Fanni Yefimovna Kaplan[nota 1] (10 de fevereiro de 1890 - Moscou, 3 de setembro de 1918) foi uma revolucionária russa que tentou assassinar Vladimir Lenin em 1918.[2]

Fanni Kaplan
Fanni Kaplan
Nascimento Фейга Хаимовна Ройтблат
10 de fevereiro de 1890
Novichi
Morte 3 de setembro de 1918 (28 anos)
Moscovo
Cidadania Império Russo, Rússia bolchevique
Ocupação terrorista, política
Ideologia política anarquismo
Causa da morte execução por tiro

Biografia editar

Kaplan nasceu em uma família judia, como uma de sete filhos. Tornar-se-ia uma revolucionária política em idade precoce, unindo-se aos socialistas revolucionários. Em 1906, quando tinha 16 anos, Kaplan foi presa em Kiev por seu envolvimento em um atentado terrorista, e foi enviada para uma katorga (campo de prisioneiros de trabalhos forçados). Ela foi libertada em 3 de março de 1917 após a Revolução de Fevereiro que derrubou o governo imperial.

Kaplan se desiludiu com Lenin, por causa do conflito entre os socialistas revolucionários e o partido bolchevique. Os bolcheviques tinham um forte apoio nos sovietes, no entanto nas eleições para a Assembleia Constituinte em novembro 1917 os bolcheviques não conseguiram ganhar a maioria e um membro do partido socialista revolucionário foi eleito presidente em janeiro de 1918, provocando a dissolução ilegal da Assembleia Constituinte pelos bolcheviques. Em agosto de 1918 os conflitos entre os bolcheviques e os seus adversários políticos levaram à proibição da maioria dos outros partidos influentes – incluindo o do socialistas revolucionários de esquerda, que tinha sido o principal parceiro de coligação dos bolcheviques durante algum tempo, mas que tinha organizado uma revolta em julho por causa de sua oposição ao Tratado de Brest-Litovski. Kaplan decidiu assassinar Lenin porque ela o considerava "um traidor da revolução".[3]

Em 1918, ela abordou Lenin na rua e discutiu com ele sobre a dissolução da Assembleia Constituinte russa e atirou nele duas vezes.[4][5] Uma bala atravessou o casaco de Lenin, e outras duas o atingiram: uma perfurando parte de seu pulmão esquerdo parando perto de sua clavícula direita, e outra atingiu seu ombro esquerdo.[1]

Kaplan morreria às mãos da Cheka poucos dias depois.

Nos próximos meses, cerca de 800 SRs e outros opositores políticos bolcheviques foram executados sem julgamento.

Notas

  1. Há certa confusão quanto ao nome de nascimento de Kaplan. Vera Figner, em suas memórias, dá o nome como Feiga Khaimovna Roytblat-Kaplan (Фейга Хаимовна Ройтблат-Каплан). Outras fontes dão o seu nome de família como Ройтман (transliterado do russo como Roytman. Ela também é chamada às vezes "Dora".[1]

Referências

  1. a b "How Did They Die?" de Norman and Betty Donaldson, p. 221.
  2. Kowalski, Ludwik (2008). «Glossary». Hell on Earth – Brutality and Violence Under the Stalinist Regime (em inglês). [S.l.]: American Academy of Arts and Sciences. ISBN 978-1-60047232-9 
  3. «1918: Fanya Kaplan, Lenin's would-be assassin». ExecutedToday.com. 3 de Setembro de 2009 
  4. Room, Adrian. Dictionary of Pseudonyms: 13,000 Assumed Names and Their Origin. Jefferson : McFarland & Co., Publishers, 2010. p.255
  5. Moore, Edwin. 100 Brief Encounters: When Geronimo Met General Miles and Other Strange Meetings. Oxted, Surrey, England : Collca, 2011. p.1918

Ligações externas editar


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