Copa das Confederações FIFA de 2013

9ª Copa das Confederações FIFA, realizada no Brasil

A Copa das Confederações (português brasileiro) ou Taça das Confederações (português europeu) FIFA de 2013 foi a nona edição da competição de futebol realizada a cada quatro anos pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). Foi realizada no Brasil entre 15 a 30 de junho[1] e serviu como teste para realização da Copa do Mundo de 2014.

Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013BR
Taça das Confederações da FIFA Brasil 2013PT
2013 FIFA Confederations Cup
Logotipo oficial
Logotipo oficial
Dados
Participantes 8
Organização FIFA
Anfitrião Brasil
Período 15 – 30 de junho
Gol(o)s 68
Partidas 16
Média 4,25 gol(o)s por partida
Campeão Brasil (4º título)
Vice-campeão Espanha
3.º colocado Itália
4.º colocado Uruguai
Melhor marcador 5 gols:
Melhor ataque (fase inicial) Espanha – 15 gols
Melhor defesa (fase inicial) Espanha – 1 gol
Maior goleada
(diferença)
Espanha 10–0 Taiti
Estádio do MaracanãRio de Janeiro
20 de junho, Grupo B, 2ª rodada
Público 804 659
Média 50 291,2 pessoas por partida
Premiações
Melhor jogador
(FIFA)
BrasilBRA Neymar
Melhor goleiro BrasilBRA Júlio César
Fair play Espanha
◄◄ África do Sul 2009 2017 Rússia ►►

A competição contou com a participação de oito equipes: a campeã da Copa do Mundo de 2010, os campeões continentais, e o Brasil, país-sede, além da vice-campeã europeia, Itália, pois a campeã, Espanha, já obtivera a vaga por ser campeã do mundo. Das seleções participantes quatro eram campeãs mundiais: Brasil, Espanha, Itália e Uruguai.

O Brasil derrotou a Espanha na final por 3–0 e conquistou seu quarto título da Copa das Confederações, sendo o terceiro consecutivo, após vencer as edições de 1997, 2005 e 2009.[2] Na disputa pelo terceiro lugar, a Itália bateu o Uruguai por 3–2 na disputa por pênaltis após empate por 2–2 no tempo normal.[3]

Participantes

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As oito seleções participantes incluiam o país-sede, o vencedor da Copa do Mundo FIFA de 2010, e todos os campeões continentais (o vice no caso da Europa).[a] Cada uma das equipes tinham direito a convocar 23 jogadores, três dos quais goleiros, até 3 de junho de 2013.[4]

Seleção Confederação Modo de qualificação Data qual. Part. Melhor resultado anterior
  Brasil CONMEBOL País-sede da Copa do Mundo de 2014 30 de outubro de 2007 Campeão (1997, 2005 e 2009)
  Espanha UEFA Campeã da Copa do Mundo de 2010 e Eurocopa de 2012 11 de julho de 2010 3º lugar (2009)
  Japão AFC Campeão da Copa da Ásia de 2011 29 de janeiro de 2011 Vice-campeão (2001)
  México CONCACAF Campeão da Copa Ouro da CONCACAF de 2011 25 de junho de 2011 Campeão (1999)
  Uruguai CONMEBOL Campeão da Copa América de 2011 24 de julho de 2011 4º lugar (1997)
  Taiti OFC Campeão da Copa das Nações da OFC de 2012 10 de junho de 2012 Estreante
  Itália UEFA Vice-campeã da Eurocopa de 2012[a] 28 de junho de 2012 Fase de grupos (2009)
  Nigéria CAF Campeão do Campeonato Africano das Nações de 2013 10 de fevereiro de 2013 4º lugar (1995)

a. ^ A Espanha, campeã da Eurocopa, já estava classificada como campeã da Copa do Mundo de 2010.

