O yacon (Smallanthus sonchifolius[1]), também conhecido como batata yacon, ou batata do diabético, é uma planta originária da Cordilheira dos Andes cujas folhas e raízes tuberosas são consumidas na forma natural em diversos países da América Latina.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaYacon

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Tribo: Heliantheae
Género: Smallanthus
Espécie: S. sonchifolius
Nome binomial
Smallanthus sonchifolius
(Poeppig & Endlicher) H. Robinson
Sinónimos
  • Polymnia sonchifolia (Poeppig and Endlicher)
  • Polymnia edulis (Wedd.)

Descrição editar

Além de alimento funcional é empregada no tratamento de colesterol alto e de diabetes, pois as suas raízes tuberosas contém frutano, tipo de açúcar não absorvido pelo trato digestivo.

Seu consumo era feito há milhares de anos pelos incas.

A batata yacon tem sido produzida no interior de São Paulo. Atualmente as batatas já podem ser encontradas em diversos países da Europa, onde tornou-se importante alimento funcional.

Ao contrário da batata doce e da inglesa, a batata yacon não deve ser frita, nem cozida. Ela é consumida crua, como uma fruta, ou na forma de suco.

A planta costuma ser cultivada em terra fofa e em altitudes elevadas. Sua raiz necessita de muita água.

Folhas editar

Na América do Sul as folhas de yacon são popularmente consumidas na forma de infusão para tratamento de diabetes, embora em escala bem menor que as raízes comuns.

Suas folhas possuem ação hipoglicemiante em ratos.[2]

Não possuem frutanos, substâncias típicas de partes inferiores de plantas, mas sim diversos diterpenóides[3] e lactonas sesquiterpênicas.[4] As lactonas sesquiterpênicas são bastante conhecidas por seu largo espectro de ações biológicas e por sua ação tóxica através de consumo oral.[5] Embora algumas destas lactonas das folhas do yacon apresentem ação anti-inflamatória in vitro,[6] estudos in vivo ainda são necessários. Entretanto, estudo recente revela que há fortes evidências de que tais substâncias são as que mais contribuem para provocar os danos renais observados após o consumo oral do chá das folhas desta planta em animais por um período prolongado.[7] Em suma, o uso oral das folhas do yacon não deve ser estimulado.

Imagens editar

Referências

  1. «- grin.gov/cgi-bin/npgs/html/taxon.pl?402296». Consultado em 10 de dezembro de 2019. Arquivado do original em 24 de julho de 2013 
  2. Aybar, M.J.; Riera, A.N.S.; Grau, A.; Sánchez, S.S. Hypoglycemic effect of the water extract of Smallanthus sonchifolius (yacon) leaves in normal and diabetic rats. Journal of Ethnopharmacology 74: 125-132, 2001. doi:10.1016/S0378-8741(00)00351-2
  3. Kakuta, H.; Seki, T.; Hashidoko, Y; Mizutani, J. Ent-kaurenic acid and its related compounds from glandular trichome exudate and leaf extracts of Polymnia sonchifolia. Biosci. Biotechnol. Biochem. 56:1562-1564, 1992. doi:10.1271/bbb.56.1562
  4. Inoue, A.; Tamogami, S.; Kato, H. Antifungal melampolides from leaf extracts of Smallanthus sonchifolius. Phytochemistry 30: 845-848, 1995. doi:10.1016/0031-9422(95)00023-Z.
  5. Schmidt, T. Toxic activities of sesquiterpene lactones: structural and biochemical aspects. Curr. Org. Chem. 3: 577-608, 1999.
  6. Schorr, K.; Mefort, I.; Da Costa, F.B. A novel dimeric melampolide and further terpenoids from Smallanthus sonchifolius (Asteraceae) and the inhibition of the transcription factor NF-κB. Natural Product Communications 2: 367-374, 2007.
  7. Oliveira, R.B.; Chagas-Paula, D.A.; Rocha, B.A.; Franco, J.J.; Gobbo-Neto, L.; Uyemura, S.A.; Santos, W.F.; Da Costa, F.B. Renal toxicity caused by oral use of medicinal plants: the yacon example. Journal of Ethnopharmacology 133: 434-441, 2011. doi:10.1016/j.jep.2010.10.019

Ligações externas editar

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