuo (lamento muito ter me abstido na discussão do Cine Queluz, não mais me omitirei assim). Vamos direto ao assunto:
Estamos pesquisando e coletando dados acerca do circuito exibidor brasileiro desde 2003, sobre sua história e suas influências, me aprofundado mais a partir de 2006, e tenho observado o seguinte:
  • a) As salas de cinema costumam exercer um poder fantástico no imaginário do brasileiro e não costumam passar em branco, mesmo quando são fechadas. É paradoxal, mas mesmo quem não costuma ir ao cinema fica feliz com a abertura de um complexo perto de casa, e lamentar quando elas são fechadas; mesmo as antigas e extintas permanecem gravadas na memória afetiva das pessoas, conferindo-lhes uma inegável importância. Há sempre alguma comoção quando uma sala deixa de funcionar. Não é á toa que muito se refere à ‘’’magia do cinema’’!
  • b) Devo mencionar que a projeção da sétima arte tem sobrevido nos recintos fechados, mesmo com tantas profecias em contrário, graças à sua capacidade de se reinventar (como no caso do antigo 3D, do Cinerama, do multiplex, do 3D digital, etc.), produzindo tecnologia que mais tarde seriam incorporadas pela TV, como o 3D, or exemplo.
  • c) Há mesmo dezenas de trabalhos acadêmicos a esse respeito, posso passar para ti uma lista, além de blogues e outros sítios na web - há na de Juiz de Fora um sítio dedicado à um cinema extinto, na esperança de reavivá-lo! sim, meu caríssimo escritor português, salas de cinema são muitíssimo importantes, pois ‘’Vox populi, vox Dei!’’ Consequentemente, assunto enciclopédico.
  • d) Outro exemplo disso: é comum as pessoas se movimentarem não só contra o fechamento, mas também pelo retorno delas. Poderia postar aqui milhares de links referentes às campanhas promovidas nas cidades deMossoró, Itabuna e Mogi das Cruzes, o movimento pela volta do Cine Belas Artes de São Paulo e tantas outras, mas como dá um trabalhão enorme, só o farei se o amigo considerar necessário. Sei que as pessoas se envolvem em outras causas talvez até com mais ênfase, mas isso não tira o mérito e o brilho daqueles que sonham com cinema perto de si;
  • e) Vou citar aqui apenas um único caso, campanha promovida para salvar o ultimo cine drive-in do país;
  • f) Aliás, a abertura é sempre noticiada pela imprensa, com um vigor muito maior do que quaisquer outros tipos de estabelecimento (a exemplo de supermercados, lojas de grife, farmácias, etc), que não provocam a mesma reação. Aliás, costumo dizer que cinemas e respectivas redes deveriam ser vistos muito mais como equipamentos culturais do que empresas, pois é assim que costumam serem vistos pela maioria das pessoas;
  • g) A preocupação com tais equipamentos urbanos de cultura não é apenas popular, mas governamental , com o Governo Brasileiro tendo criado os projetos Perto de Você e Cinema da Cidade, objetivando levar salas de cinema para quem não tem acesso. O Estado do Rio de Janeiro possui até um programa próprio de distribuição de ingressos, há iniciativo semelhante no Estado de São Paulo;
  • h) Em Portugal, a chegada da Orient Cinemas foi também muito bem repercutida, mas nosso falar com categoria sobre a situação lusitana, pois não estudo aquele mercado.

Falando mais diretamente aos vossos questionamentos:

  • a) questionamento número 1 - está sendo respondido ao longo deste post;
  • b) questionamento número 2 - “Porque é que ‘’todos’’ os complexos com mais de três salas são relevantes – Não são “complexos”, mas “redes” – a ideia seria criar um limitador, mas é importante recordar que mesmo as pequenas redes costumam ser as únicas provedoras de serviços cinematográficos em cidades não cobertas pelas ‘’majors’ (na maiorias das vezes é o único exibidor), o que lhe confere importância para as populações locais; portanto, podemos rever este conceito.
  • c) Questionamento 3 – ver justificativas abaixo, mas caso não concorde peço sugestões;
  • d) Questionamento 4 – Salas de arte e cinemas independentes tem sua importância reconhecida até pelas autoridades brasileiras, pelo incentivo à produção independente/cinema de culto (o público é menor, mas muito apaixonado!) e o espaço que abre à produção local, muitas vezes de forma espontânea, fazendo jus até ao ‘’Prêmio Adicional de Renda’’, promovida pela ANCINE. Ademais, promovem festivais e mostras, sejam próprios ou gerenciados por outros, auxiliam na formação de plateia, têm elas um papel indispensável na arte cinematográfica.
  • e) Questionamento 5 – ‘a intenção foi estabelecer uma quantidade mínima de fontes reputáveis, mas podemos rever! Aguardo sugestões;
  • f) Questionamento 6 – Por favor, não há intenção de empregar-se fontes não confiáveis, e muito menos spam, menciono apenas o fato de que, se há órgãos da imprensa replicando a programação de forma espontânea em meio à suas colunas e matérias, é porque o assunto “programação de cinema” têm para eles alguma importância. Se não fosse importante, não haveria essa divulgação. Ademais, nem sempre ocorre por intermédio de “press realease”, na maioria das vezes é de iniciativa própria – há aqui no Brasil uma porção de endereços dedicados a este assunto, que incluem críticas dos filmes, como o [1], o [2], entre tantos outros, bastante gabaritados (posso atestar pois acompanho)