Preparativos

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Infraestrutura

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Como evento-teste da Copa do Mundo, as sedes da Copa das Confederações necessitavam da conclusão antecipada de projetos de infraestrutura planejadas para o evento de 2014. As seis sedes conseguiram acelerar a implantação de serviços de acessibilidade, sinalização e centros de turismo, mas as obras de mobilidade urbana e reformas de aeroportos ficaram em sua maioria para depois do evento. Apenas dois estádios, Mineirão e Castelão, terminaram suas reformas no prazo,[5] com o mais atrasado sendo o Maracanã, entregue incompleto para a FIFA menos de um mês antes do início do torneio.[6]

Marketing

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Dezenove empresas atuaram como parceiras oficiais do torneio. Além de multinacionais como Coca-Cola, Adidas, Sony e Visa, houve o apoio de companhias brasileiras como AB InBev - dona da cerveja americana Budweiser, patrocinadora da Copa, e a brasileira Brahma, parceira da seleção brasileira - e o Banco Itaú.[7] Mesmo não sendo patrocinadora oficial, a montadora Fiat lançou o comercial "Vem pra Rua", dando início a uma campanha celebrando os eventos esportivos no Brasil.[8]

Venda de ingressos

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Ingresso do jogo de abertura em Brasília

Um total de 477.441 mil ingressos foram direcionados pela FIFA para o público em geral, e um número similar foi reservado a patrocinadores e autoridades em geral. Com preços entre R$ 57 e R$ 418, os ingressos foram divididos em quatro categorias, sendo que a quarta, com a faixa mais barata, era exclusiva para brasileiros.[9] A FIFA inicialmente tinha vetado a meia-entrada, mas após extensa pressão da União Nacional dos Estudantes reservou 50 mil ingressos pela metade do preço para estudantes, idosos e beneficiários do programa Bolsa Família. Porém o lote promocional se restringiu à Categoria 4.[10]

Às vésperas da abertura em 15 de junho, mais de 739 mil ingressos haviam sido vendidos, com esgotamento das três primeiras partidas - a abertura Brasil x Japão em 15 de junho, mais México x Itália e Espanha x Uruguai no dia 16 - mais os outros dois jogos do Brasil na primeira fase e a decisão no Maracanã.[11] Cerca de 73% dos ingressos foram vendidos para residentes dos seis estados-sede, com 23,5% por brasileiros de outros estados, e 2,9% por estrangeiros.[12] O número final de ingressos vendidos foi 796.054, o segundo maior público após a edição de 1999 no México.[13] A taxa de ocupação de 82% dos assentos disponíveis ficou apenas um por cento atrás do recorde da edição de 2005 na Alemanha.[14] Os três maiores públicos foram no Maracanã, liderados pela final Brasil x Espanha com 73.351 espectadores. Os dois menores envolveram a seleção do Taiti, com o jogo dos taitianos contra a Nigéria em Belo Horizonte atraindo apenas 20.187 espectadores.[13]

Público por estádio[14]
Estádio Capacidade Ingressos totais Taxa de ocupação Média por partida Maior público
Maracanã (Rio de Janeiro) 78.359 216.864 91,92% 72.288 (3 partidas) 73.351 (Brasil–Espanha, Final)
Fonte Nova (Salvador) 48.747 119.025 81,39% 39.675 (3 partidas) 48.874 (Brasil–Itália, primeira fase)
Castelão (Fortaleza) 64.846 158.137 81,29% 52.717 (3 partidas) 56.083 (Espanha–Itália, semifinal)
Arena Pernambuco (Recife) 44.248 104.241 78,53% 34.747 (3 partidas) 41.705 (Espanha–Uruguai, primeira fase)
Mineirão (Belo Horizonte) 62.547 130.360 69,47% 43.453 (3 partidas) 57.483 (Brasil–Uruguai, semifinal)
Mané Garrincha (Brasília) 70.064 67.423 81,39% 67.423 (1 partida) 67.423 (Brasil–Japão, primeira fase)

Sorteio

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No dia 28 de novembro de 2012, a FIFA anunciou que o Brasil e a Espanha seriam os cabeças de chave do torneio, nos grupos A e B respectivamente, e que o Uruguai seria adversário da Espanha e a Itália, do Brasil, evitando que países da mesma Confederação ficassem na mesma chave na primeira fase.[15] O sorteio dos participantes dos grupos ocorreu em 1 de dezembro de 2012, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo às 11 horas da manhã (horário local de verão) e foi nomeado de "Festival dos Campeões". Neste evento, foram assistentes convidados o chef Alex Atala e a supermodelo Adriana Lima, com apresentação da jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski.[16]

