Nota: Este artigo é sobre o compositor húngaro. Para o método pedagógico desenvolvido por esse compositor, veja Método Kodály.

Zoltán Kodály (em húngaro Kodály Zoltán, AFI[ˈkodaːj ˈzoltaːn]; Kecskemét, 16 de dezembro de 1882 - Budapeste, 6 de março de 1967) foi um compositor, etnomusicólogo, educador e pedagogista, linguista e filósofo da Hungria.

Zoltán Kodály
Zoltán Kodály
Nascimento 16 de dezembro de 1882
Kecskemét, Hungria
Morte 6 de março de 1967 (84 anos)
Budapeste, Hungria
Sepultamento Cemitério de Farkasréti
Cidadania Hungria
Cônjuge Emma Kodály, Sarolta Péczely
Alma mater Academia de Música Franz Liszt
Ocupação compositor, etnomusicólogo, educador, linguista, filósofo
Prêmios
  • Prêmio Kossuth (1948)
  • Kossuth Order of Merit (1948)
  • Coroa Corvin (1930)
  • Hungarian Heritage Award (1996)
  • Great Artist of Hungary Award (1952)
  • Prêmio Kossuth (1951)
  • Prêmio Kossuth (1957)
  • Commander First Class of the Order of the White Rose of Finland
Empregador(a) Academia de Música Franz Liszt, Nyugat
Obras destacadas Háry János, The Transylvanian Spinning-room, Dances of Galánta, Psalmus Hungaricus, Sonata for Solo Cello
Instrumento viola
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio
Assinatura
Placa de homenagem a Kodály na Andrássy-Ut, em Budapeste (em húngaro o nome vem antes do apelido: Kodály Zoltán)

Kodály foi um dos mais destacados músicos húngaros de todos os tempos. O seu estilo musical atravessou, num estágio inicial, uma fase pós-romântica vienense e evoluiu para um período de mistura de folclore e complexas harmonias, num estilo partilhado com Béla Bartók. Estudou em Galánta, cidade a que dedicou as suas conhecidas Danças, e em Nagyszombat. Depois, em Budapeste, foi aluno na Academia de Música Franz Liszt, onde estudou com Hans von Koessler. Em 1906, depois de terminado o curso de letras, fez uma viagem de estudo a Berlim. Começou nesse ano a investigar sobre o folclore húngaro, tarefa essa que contaria com o apoio posterior de Bartók.[1]

Biografia editar

Kodály compôs durante toda a sua vida. Chegou a recolher mais de 100 000 canções, peças, trechos e melodias populares húngaras, as quais aplicava nas suas composições com singular perfeição técnica. Em 1907 passa a leccionar na Academia Ferenc Liszt, onde dá aulas de composição. Dessa época são as suas produções de dois quartetos de cordas (op.2, 1909 e op.10, 1917 respectivamente), uma sonata para violoncelo e piano (op.4, 1910) uma sonata para violoncelo (op. 8, 1915), e um duo para violino e violoncelo (op.7, 1914). Todos estes trabalhos são de grande originalidade de forma e conteúdo, misturas de grande interesse da mestria ocidental da tradição da composição clássica, romântica, impressionista e modernista com o profundo conhecimento e respeito pelas tradições folclóricas húngaras, eslovacas, búlgaras, albanesas e de outros países do leste europeu.

Devido à Primeira Guerra Mundial e às consequentes mudanças geopolíticas na região, e também devido a uma certa timidez pessoal, só em 1923, com a obra Psalmus Hungaricus estreado no concerto de celebração do 50º aniversário da união de Buda e Pest, Kodály atinge uma consagração definitiva e fama mundial. Pouco antes (1919) tinha sido nomeado Subdirector da Academia Húngara de Música, ao que mais tarde juntou outros títulos e nomeações:

Enquanto pedagogo, o seu nome é associado método Kodály, que revolucionou o sistema de aprendizagem musical até então em vigor, e que é na actualidade muito aplicado em escolas de música. No entanto, não foi o autor isolado dos princípios directores do método: a sua filosofia da educação serviu de inspiração aos seus discípulos que colectivamente compilaram e desenvolveram o método ao longo dos anos.[2]

Permaneceu em Budapeste durante a Segunda Guerra Mundial, algo que os húngaros sempre viram como sinal de amor patriótico. Faleceu como herói nacional, respeitado na Hungria e internacionalmente.

Obras selecionadas editar

Trabalhos de palco editar

Orquestral editar

  • Idyll (1906, revisado em 1929)
  • Háry János Suite (1926)
  • Dances of Marosszék (1929; orquestração do conjunto de piano de 1927)
  • Abertura de Teatro (1931) (originalmente destinada a Háry János)
  • Dances of Galánta (1933)
  • Variações de uma canção folclórica húngara (Fölszállott a páva, or The Peacock Roared, 1939)
  • Concerto para Orquestra (1940)
  • Symphony in memoriam Toscanini (1961)

Câmara ou instrumental editar

  • Adágio para Violino (ou Viola ou Violoncelo) e Piano (1905)
  • Intermezzo para Trio de Cordas (1905)
  • Sete Peças para Piano, Op. 11 (1918)
  • Quarteto de cordas nº 1 em dó menor, op. 2 (1909)
  • Violoncelo Sonata, Op. 4 (1910)
  • Duo para violino e violoncelo, Op. 7 (1914)
  • Sonata para Violoncelo Solo , Op. 8 (1915)
  • Quarteto de Cordas No. 2, Op. 10 (1916-1918)
  • Szerenád (Serenata) para 2 Violinos e Viola, Op. 12 (1920)
  • Marosszéki táncok (Danças de Marosszék, piano, 1927)
  • Organ Prelude Pange lingua (1931)
  • Organoeida ad missam lectam ( Csendes mise , 1944)
  • Epigrama (1954)

Coral editar

  • Este (Evening) (1904)
  • Psalmus Hungaricus, Op. 13 (1923)
  • Mátrai képek (Mátra Pictures) (1931)
  • Jézus és a kufárok (Jesus and the Traders)(1934)
  • Ének Szent István királyhoz (Hymn to St Stephen) (1938)
  • Te Deum for Buda Castle (1936)
  • Te Deum of Sándor Sík a (1961)
  • Missa brevis for choir and Organ (1942, 1948)
  • Laudes organi for choir and Organ (1966)
  • Adventi ének (Veni, veni, Emmanuel)
Órgão editar
  • Introitus - Kyrie
  • Gloria
  • Credo
  • Sanctus
  • Benedictus
  • Agnus Dei
  • Ite missa est
  • 114. Genfi zsoltár
  • Pangue lingua
  • Laudes Organi

Referências

  1. «Kodaly». Clássicos Eternos. Consultado em 26 de setembro de 2009. Arquivado do original em 12 de setembro de 2009 
  2. Eösze, László. Zoltán Kodály: His Life and Work. Trans. István Farkas e Gyula Gulyás. London: Collet’s, 1962.

Ligações externas editar

 
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