Entendo que a comunidade wikipedista não está mais afeita à discussão de notoriedade, em virtude dos muitos aspectos subjetivos que o tema envolve. E que a discussão de notoriedade do artigo envolve também o ‘’’mérito individual’’’. Mas isso dá uma dor de cabeça fenomenal, pelas seguintes fatores:

  • a) A discussão se torna ainda mais subjetiva, dependo em muito de um julgamento individual, do imaginário e da boa-vontade de quem estiver patrulhando, sempre provocada por uma desgastante ES, ESR ou PE (quando poderia ter começado na página de discussão do artigo);
  • b) Veja que em muitas cidades interioranas (que não são capitais, ou têm menos de 100.000 hab., apenas como exemplo) os cinemas são muito importantes para suas respectivas comunidades, não apenas como espaço de socialização, arte, cultura e lazer, mas até espaço para produção local, incentivando nascimento de novos cineastas e produtores – mas dificilmente quem estiver patrulhando as páginas vai levar tais aspectos em conta, pois para quem é de uma grande cidade e não vivencia aquela realidade, tais elementos não possuem significância alguma;
  • c) Muitas prefeituras e governos estaduais fazem caravanas de estudantes [3], com o introito de democratizar o acesso e formar plateia, mas esse é um fator fadado a ser totalmente ignorado. Se para nossos governos cinema é assunto importante para a população, porque não seria para nós também?
  • d) Para piorar ainda a situação, há ainda aqueles editores-patrulhadores que são completamente arredios a este tema, o que torna o trabalho ainda mais penoso, pois exigem que seja mostrada a existência de um verdadeiro “foguetório virtual” pela web afora acerca do cinema tratrado no artigo – tudo isso impulsionado por um mal assumido delecionismo (gente, por favor, sem ofensas a ninguém, esses fatores fazem parte da alma humana e sou humano também!). A exigência é triplicada, é impossível convencer!
  • e) Escrever artigos bem wikificados, coletar fontes, etc, dão uma trabalheira enorme, e o editor acaba por se tornar um refém da boa-vontade dos editores-patrulhadores, quando o tema não está previamente “normatizado” (por favor, mais uma vez não quero ofender a ninguém, é apenas uma constatação baseado na nossa experiência).

Estimado amigo, não concordando com os critérios aqui sugeridos, peço que faça suas próprias propostas, pois a intenção foi ‘’principalmente’’ abrir o debate sobre o assunto.--AjmcbarretoVai, fi de Quenga! 15h17min de 21 de novembro de 2015 (UTC)[responder]


  Comentário Desculpe, mas escreveu uma wall of text gigante dissertando sobre cinema, sem responder a rigorosamente nenhuma das questões nem justificar de que forma todos os cinemas que apontou são automaticamente relevantes. E a resposta à questão 6 entra em conflito direto com as nossas regras: press releases e anúncios não são fontes fidedignas e independentes para presumir notoriedade. Sem argumentos, continuo a   discordar Quintal 15h43min de 21 de novembro de 2015 (UTC)[responder]

Por aquilo que eu percebi as "press releases e anúncios" não têm nada a ver com a notoriedade. É só mais uma exigência para dificultar a introdução de centenas de cinemas. A notoriedade é dada pelas fontes independentes ! --João Carvalho deixar mensagem 18h15min de 21 de novembro de 2015 (UTC)[responder]

  Discordo, existir não é razão suficiente para justificar artigo. Proposta com números "mágicos", três? Por que não quatro, cinco, duas? Qual o critério para definir. A Wikipédia não é guia de cinemas e nem de qualquer outro empreendimento. Ou o cinema tem algo de relevante sobre a sua existência comprovado por fontes fiáveis e independentes ou não passa de divulgação. Fabiano msg 18h22min de 21 de novembro de 2015 (UTC)[responder]

  Discordo Per Antero e Fabiano. A proposta tem subjacente a ideia, que no passado era mais comum e que ultimamente tem vindo a ser cada vez menos aceite, de que a Wikipédia deve ser uma espécie de WP:GUIA e de diretório de organizações com alguma relevância social ou cultural local, mas que na prática em nada se distinguem de milhares das suas congéneres. É evidente que qualquer sala de cinema terá menções nos média, mais ainda se for uma empresa com várias salas, pois se essas menções não existirem ela irá rapidamente à falência. Mas quase invariavelmente essas menções não evidenciam o que torna essas salas ou complexos diferentes de quaisquer outras. Por isso, na prática estes critérios proposto vão ser do tipo "toda a empresa que tiver X salas de cinema é notória", ou seja uma variante de WP:TUDO e/ou WP:BOACAUSA. E isso tem vindo a ser combatido desde há vários anos por aqui. Notoriedade não se WP:TRANSMITE; não está em causa a importância do cinema cultural e socialmente, mas sim a relevância enciclopédica das salas e empresas individualmente. --Stegop (discussão) 21h51min de 21 de novembro de 2015 (UTC)[responder]