A distribuição das equipes pelos potes se deu da seguinte maneira:[17]

 
Equipes qualificadas para a competição, por confederação:

Durante o sorteio, Atala errou ao tirar as bolinhas e causou uma grande confusão na formação dos grupos.[18] Ao invés de sortear a posição do Uruguai no Grupo B, ele sorteou uma das bolinhas do pote do Grupo A, o que confundiu o secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke. Para consertar o erro, ele colocou o Uruguai na posição B2, que foi a última bolinha que sobrou do sorteio do grupo da Espanha. Já no grupo do Brasil, o erro foi consertado colocando-se o México, último sorteado da chave da Seleção para ficar na posição que havia sido sorteada erroneamente.[19]

O evento teve duração de 40 minutos e contou com shows musicais de Arlindo Cruz, Maria Gadú e da ONG Meninos do Morumbi.[20]

A divulgação final da tabela de jogos foi determinada ao final do sorteio.[21][22][23][24][25]

 Ver artigo principal: Adidas Cafusa

Durante o sorteio, a bola oficial do torneio foi apresentada pelo ex-jogador brasileiro Cafu. Fabricada pela Adidas, ela chamou-se "Cafusa", que significa a expressão "cafuzo", usada para designar no Brasil os indivíduos que nasceram da miscigenação entre índios e negros. Também deriva-se de uma mistura de três palavras que representam o país: "carnaval", "futebol" e "samba".[26][27]

Cerimônias

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Abertura

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Cerimônia de abertura da Copa das Confederações no Estádio Nacional Mané Garrincha. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr.

A cerimônia de abertura teve uma apresentação comandada pelo carnavalesco Paulo Barros. Ela começou por volta das 14:30 (UTC−3), uma hora e meia antes da partida de abertura, e durou cerca de 20 minutos.[28] A festa, que exaltou as oito seleções participantes da competição através de uma homenagem à cultura dos oito países participantes,[29] contou com a participação de 2,8 mil voluntários.[30]

Sobre a cerimônia, o idealizador fez a seguinte explicação:

"Quando recebi o convite do banco de eventos para participar da abertura da Copa das Confederações, fiquei bastante aflito. Seria minha primeira experiência em um evento que não 'anda'. (...) produzir uma festa em um campo de futebol, sem poder usar qualquer elemento de [sic] agredisse o campo, entrar e sair por acessos limitados. Quando crio carros alegóricos, tenho tempo suficiente para treinar e fazer com que seus componentes aprendam por repetição toda a coreografia programada pelos coreógrafos. Na Copa o tempo é limitado. A preocupação com a perfeição foi uma grande dor de cabeça. A disponibilidade do voluntariado é diferente da paixão do carnaval. É muito difícil para minha alma trabalhar com a possibilidade de erros...[28]"
 

A cerimônia foi marcada por vaias do público ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, e à presidente do Brasil, Dilma Rousseff.[31] Pouco após a abertura oficial do torneio, várias hashtags foram postadas na rede social Twitter sobre a presidente do Brasil, o que fez o assunto alcançar o "Top 10" dos trending topics do dia.[32]

Encerramento

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Seleção do Brasil antes da partida final (foto:Danilo Borges/Portal da Copa)

A cerimônia de encerramento da competição iniciou-se às 17:25 locais (UTC-3), a pouco mais de uma hora e meia da partida final, e durou 18 minutos. Com o tema "Juntos num só ritmo", a apresentação contou com 1 250 voluntários que usavam uma fantasia que sugeria uma bola, como se fossem "joaninhas" nas cores preto e branca.[33] Os ensaios para a apresentação na final começaram no dia 3 de junho sob coordenação do Comitê Organizador Local (COL).[34]

