François Joseph Westermann

militar francês

François Joseph Westermann (5 de setembro de 17515 de abril de 1794) foi um general francês das Guerras Revolucionárias[1] e figura política da Revolução Francesa.

François Joseph Westermann
François Joseph Westermann
Nascimento 5 de setembro de 1751
Molsheim
Morte 5 de abril de 1794 (42 anos)
Paris
Sepultamento Cimetière des Errancis
Cidadania França
Ocupação Militar
Lealdade Reino da França
Causa da morte decapitação

Biografia editar

Carreira editar

Nascido em Molsheim (Bas-Rhin), François Joseph Westermann soldado desde sua infância (fato citado em seu julgamento e perfeitamente descrito no livro de Topino Lebrun sobre o processo de Danton, na página 14), mas logo deixou o serviço e foi para Paris (fato a ser confirmado, pois se tornou General de Brigada (ver. Topino Lebrun. p. 14). Ele era um entusiasta da Revolução, e em 1790 tornou-se greffier do município de Haguenau. Depois de uma breve prisão sob a acusação de incitar motins em Haguenau, voltou a Paris, onde se juntou Georges Danton desempenhando um papel importante no ataque às Tulherias em 10 de agosto 1792.

Ele acompanhou Charles François Dumouriez em suas campanhas com o Exército do Norte, e ajudou-o em suas negociações com os Habsburgos, sendo preso como cúmplice após a deserção do general. Denunciado por Jean-Paul Marat à Convenção Nacional, Westermann conseguiu provar sua inocência, e foi enviado com a patente de general de brigada para sufocar a revolta na Vendeia.

Revolta da Vendeia e morte editar

Westermann distinguiu-se pela sua extraordinária coragem, manobras ousadas e tratamento severo dos insurgentes. Depois de sofrer uma derrota em Châtillon,[1] ele derrotou os Vendéens em Beaupréau, Laval, Granville, e Baugé, e em dezembro de 1793 aniquilou totalmente o exército insurgente em Le Mans e Savenay.[1]

Em um documento polêmico, cuja autenticidade é contestada, Westermann supostamente escreveu ao Comitê de Salvação Pública:

"Não há mais Vendeia, cidadãos republicanos. Ela morreu sob a nossa espada livre, com suas mulheres e seus filhos. Acabou enterrada nos pântanos e bosques de Savenay. Seguindo as ordens que vocês me deram, eu esmaguei crianças sob os cascos dos cavalos e massacrei as mulheres, as quais pelo menos não vão mais suportar bandidos. Eu não tenho um único prisioneiro a me censurar. Exterminei todos eles …"[2]

Alguns historiadores acreditam que esta carta nunca existiu.[3] A rebelião ainda não tinha terminado, e havia vários milhares de prisioneiros vivos detidos pelas forças de Westerman, quando a carta foi supostamente escrita.[4] A morte de civis também teria sido uma explícita violação das ordens da Convenção à Westermann.[5]

Depois de sua vitória, ele foi convocado a Paris, onde, por ser amigo e partidário de Georges Danton, ele foi proscrito assim como outros partidários de Danton, sendo posteriormente guilhotinado.

Ele foi representado por Jacques Villeret no filme 1983 Danton.

Referências

  1. a b c «Une guerre sans merci». Secrets d’Histoire (em francês). fevrier-avril (3): 44. 2013 
  2. Secher, Reynald. A French Genocide: The Vendee. University of Notre Dame Press, (2003). p. 110 ISBN 0-268-02865-6
  3. Frédéric Augris, Henri Forestier, général à 18 ans, Éditions du Choletais, 1996
  4. Jean-Clément Martin, Contre-Révolution, Révolution et Nation en France, 1789-1799, éditions du Seuil, collection Points, 1998, p. 219
  5. Jean-Clément Martin, Guerre de Vendée, dans l'Encyclopédie Bordas, Histoire de la France et des Français, Paris, Éditions Bordas, 1999, p 2084, et Contre-Révolution, Révolution et Nation en France, 1789-1799, p.218.

Ligações externas editar

 
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