Carlos Guastavino

compositor argentino

Carlos Guastavino (Santa Fé, 5 de abril de 1912Buenos Aires, 28 de outubro de 2000) foi um compositor argentino.

Carlos Guastavino
Carlos Guastavino
Nascimento 5 de abril de 1912
Santa Fé
Morte 29 de outubro de 2000 (88 anos)
Santa Fé
Cidadania Argentina
Ocupação compositor, pianista
Instrumento piano

Aluno de Manuel de Falla, é considerado como um dos maiores compositores argentinos do século XX, tendo produzido mais de 500 obras, na sua maioria canções para piano e voz, muitas ainda não publicadas. Conhecido como "o Schubert dos pampas", seu estilo era um tanto conservador, sempre tonal e romântico. Suas composições foram claramente influenciadas pela música folclórica argentina.

Algumas de suas canções como Pueblito, mi pueblo, La rosa y el sauce e Se equivocó la paloma, fizeram grande sucesso em seu país. Ao contrário de muitos compositores, Guastavino obtinha suficiente remuneração de seus direitos autorais e de performance, não necessitando outro ofício a não ser o de compositor.[1][2]

Célebres intérpretes, como Teresa Berganza, Martha Argerich, Gidon Kremer, José Carreras, Kiri Te Kanawa, Patricia Caicedo, Bernarda Fink, Cecilia Pillado, María Isabel Siewers, Jorge Chaminé, Agathe Martel e Karina Gauvin incluem peças de Guastavino em seus repertórios.

Vida editar

Carlos Guastavino nasceu na província de Santa Fé, na Argentina. Estudou música com Esperanza Lothringer e Dominga Iaffei em Santa Fé, e com Athos Palma em Buenos Aires. Pianista de talento, Guastavino apresentou suas obras para piano em Londres, a convite da BBC, de 1947 a 1949. Nesta mesma época, a Orquestra Sinfônica da BBC estreou a versão orquestrada de sua peça Tres Romances Argentinos, sob a regência de Walter Goehr. Mais tarde, em 1956, Guastavino fez turnê pela União Soviética e China, apresentando suas canções para voz e piano.[3]

Estilo editar

O estilo musical de Guastavino revela influência de compositores europeus como Albéniz, Granados, Rachmaninoff, Chabrier, de Falla, Debussy e Ravel, bem como de célebres compositores argentinos do século XIX, como Alberto Williams, Ernesto Dragonsch, Francisco Hargreaves, Eduardo García Mansilla e em especial Julián Aguirre, cujo estilo delicado e intimista ao piano foi influência marcante na obra de Guastavino. Seu isolamento dos movimentos modernista e avant-garde que ocorriam ao seu redor, e o conteúdo conscientemente nacionalista de suas canções o tornaram um modelo para compositores populares na Argentina na década de 1960.

Guastavino publicou mais de cento e cinquenta canções para voz e piano, bem como várias peças para piano solo, corais e música de câmara. Também musicou obras de poetas como Rafael Alberti, Leon Benaros, Hamlet Lima Quintana, Atahualpa Yupanqui, Pablo Neruda, Gabriela Mistral e Jorge Luis Borges, entre outros. Poucas de suas canções contém textos de sua própria autoria. Suas obras para orquestra incluem Divertissement; fue una vez, comissionada por Colonel de Basil para seu Ballet Russe original e estreada no Teatro Colón em Buenos Aires, em 1942, e a Suíte Argentina, que foi apresentada em Londres, Paris, Barcelona e Havana pelo Ballet Español de Isabel Lopez. Guastavino também compôs três sonatas para violão.

Ligações externas editar

Referências

  1. «Biografia resumida». Consultado em 11 de Fevereiro de 2009 
  2. MacDonald, Callum. Ensaio em livreto incluído na gravação Carlos Guastavino: The Complete Piano Music, Martin Jones, piano. Nimbus, NI 5818/20 (2008).
  3. «Biografia de Carlos Guastavino». Consultado em 30 de Agosto de 2013 
  Este artigo sobre um(a) compositor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.