Na parte musical, a cerimônia contou com shows de Ivete Sangalo, Jorge Ben Jor, da dupla sertaneja Victor & Leo, além de Arlindo Cruz e a bateria da escola de samba Grande Rio.[35]

Na parte final da apresentação, dois figurantes que participavam da cerimônia no gramado tentaram mostrar uma faixa de protesto com a mensagem "Imediata anulação da privatização do Maracanã", mas foram rapidamente repreendidos pelos seguranças.[36] Um terceiro figurante também aproveitou a ocasião para protestar contra a homofobia.[37]

Protestos e incidentes

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 Ver artigo principal: Protestos no Brasil em 2013
 
Espectadoras estendem faixa de protesto no Mineirão durante a semifinal Brasil-Uruguai

Durante a competição, uma série de protestos iniciaram-se por todo o país provocado pelo aumento dos preços dos bilhetes nos transportes públicos, e posteriormente o crescente descontentamento com o poder público na gestão financeira do país pelo governo, especialmente devido à alta inflação e corrupção.[38]

Antes da cerimônia de abertura no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em 15 de junho, manifestações ocorreram fora do estádio, organizado por pessoas descontentes com a quantidade de dinheiro público gasto para permitir a realização da Copa do Mundo FIFA de 2014. A polícia usou gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter os protestos, gerando mais insatisfação popular.[39] Mais protestos ocorreram no dia seguinte antes do jogo entre México e Itália, no Rio de Janeiro.[40]

Enquanto os protestos se intensificavam durante a semana, com a participação de mais de um milhão de pessoas às ruas em mais de cem cidades diferentes, surgiram relatos de que a FIFA estaria pensando em suspender a Copa das Confederações e que algumas delegações teriam solicitado o cancelamento da competição por falta de segurança.[41] No entanto, um comunicado da FIFA em 21 de junho insistiu que "em nenhum momento a FIFA, o Comitê Organizador Local (COL) ou o Governo Federal discutiram ou sequer consideraram o cancelamento da Copa das Confederações da FIFA".[42]

Para além dos protestos diários nas imediações dos estádios, incluindo apedrejamentos e incêndio a dois ônibus da FIFA,[43] outros incidentes ocorreram durante a prova, como uma inundação no Aeroporto Internacional de Salvador e dificuldades para treino da seleção do Uruguai na capital baiana,[44][45] o assalto à mão armada que teve como vítima a esposa do goleiro Júlio César, Susana Werner, em Fortaleza,[46] e um suposto furto à delegação da Espanha e problemas relacionados aos treinamentos do Uruguai ocasionados pelas fortes chuvas que alagaram o Estádio do Arruda no Recife.[47][48]

Em 12 de maio de 2011, foi divulgada uma lista com as cinco cidades sedes do torneio, a qual deveria ser confirmada, oficialmente, em 29 de julho. Porém, a FIFA adiou a decisão para outubro do mesmo ano.[49] Duas cidades foram excluídas do páreo por atrasos em seus projetos, São Paulo, a maior cidade do país, e Natal, que seria a única sede da Copa de 2014 no Nordeste brasileiro a não abrigar a Copa das Confederações.[50] Em 20 de outubro, foram anunciadas como sedes as cidades de Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília e Rio de Janeiro. Recife e Salvador entraram como possíveis sedes desde que avançassem no andamento das obras.[51] A tabela de jogos da competição foi apresentada em 30 de maio de 2012 com as seis cidades-sede previamente estabelecidas.[52] Em 8 de novembro de 2012 a FIFA e o Comitê Organizador Local confirmou todas as cidades previstas na Copa das Confederações, sendo a primeira vez que a competição contaria com seis cidades-sede.[53]

Belo Horizonte Brasília
Estádio Mineirão
Capacidade: 57 483[54]
 
Estádio Nacional Mané Garrincha
Capacidade: 68 009[55]
 
Fortaleza Recife
Estádio Castelão
Capacidade: 58 704[56]
 
Arena Pernambuco
Capacidade: 42 849[57]
 
Rio de Janeiro Salvador
Estádio do Maracanã
Capacidade: 73 531[58]
 
