Xesús Alonso Montero

Xesús Alonso Montero (Vigo, 28 de novembro de 1928) é um ensaísta, presidente da RAG e do CCG, catedrático de literatura galega, sociolinguista, poeta e conferencista.[1][2]

Xesús Alonso Montero
Xesús Alonso Montero
Nascimento 28 de novembro de 1928
Vigo
Cidadania Espanha
Cônjuge Victoria Álvarez Ruíz de Ojeda
Filho(a)(s) Emilio Alonso Pimentel, Xesús Pimentel
Alma mater
Ocupação filólogo, crítico literário, escritor, poeta, sociolinguista, linguista

Biografia editar

Passou a sua infância e adolescência em Ventosela (Ribadavia), na terra dos seus pais. Faz parte da geração de escritores do pós-guerra civil.[2]

Licenciou-se em Filosofia e Letras na Universidade de Madrid, e em 1966 doutorou-se na Universidade de Salamanca com uma tese sobre Curros Enríquez. Militou no Partido Comunista de Espanha a partir de 1962.[2]

Destacou no campo da sociolinguística com livros como O porvir da lingua galega (1968), O que cómpre saber da lingua galega (1969) ou o polêmico e contestado Informe -dramático- sobre la lengua gallega (1973), onde retoma as suas teses apocalípticas sobre a língua galega, assinalando mesmo uma data para sua morte.

Realizou e publicou estudos sobre vários escritores galegos:

São importantes as suas colaborações em outros âmbitos da literatura galega, como podem ser a poesia popular e os poetas alofones em galego. Também tem realizado estudos sobre autores da literatura espanhola como Antonio Machado, García Lorca, Unamuno ou Valle-Inclán.

Além disto, são destacáveis as suas colaborações na imprensa galega, recolhidas em parte na obra Beatus qui legit: artigos jornalísticos (1998-1999). Salienta-se também o seu papel como conferencista, sobretudo na Espanha e na América. Escreveu também livro de poemas como Versos satíricos ó xeito medieval ou Versos republicanos. Assim mesmo, realizou compilações poéticas de homenagem a autores galegos: Coroa poética para Castelao (1988), Coroa poética para um mártir (1996), Coroa literaria para Roberto Blanco Torres contra a súa morte (1999) e 47 poetas de hoxe cantan a Curros Enríquez (2001).

Recebeu vários galardões entre os que se destacam: o Premio Galiza de Jornalismo (anos 1986 e 1990), o Premio Nacional de Xornalismo Julio Camba (1988), o Premio Otero Pedrayo (1989), o Prémio Trasalba em 2000 e o Prêmio Cultura Galega das Letras em 2019

Ingressou na Real Academia Galega a 30 de outubro de 1993, por sugestão de Xosé Filgueira Valverde, Carlos Casares Mouriño e Ramón Piñeiro López. Intitulou o seu discurso de ingresso como "Manifestos" em verso em favor da poesia civil nos primeiros tempos do Pós-guerra na Galiza da Terra e na Galiza Emigrante (1939-1962).

Obra editar

  • Cen anos de literatura galega (1964)
  • A batalla de Montevideo. Os agravios lingüísticos denunciados na UNESCO en 1954
  • As palabras no exilio. Biografía intelectual de Luís Seoane (1994)
  • Beatus qui legit: artigos periodísticos (1998-1999)
  • Curros Enríquez no franquismo (1936-1971)
  • Decálogo da lingua galega
  • Ensaios breves de literatura e política
  • Escritores: desterrados, namorados, desacougantes, desacougados...
  • Informe(s) sobre a lingua galega (presente e pasado)
  • Intelectuais marxistas e militantes comunistas en Galicia (1926-2006)
  • Luís Pimentel: biografía da súa poesía
  • O que cómpre saber da lingua galega
  • Páxinas sobre Rosalía de Castro (1954-2004)
  • Pois era un barco pirata
  • Versos republicanos e outros versos políticos
  • Versos satíricos ó xeito medieval
  • A batalla de Montevideo. Os agravios linguísticos denunciados na UNESCO en 1954 (2003)
  • Intelectuais marxistas e comunistas en Galicia (2007)
  • Os escritores galegos ante a Guerra Civil Española (2007)

Referências

  1. «Xesús Alonso Montero |». Alvarellos Editora (em galego). Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. a b c «Biblioteca de Xesús Alonso Montero | Biblioteca de Galicia». bibliotecadegalicia.xunta.gal (em galego). Consultado em 12 de maio de 2023 

Ligações externas editar

 
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