William Stringfellow

Frank William Stringfellow (Johnston, Rhode Island, 28 de Abril de 1928 - Block Island, Rhode Island, 2 de Março de 1985) foi um teólogo Anglicano (Episcopaliano), e filósofo norte-americano. Destacou-se também pelo seu activismo social.

Primeiros anos e educação editar

Nascido em Johnston, no estado de Rhode Island, conseguiu obter várias bolsas de estudo e entrar no Bates College, em Lewiston, Maine, aos 15 anos de idade, em 1943. Mais tarde, obteve uma bolsa de estudo para a London School of Economics, e serviu na 2ª Divisão Armada dos Estados Unidos. Frequentou depois a Harvard Law School, em Cambridge, Massachussetts. Depois da sua graduação, mudou-se para Harlem, Nova Iorque, para trabalhar junto das comunidades pobres afro-americanas e hispânicas.

Activismo editar

As origens da sua carreira de activismo podem ser traçadas aos seus anos no Bates College, quando organizou um protesto sentado num restaurante local do Maine, que se recusava a servir pessoas de cor. Apenas alguns anos depois, Stringfellow já tinha ganho a reputação de ser um crítico estridente das políticas sociais, económicas e militares dos Estados Unidos, e um defensor incansável da justiça racial e social. Essa justiça, segundo afirmava, apenas poderia ser alcançada se fosse procurada de acordo com um sério entendimento da Bíblia e da fé Cristã. Stringfellow esteve particularmente activo no movimento dos direitos civis, nas décadas de 1950 e 1960, falando extensivamente sobre a desobediência civil através da não-violência e da integração. O seu testemunho figura numa entrevista de Robert Penn Warren, publicada no seu livro Who Speaks for the Negro? (1965).[1]

Teologia editar

Como Cristão, via a sua vocação como uma dedicação, conferida em si pelo baptismo, para uma luta de toda a vida contra os "principados e potestades", como o "Mal sistémico" ou o "Poder da morte" são por vezes chamados no Novo Testamento. Stringfellow proclamava que ser um fiel seguidor de Jesus significava libertar-se de todas as forças espirituais da morte e destruição e submeter-se de todo o coração ao poder da vida. Em contraste com a maior parte dos jovens teólogos Protestantes liberais do seu tempo, Stringfellow insistia no primado da Bíblia para os Cristãos à medida que eles se entregavam a trabalhos precários e inerentemente perigosos. Isto coloca-o em termos teológicos, não no campo do Evangelicalismo, mas no da Neo-ortodoxia, particularmente a escola influenciada por Karl Barth. Stringfellow era crítico de qualquer teologia política que funcionasse como uma teologia fechada. Criticava também os seminários Protestantes liberais por serem teologicamente superficiais e as instituições mais conservadoras por se isolarem da sociedade moderna.

Livros editar

  • The Life of Worship and the Legal Profession, New York; New York National Council, 1955.
  • A Public and Private Faith, Grand Rapids, MI: Eerdmans Publishing Co., 1962.
  • Instead of Death, New York, NY: Seabury Press, 1963.
  • My People Is the Enemy, New York, NY: Holt, Rinehart and Winston, 1964.
  • Free in Obedience, New York, NY: Seabury Press, 1964.
  • Dissenter in a Great Society, New York, NY: Holt, Rinehart and Winston, 1966.
  • The Bishop Pike Affair (com Anthony Towne), New York, NY: Harper & Row, 1967.
  • Count It All Joy, Grand Rapids, MI: Eerdmans Publishing Co., 1967.
  • Imposters of God: Inquiries into Favorite Idols, Washington, DC: Witness Books, 1969.
  • A Second Birthday, Garden City, NY: Doubleday, 1970.
  • Suspect Tenderness: The Ethics of the Berrigan Witness (com Anthony Towne), New York, NY: Holt, Rinehart and Winston, 1971.
  • An Ethic for Christians and Other Aliens in a Strange Land, Waco, TX: Word, 1973.
  • The Death and Life of Bishop Pike (com Anthony Towne), Garden City, NY: Doubleday, 1976.
  • Instead of Death, 2ª edição, New York, NY: Seabury Press, 1976.
  • Conscience and Obedience, Waco, TX: Word, 1977.
  • A Simplicity of Faith: My Experience in Mourning, Nashville, TN: Abingdon, 1982.
  • The Politics of Spirituality, Philadelphia, PA: Westminster Press, 1984.
  • Foreword to Melvin E. Schoonover, Making All Things Human: A Church in East Harlem, New York; Holt, Rinehart & Winston, 1969.

Referências editar

  1. Robert Penn Warren Center for the Humanities. «William Stringfellow». Robert Penn Warren's Who Speaks for the Negro? Archive. Consultado em 2 de Fevereiro de 2016 

Ligações externas editar