Arena Fonte Nova
Capacidade: 52 048[59]
 

Arbitragem

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Em 13 de maio de 2013 a FIFA divulgou os dez trios de árbitragem que atuaram na Copa:[60]

Transmissão

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Em Portugal

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Em Portugal, a prova foi emitida pela RTP.[61]

No Brasil

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No Brasil, a competição foi transmitida pela Rede Globo e Rede Bandeirantes em TV aberta e pelo SporTV em TV por assinatura.[61] Apesar da SporTV negar os direitos de transmissão para a ESPN Brasil, [62] a emissora contornou com o programa Cabeça no Jogo, onde durante as partidas Marcelo Duarte comandava uma equipe de cinco comentaristas que falava sobre o jogo. [63] Pela internet, a transmissão foi feita pelo GloboEsporte.com.[64]

Por rádio, as seguintes emissoras transmitiram a competição:[61]

Resumo do torneio

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México e Itália se enfrentaram no Maracanã pela primeira fase

Primeira fase

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O Grupo A se definia logo na segunda rodada com as classificações de Brasil, que vencera seus dois jogos marcando 5 gols e não levando nenhum, e Itália, com duas vitórias apertadas por apenas um gol de diferença. No jogo entre as duas equipes, os brasileiros garantiram o primeiro lugar ao bater os italianos por folgados 4 a 2. A partida remanescente entre os eliminados México e Japão viu vitória mexicana por 2 a 1, com Javier Hernández marcando dois gols e desperdiçando um pênalti.[65]

No grupo B, a semi-profissional equipe do Taiti garantiu a simpatia do público brasileiro enquanto sofria derrotas por goleada, levando 24 gols e marcando apenas um.[66] A campeã mundial Espanha venceu todos os seus jogos para garantir a liderança do grupo, aplicando a maior goleada da história da Copa das Confederações, seguidos pelo Uruguai, que venceu por 2 a 1 o confronto com a terceira colocada Nigéria.[65]

Semifinais

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A semifinal entre Brasil e Uruguai garantiu um recorde de público no reinaugurado Mineirão, com 57.483 pagantes. A partida disputada via os brasileiros sem muitas oportunidades de ataque diante de muitos avanços uruguaios, com direito a um pênalti em Diego Forlán aos doze minutos que Júlio César defendeu. Fred abriu o placar no final do primeiro tempo, e Edinson Cavani empatou logo aos dois minutos do segundo. Nos minutos finais da etapa complementar, Paulinho fez um gol de cabeça que garantia a presença brasileira na final.[67][68]

No dia seguinte, no Castelão, Espanha e Itália se reencontravam um ano após a final da Eurocopa entre ambos. Os italianos atacavam mais, sendo impedidos por inúmeras defesas do goleiro Iker Casillas. O forte calor cearense afetou as equipes, que não conseguiram marcar gols no tempo regulamentar e prorrogação. O jogo se resolveu em uma longa série de pênaltis, com doze cobranças convertidas antes de Leonardo Bonucci errar seu chute e Jesús Navas garantir a vitória espanhola.[69]

Final e disputa de terceiro

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O dia 30 de junho abriu com a disputa de terceiro entre Itália e Uruguai em Salvador, com o horário de 13 horas sob o forte sol da Bahia garantindo críticas do goleiro Gianluigi Buffon.[70] Os italianos chegaram a abrir vantagem duas vezes, em ambas com o atacante uruguaio Cavani empatando em seguida. Na prorrogação, os uruguaios partiram para o ataque após a expulsão do italiano Riccardo Montolivo, mas não conseguiram desempatar para impedir a disputa de pênaltis. Buffon defendeu três cobranças uruguaias para garantir o bronze para os italianos.[71]

