Em física e engenharia, a deformação de um corpo contínuo (ou de uma estrutura) é qualquer mudança da configuração geométrica do corpo que leve a uma variação da sua forma ou das suas dimensões após a aplicação de uma ação externa (solicitação), a exemplo de uma tensão ou variação térmica que altere a forma de um corpo.[1] As deformações por tensão podem ser classificadas basicamente em três tipos:

  • deformação transitória ou elástica
  • deformação permanente ou plástica
  • ruptura.
Diagrama com os vários estágios de deformação de um metal dúctil.

Na deformação elástica, o corpo retorna ao seu estado original após cessar o efeito da tensão. Isso acontece quando o corpo é submetido a uma força que não supere a sua tensão de elasticidade (Lei de Hooke)

Na deformação plástica, o corpo não retorna ao seu estado original, permanece deformado permanentemente. Isso acontece quando o corpo é submetido à tensão de plasticidade, que é maior daquela que produz a deformação elástica. Portanto, há a ocorrência ou transição da fase elástica para a fase plástica do corpo que está submetido.

Na deformação por ruptura o corpo rompe-se em duas ou mais partes. A ruptura acontece quando um corpo recebe uma tensão inicialmente maior daquela que produz a deformação plastica; essa tensão tende a diminuir após o início do processo.

A forma de aplicação das tensões varia em relação a reação de apoio ou inércia do corpo; elas podem ocorrer por tração, compressão, cisalhamento, flexão e torção:

Tração
solicitação que tende a alongar o corpo e ocorre no sentido inverso ao apoio ou inércia resultante do sistema de forças (semelhante aos cabos de aço de um guindaste);
Compressão
solicitação que tende a encurtar o corpo e ocorre no mesmo sentido da reação de apoio ou inércia resultante do sistema de forças (semelhante às colunas de uma construção);
Cisalhamento ou corte
solicitação que tende a cortar o corpo e ocorre com o deslocamento paralelo em sentido oposto de duas seções contíguas (semelhante ao corte de uma tesoura ou guilhotina);
Flexão
solicitação que tende a girar um corpo e ocorre quando a tensão tende a uma rotação angular no eixo geométrico do corpo e tangencial ao apoio ou inércia (semelhante a um trampolim de piscina);
Torção
solicitação que tende a torcer o corpo; ocorre quando a tensão tende a uma rotação angular sobre o eixo geométrico do corpo e axial ao apoio ou inércia (semelhante ao eixo cardã dos caminhões).

Referências

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  1. Truesdell, C.; Noll, W. (2004). The non-linear field theories of mechanics 3rd ed. [S.l.]: Springer. p. 48