Júlia Maria da Caridade

Júlia Maria da Caridade (Horta, 8 de fevereiro de 1707 - São João del Rei, 1777) foi uma das célebres Três Ilhoas, três irmãs açorianas que imigraram para o Brasil por volta de 1723, tornando-se tronco de diversas famílias no país, como os Garcias, Carvalhos, Nogueiras, Vilelas, Monteiros, Reis e Figueiredos.

Júlia Maria da Caridade
Nascimento 8 de fevereiro de 1707
Horta, Faial, Portugal
Morte 1777 (70 anos)
São João del Rei, MG, Brasil
Nacionalidade açoriano(a) portuguesa brasileira

Biografia editar

As Três Ilhoas, citadas em muitas histórias familiares, foram formalmente identificadas pelo trabalho do genealogista de Ouro Fino, José Guimarães[1][2] como:

Júlia Maria da Caridade nasceu aos 8 de fevereiro de 1707[3] na Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, na Vila da Horta, na Ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, onde foi batizada a 12 de fevereiro do mesmo ano pelo cura Antônio Fernandes. Foram padrinhos Manoel Gonçalves da Fonseca, mareante, e sua mulher Antônia da Graça.[4] Era filha de Manuel Gonçalves Correia –“O Burgão”, e de Maria Nunes.[5]

Casou-se a 29 de junho de 1724, em São João del-Rei, com Diogo Garcia e faleceu cerca de 1777, estando enterrada na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo em São João del-Rei, MG.[6] Diogo Garcia e Júlia Maria da Caridade tiveram quatorze filhos:[7]

  • Ana Maria do Nascimento, casada com João Pereira de Carvalho
  • Helena Maria de Jesus, casada com o capitão Francisco da Costa Pereira
  • Maria do Espírito Santo, que foi casada com o Capitão Domingos Vilela
  • José Garcia batizado a 20 de março de 1729, casado com Maria de Nazaré
  • Júlia Maria do Nascimento, casada com Miguel Lopes da Silva
  • Diogo Garcia Filho, casado com Antônia Domingas da Ressurreição
  • Teresa Maria de Jesus, casada com José Ferreira Martins
  • Catarina Maria do Espírito Santo batizada a 20 de novembro de 1738, casada com Gregório José Alves
  • Capitão João Luís Gonçalves batizada a 10 de agosto de 1740, casado com Maria Ângela da Cruz
  • Madalena Maria Garcia batizada a 24 de novembro de 1743, casada com José Antônio da Fonseca e Alvarenga
  • Padre Manuel Gonçalves Correia batizado a 31 de maio de 1745
  • Antônio Garcia batizado a 10 de abril de 1747
  • Francisca Teresa de Jesus batizada a 11 de setembro de 1748, casada com João Antônio da Fonseca e Alvarenga
  • Mateus Luís Garcia batizado a 21 de dezembro de 1750, foi casado com Francisca Maria de Jesus, filha de Teodora Barbosa de Lima e de José Martins Borralho (vide História de Alfenas). Mateus foi companheiro de façanhas de seu primo Januário Garcia Leal, o "Sete Orelhas".[8] A existência ou não[9] de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, é discutida no artigo Januário Garcia Leal.

Bibliografia editar

  1. GUIMARÃES, JOSÉ, "As Três Ilhoas", publicação póstuma em três volumes e cinco tomos, com o patrocínio de Roberto Vasconcellos Martins.
  2. GUIMARÃES, JOSÉ, "Os Garcias, o Fundador de Baependi", edição do autor.
  3. VILLELA, MOACIR, Inventário registrado no Cartório de Lavras em 1866, caixa 66, transcrito em 2006 como parte do Projeto Compartilhar. Este Inventário é de sua neta homônima
  4. VAN PUTTEN DE VASCONCELOS, Ronaldo (2015). Nossos Ancestrais, Genealogia e História 1° ed. [S.l.]: do autor 
  5. GARCIA, DENISE CÁSSIA, "Os Garcia Frade", Belo Horizonte: Instituto Histórico de Minas Gerais, 1a. ed, 1990
  6. DAUNT, RICARDO GUMBLETON "O Capitão Diogo Garcia da Cruz", 1a. ed., Brusco:São Paulo, 1974.
  7. Regina Junqueira, Bartyra Sette. «Diogo Garcia». Consultado em 14 de fevereiro de 2015 
  8. SOUZA MIRANDA, Marcos Paulo de (2001). Jurisdição dos Capitães – A História de Januário Garcia Leal e Seu Bando. [S.l.: s.n.] 
  9. D'ALESSANDRO, Luciano (2012). O Sete Orelhas ou a História das Perseguições aos Descendentes dos Colonos de Origem Flamenga no Brasil. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-65757-00-3 

Ligações externas editar

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