A final no Maracanã marcava o primeiro jogo entre Brasil e Espanha desde 1999, com os espanhóis sendo considerados favoritos antes da partida, por liderarem o ranking da FIFA, e estarem invictos em competições oficiais desde 2010, garantindo no período títulos da Copa do Mundo e Eurocopa.[72] Os brasileiros dominaram a partida, com Fred marcando com apenas dois minutos de jogo, e Neymar ampliou pouco antes do intervalo. No segundo tempo, Fred marcou o terceiro gol do Brasil logo no primeiro minuto, e pouco depois a Espanha perdeu a chance de diminuir com Sergio Ramos desperdiçando um pênalti. O esquema tiki-taka espanhol não funcionava, com muitos passes errados, espaços para os contra-ataques, e faltas desnecessárias, com uma levando à expulsão do zagueiro Gerard Piqué.[73] A vitória brasileira garantiu o terceiro título consecutivo da Copa das Confederações, e quebrou uma série invicta de 26 jogos dos espanhóis.[74]

Fase de grupos

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Todas as partidas seguem o fuso horário de Brasília (UTC−3).

Zona de classificação à fase final
Zona de eliminação

Grupo A

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Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Brasil 9 3 3 0 0 9 2 +7
2   Itália 6 3 2 0 1 8 8 0
3   México 3 3 1 0 2 3 5 –2
4   Japão 0 3 0 0 3 4 9 –5
15 de junho Brasil   3 – 0   Japão Estádio Nacional, Brasília
16:00
Neymar   3'
Paulinho   48'
  90+3'
Relatório Público: 67 423
Árbitro:  POR Pedro Proença
16 de junho México   1 – 2   Itália Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
16:00
Hernández   34' (pen) Relatório Pirlo   27'
Balotelli   78'
Público: 73 123
Árbitro:  CHI Enrique Osses

19 de junho Brasil   2 – 0   México Estádio Castelão, Fortaleza
16:00
Neymar   9'
  90+3'
Relatório Público: 57 804
Árbitro:  ENG Howard Webb
19 de junho Itália   4 – 3   Japão Arena Pernambuco, Recife
19:00
De Rossi   41'
Uchida   50' (g.c.)
Balotelli   52' (pen)
Giovinco   86'
Relatório Honda   21' (pen)
Kagawa   33'
Okazaki   69'
Público: 40 489
Árbitro:  ARG Diego Abal

22 de junho Itália   2 – 4   Brasil Arena Fonte Nova, Salvador
16:00
Giaccherini   51'
Chiellini   71'
Relatório Dante   45+1'
Neymar   55'
Fred   66',   89'
Público: 48 874
Árbitro:  UZB Ravshan Irmatov
22 de junho Japão   1 – 2   México Estádio Mineirão, Belo Horizonte
16:00
Okazaki   86' Relatório Hernández   54',   66' Público: 52 690
Árbitro:  GER Felix Brych

Grupo B

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Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Espanha 9 3 3 0 0 15 1 +14
2   Uruguai 6 3 2 0 1 11 3 +8
3   Nigéria 3 3 1 0 2 7 6 +1
4   Taiti 0 3 0 0 3 1 24 –23
16 de junho Espanha   2 – 1   Uruguai Arena Pernambuco, Recife
19:00
Pedro   20'
Soldado   32'
Relatório Suárez   88' Público: 41 705
Árbitro:  JPN Yuichi Nishimura
17 de junho Taiti   1 – 6   Nigéria Estádio Mineirão, Belo Horizonte
16:00
J. Tehau   54' Relatório Vallar   5' (g.c.)
Oduamadi   10',   26',   76'
J. Tehau   69' (g.c.)
Echiéjilé   80'
Público: 20 187
Árbitro:  SLV Joel Aguilar

20 de junho Espanha   10 – 0   Taiti Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
16:00
Torres   5',   33',   57',   78'
David Silva   31',   89'
Villa   39',   49',   64'
Mata   66'
Relatório Público: 71 806
Árbitro:  ALG Djamel Haimoudi
20 de junho Nigéria   1 – 2   Uruguai Arena Fonte Nova, Salvador
19:00
Mikel   37' Relatório Lugano   19'
Forlán   51'
Público: 26 769
Árbitro:  NED Björn Kuipers

