Agalega é um pequeno arquipélago no sudoeste do Oceano Índico pertencente ao grupo das ilhas Mascarenhas. As ilhas formam uma dependência da República da Maurícia.[1] As ilhas Agalega ficam situadas a 10° 25′ S, 56° 35′ L, a 1122 km ao norte da ilha Maurícia (uma distância superior à que separa Lisboa do Funchal), a mais de meio caminho para o grupo das Seicheles.[1]


Agalega
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Bandeira Brasão

Localização
Localização

Localização de Agalega
Capital Vingt Cinq
Governo Dependência da Maurícia
Área
  • Total 27 km²
População
 • Estimativa para 300 hab. ()
Moeda Rupia da Mauricia (MUR)

O território das Agalega consiste de duas ilhas principais (Ilha do Norte e Ilha do Sul) com uma área total emersa de 27 km², localizadas na periferia oeste de um largo atol coralino.[1] A Ilha do Norte é a maior e mais populosa, nela se situando, para além do pequeno aeródromo que serve as ilhas, as povoações de Vingt Cinq e de La Fourche. Na Ilha Sul situa-se a pequena povoação de Saint Rita.

O centro administrativo da ilha está situado em Vingt Cinq e está a cargo de uma empresa pública mauriciana (OIDC - Outer Islands Development Corporation). A população total é de cerca de 300 habitantes, vivendo em grande isolamento já que não são permitidas visitas à ilha (excepto em serviço).

A principal produção das ilhas é o coco, exportado para a ilha Maurícia. As ilhas são habitat de um pequeno lagarto raro (Phelsuma borbonica agalegae Cheke) incluído na lista CITES de espécies protegidas.

História editar

As ilhas eram possivelmente conhecidas dos árabes e malaios, mas não existiam povoações permanentes, eram também conhecidas dos navegadores portugueses que faziam a rota entre Portugal e Índia no século XVI. No início do século XIX foi usada como base para o comércio de escravos.

Toponímia editar

Quanto ao seu nome, existem três versões:

  • O explorador português Pedro de Mascarenhas pode ter batizado ambas as ilhas em 1512, quando descobriu a ilha de Maurícias e a ilha de Reunião. Ele nomeou a ilha de Agalega e a ilha de Santa Maria (na costa leste de Madagascar) em homenagem a dois de seus veleiros, Galega e Santa María.
  • A segunda, a mais provável, é a que nos leva a João da Nova, um velejador galego ao serviço da coroa portuguesa. Ele era conhecido por seus marinheiros sob o apelido de "Xoam Galego". Este batismo está bem documentado em Os Novos Anais de Viagem (Volume 38, página 88). Está escrito ali que o explorador descobriu estas ilhas em 1501.[2][3]
  • A terceira é a do navegador português Diogo Lopes de Sequeira. Sir Robert Scott explicou em seu livro que este navegador havia descoberto Agalega em 1509 chamando-o de Gale Galeass Bank casualties, Gale significa um vento de força 8 em inglês. O nome refere-se, ironicamente, à formação de uma tempestade que moldou as costas de ambas as ilhas. Como resultado desta descoberta, as letras da região representavam os ilhéus como Gale, Galera, Galega e finalmente Agalega.

Referências

  1. a b c Editores da Britannica (1995). Agalega Islands. [S.l.]: Encyclopædia Britannica Inc. ISBN 9780852296059 
  2. Rolland, Eduardo (23 de abril de 2014). «Joao Galego: o descubridor das Illas dos Cargados Carallos». GCiencia. Consultado em 19 de janeiro de 2022 
  3. Reinero, David (agosto de 2017). «De Maceda ás illas Agalega: 515 anos da viaxe de João da Nova». Consultado em 1 de janeiro de 2022 

Ligações externas editar

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