Campeonato Carioca de Futebol de 1990

O Campeonato Carioca de Futebol de 1990 foi a 93.ª edição da principal divisão do futebol no Rio de Janeiro.

Campeonato Carioca de Futebol de 1990
Rio de Janeiro
Dados
Participantes 12
Período 27 de janeiro29 de julho
Gol(o)s 280
Partidas 134
Média 2,09 gol(o)s por partida
Campeão Botafogo (16º título)
Vice-campeão Vasco da Gama
Melhor marcador Gaúcho (Flamengo) – 14 gols
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O Botafogo sagrou-se bicampeão estadual em 1990, após uma campanha quase invicta novamente (perdeu apenas 1 jogo para o América de Três Rios). O time da "Estrela Solitária" não pôde comemorar assim que venceu o Vasco por 1 a 0 no Maracanã em 29 de julho, porque os finalistas tinham interpretações diferentes no regulamento do campeonato.[1]

Em 9 de agosto, o STJD decidiu por 7 votos a 1, a vitória e consequentemente o título de campeão carioca ao Botafogo e a taça só chegou ao clube em 28 de agosto.[2]

A média de público foi de 4.866 torcedores pagantes por jogo.[3]

Classificação

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Taça Guanabara (1º Turno)

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O vencedor do 1º turno está classificado para a Fase Final.

Classificado para a Fase Final
Classificação
Pos Time PG J V E D GP GS SG
1 Vasco da Gama 20 11 9 2 0 25 5 +20
2 Botafogo 17 11 6 5 0 12 5 +7
3 Flamengo 14 11 5 4 2 19 9 +10
4 Fluminense 13 11 6 1 4 15 9 +6
5 Itaperuna 13 11 5 3 3 10 6 +4
6 America 13 11 5 3 3 7 6 +1
7 Americano 10 11 4 2 5 9 12 -3
8 Bangu 10 11 3 4 4 7 10 -3
9 Campo Grande 9 11 3 3 5 11 16 -5
10 AA Cabofriense 6 11 2 2 7 5 14 -9
11 América de Três Rios 6 11 1 4 6 8 13 -5
12 Nova Cidade 1 11 0 1 10 2 25 -23

Taça Rio de Janeiro (2º Turno)

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O vencedor do 2º turno está classificado para a Fase Final.

Classificado para a Fase Final
Classificação
Pos Time PG J V E D GP GS SG
1 Fluminense 16 11 6 4 1 15 8 +7
2 Botafogo 15 11 5 5 1 15 5 +10
3 Flamengo 14 11 6 2 3 21 11 +10
4 America 14 11 6 2 3 11 10 +1
5 América de Três Rios 14 11 5 4 2 12 9 +3
6 Bangu 12 11 5 2 4 9 9 0
7 Vasco da Gama 11 11 3 5 3 18 11 +7
8 Americano 11 11 3 5 3 9 7 +2
9 Cabofriense 8 11 2 4 5 11 20 -9
10 Campo Grande 8 11 2 4 5 7 13 -6
11 Nova Cidade 5 11 1 3 7 5 20 -15
12 Itaperuna 4 11 0 4 7 4 14 -10

Classificação acumulada dos dois turnos

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O clube de melhor campanha está classificado diretamente para a Decisão na Fase Final.

Classificado para a Final
Classificados para a Fase Final
Eliminados
Rebaixados
Classificação
Pos Time PG J V E D GP GS SG
1 Botafogo 32 22 11 10 1 27 10 +17
2 Vasco da Gama 31 22 12 7 3 43 16 +27
3 Fluminense 29 22 12 5 5 30 17 +13
4 Flamengo 28 22 11 6 5 40 20 +20
5 America 27 22 11 5 6 18 16 +2
6 Bangu 22 22 8 6 8 16 19 -3
7 Americano 21 22 7 7 8 18 19 -1
8 América de Três Rios 20 22 6 8 8 20 22 -2
9 Itaperuna 17 22 5 7 10 14 20 -6
10 Campo Grande 17 22 5 7 10 18 29 -11
11 Cabofriense 14 22 4 6 12 16 34 -18
12 Nova Cidade 6 22 1 4 17 7 45 -38

Fase Final

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Por ter a melhor campanha na classificação acumulada de todo o campeonato, O Botafogo entra diretamente na final, enquanto Vasco da Gama e Fluminense disputam a outra vaga na decisão.

Semifinal[4]

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22 de julho Fluminense 0 – 1 Vasco da Gama Maracanã, Rio de Janeiro

Bismarck   67' Público: 12,380
Renda: Cr$3.805.200,00
Árbitro: Pedro Carlos Bregalda
Assistentes: Guilherme Fernandes e Daniel Pomeroy

Vasco: Acácio, Luís Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e Bismarck; Tita e William; Sorato e Bismarck. Técnico: Alcir Portella.