23 de junho Nigéria   0 – 3   Espanha Estádio Castelão, Fortaleza
16:00
Relatório Alba   3',   88'
Torres   62'
Público: 51 263
Árbitro:  SLV Joel Aguilar
23 de junho Uruguai   8 – 0   Taiti Arena Pernambuco, Recife
16:00
Hernández   2',   24',   45+1',   67' (pen)
Pérez   27'
Lodeiro   61'
Suárez   82',   90'
Relatório Público: 22 047
Árbitro:  POR Pedro Proença

Fase final

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  Semifinais Final
26 de junho – Belo Horizonte
   Brasil  2  
   Uruguai  1  
 
30 de junho – Rio de Janeiro
       Brasil  3
     Espanha  0
Terceiro lugar
27 de junho – Fortaleza 30 de junho – Salvador
   Espanha (pen)  0 (7)    Uruguai  2 (2)
   Itália  0 (6)      Itália (pen)  2 (3)

Semifinais

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26 de junho Brasil   2 – 1   Uruguai Estádio Mineirão, Belo Horizonte
16:00
Fred   41'
Paulinho   86'
Relatório Cavani   48' Público: 57 483
Árbitro:  CHI Enrique Osses

27 de junho Espanha   0 – 0 (pro)   Itália Estádio Castelão, Fortaleza
16:00
Relatório Público: 56 083
Árbitro:  ENG Howard Webb
    Penalidades  
Xavi  
Iniesta  
Piqué  
Sergio Ramos  
Mata  
Busquets  
Navas  
7 – 6   Candreva
  Aquilani
  De Rossi
  Giovinco
  Pirlo
  Montolivo
  Bonucci
 

Disputa pelo terceiro lugar

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30 de junho Uruguai   2 – 2 (pro)   Itália Arena Fonte Nova, Salvador
13:00
Cavani   58',   78' Relatório Astori   24'
Diamanti   73'
Público: 43 382
Árbitro:  ALG Djamel Haimoudi
    Penalidades  
Forlán  
Cavani  
Suárez  
Cáceres  
Gargano  
2 – 3   Aquilani
  El Shaarawy
  De Sciglio
  Giaccherini
 
30 de junho Brasil   3 – 0   Espanha Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
19:00
Fred   2',   47'
Neymar   44'
Relatório Público: 73 531
Árbitro:  NED Björn Kuipers
 
Festa da Seleção Brasileira ao levantar a taça do campeonato.

Premiações

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Copa das Confederações FIFA de 2013
 
BRASIL
Campeão
(4..º título)
Troféu FIFA Fair Play Bola de Ouro Chuteira de Ouro Luva de Ouro
  Espanha  BRA Neymar  ESP Fernando Torres[a]  BRA Júlio César
Bola de Prata Chuteira de Prata
 ESP Andrés Iniesta  BRA Fred
Bola de Bronze Chuteira de Bronze
 BRA Paulinho  BRA Neymar
  • a. ^ Fernando Torres venceu o prêmio Chuteira de Ouro no desempate. Torres e Fred marcaram cinco gols e deram uma assistência cada, mas o espanhol atuou menos tempo que o brasileiro.[75]

Equipe do campeonato

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Fonte:[76]

Goleiro Defensores Meio-campistas Atacantes
 BRA Júlio César  BRA Daniel Alves  ESP Andrés Iniesta  BRA Neymar
 ESP Sergio Ramos  ITA Andrea Pirlo  ESP Fernando Torres
 BRA Thiago Silva  BRA Paulinho  BRA Fred
 BRA David Luiz
Treinador
 BRA Luiz Felipe Scolari

Estatísticas

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Artilharia

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Fonte:[77]

Referências

  1. «Fifa anuncia datas da Copa do Mundo e da Copa das Confederações». GloboEsporte.com. Consultado em 27 de julho de 2011 
  2. «Brasil brilha e quebra recordes». FIFA. 1 de julho de 2013. Consultado em 1 de julho de 2013. Arquivado do original em 10 de julho de 2013 
  3. «Os pênaltis agora foram italianos». FIFA. 30 de junho de 2013. Consultado em 1 de julho de 2013 
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Ligações externas

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