Fluminense: Ricardo Pinto; Torres, Marquinhos, Válber, Edgar (Andriolli) e Luciano; Dacroce, Donizete e Renato; Edemílson e Reinaldo. Técnico: Paulo Emílio


29 de julho Botafogo 1 – 0 Vasco da Gama Maracanã, Rio de Janeiro

Carlos Alberto Dias   79' Público: 45 824
Renda: Cr$10.795.500,00
Árbitro: Cláudio Garcia

Botafogo: Ricardo Cruz; Paulo Roberto, Wilson Gottardo, Gonçalves e Renato Martins; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Djair (Gustavo); Donizete, Valdeir e Carlos Alberto Dias. Técnico: Joel Martins da Fonseca.

Vasco: Acácio, Luís Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro, Tita e William (Roberto Dinamite); Sorato e Bismarck. Técnico: Alcir Portella.

  • Em 9 de agosto de 1990, o Botafogo foi declarado campeão pelo STJD por 7 votos a 1.[5]

Premiação

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Campeonato Carioca de 1990
 
BOTAFOGO
Campeão
(16.º título)

A volta olímpica da caravela

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Um dos episódios mais marcantes deste campeonato ocorreu na final no campeonato, quando Botafogo e Vasco fizeram a decisão, saindo o Botafogo vitorioso e conquistando o título. Porém, na ótica dos vascaínos deveria ser disputada uma prorrogação devido a uma interpretação duvidosa do regulamento.

Dizia o regulamento que a final seria disputada entre os campeões da Taça Guanabara (no caso o Vasco) e da Taça Rio (no caso o Fluminense). Porém caso um terceiro time somasse mais pontos ao final dos 2 turnos, este seria considerado "bye" (no caso o Botafogo), aguardando o confronto entre os 2 primeiros. Nesta "semifinal" o Vasco derrotou o Fluminense por 1 a 0.

Após a última rodada do segundo turno, finalizada no dia 29 de abril, o campeonato entrou em recesso por conta da disputa da Copa do Mundo, e as finais foram marcadas quase três meses depois, nos dias 22 e 29 de julho.

Durante o período de paralisação, foi convocado um arbitral na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), para discutir uma alteração no regulamento da competição. A proposta de alteração, que prejudicaria os interesses do Botafogo na fase final, apesar de ter sido apoiada pela maioria dos clubes, necessitava de unanimidade em uma votação para que fosse homologada. Obviamente, o clube de General Severiano não concedeu a unanimidade, manifestando-se contrariamente à alteração sugerida.

Os dirigentes vascaínos, assim como o próprio presidente da FERJ, entenderam que, como a maioria foi a favor da mudança, isto já era condição suficiente para aprovar a alteração do regulamento.

E veio o jogo final, após o Vasco derrotar o Fluminense, no primeiro confronto. Para a partida final entre Botafogo x Vasco, os vascaínos, apoiados pela Ferj, defendiam que, caso o Botafogo derrotasse o Vasco, necessitaria ainda disputar uma prorrogação para definir o vencedor do campeonato. Por outro lado, o Botafogo, seguindo o regulamento original, discursava que bastaria vencer a partida no tempo normal para que fosse proclamado o campeão estadual de 1990.

Após a vitória do Botafogo por 1 a 0, os jogadores botafoguenses deixaram o gramado do Maracanã, se recusando a disputar a prorrogação. Com isso, o Vasco considerou que o Botafogo abandonou o campo, se autoproclamando campeão. Como uma taça havia sido levada pelos botafoguenses ao término da partida, os jogadores do Vasco pegaram uma caravela levada por algum torcedor da Geral e deram uma "volta olímpica". A taça levantada pelo Botafogo após a partida não foi a taça oficial do campeonato.

STJD decide o Campeonato Carioca

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Na noite de 9 de agosto de 1990, o STJD da CBF decidiu por 7 votos a 1, o título do campeonato carioca ao Botafogo.[5]

A Taça

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A taça chegou em Marechal Hermes em 28 de agosto de 1990 e foi levantada pelo capitão Wilson Gottardo, diante dos torcedores botafoguenses.[2][6]

Referências

  1. a b «Botafogo vence Vasco e Justiça define campeão». Folha de S. Paulo. 30 de julho de 1990 
  2. a b «Botafogo, Vasco, a final do Carioca de 1990 e o troféu que não deu a volta olímpica». globo.com. 7 de abril de 2018 
  3. Livro Passes e Impasses, por Roberto Helal, Editora Vozes (1997).
  4. «A um empate do título». O Globo - Matutina, Esportes, pág. 1. 23 de julho de 1990 
  5. a b «Botafogo é mesmo bicampeão». O Globo - Matutina, Esportes, pág. 34. 10 de agosto de 1990 
  6. «Chegada do troféu acalma o Botafogo». O Globo - Matutina, Esportes, pág. 30. 29 de agosto de 1990 

Ver também

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