Língua

órgão muscular relacionado ao sentido do paladar
 Nota: Para pelo sistema de representação usado para comunicação, veja linguagem humana, para outros casos, veja Língua (desambiguação).

A língua[1][2] (do latim lingua) é um órgão muscular[3] relacionado ao sentido do paladar, à deglutição[4] dos alimentos e à formação dos fonemas da fala. Fica localizado na parte ventral da boca[5] da maior parte dos animais vertebrados.

Língua

Uma língua humana

Disposição anatômica da língua
Detalhes
Sistema Trato gastrointestinal, gustativo
Vascularização artéria lingual, ramo tonsilar da artéria facial, artéria faríngea ascendente
Drenagem venosa veias linguais
Inervação nervo lingual
Precursor arcos faríngeos, tubérculo ímpar
Identificadores
Latim lingua
MeSH Tongue

Descrição

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A língua é formada essencialmente de músculo esquelético e, nos mamíferos, encontra-se ligada à cartilagem hioide, à mandíbula e aos processos estilóides do osso temporal. Os músculos com que a língua está ligada ao crânio são denominados "músculos extrínsecos", enquanto que os que formam a própria língua são os quatro pares de "músculos intrínsecos" responsáveis pelo movimento e alterações da forma da língua durante a mastigação e a deglutição.

A parte dorsal da língua pode ser dividida em duas partes: uma porção oral, que se encontra dentro da cavidade bucal, e uma porção faríngea (terço posterior da língua) fazendo face à parte de trás da orofaringe. As duas partes são separadas por um sulco em forma de V (sulco terminal). O lado dorsal dos dois terços anteriores (parte oral) da língua é revestida de papilas gustativas, e a língua tem uma aparência macia e rosada. Há quatro tipos de papilas gustativas: filiformes, fungiformes, valadas e foliadas. Atrás da parte oral da língua, há de 3 a 14 papilas arranjadas em formato de V em frente ao sulcus terminalis (sulco terminal).

Não há papilas linguais na parte de baixo da língua. Ela é revestida com uma membrana mucosa macia que aloja, no centro, o frênulo da língua. A parte mais acima da língua posterior (parte faringeal) não possui papilas gustativas visíveis, mas é áspera devido à presença de folículos linfáticos abaixo. Esses folículos são conhecidos como "tonsilas linguais". Tudo relacionado à língua é, geralmente, chamado de "lingual" (que vem da palavra latina) ou "glossal" (que vem da palavra grega para "língua").

Músculos extrínsecos da língua

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Existem quatro pares de músculos extrínsecos que auxiliam no movimento da língua e que são inseridos em vários ossos da cabeça e pescoço:

Histologia

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A língua tem uma porção dorsal (parte superior) e uma porção ventral (parte inferior). A porção ventral da língua não possui papilas linguais. A porção dorsal da língua tem papilas e uma delas é a papila caliciforme ou papila circunvalada, pois elas têm valum do lado delas. Ainda na boca (na língua, bochecha) são vistos os botões gustativos, responsáveis pela percepção do sabor. A porção da língua que tem maior riqueza em conjuntivo na submucosa é a ventral, pois a dorsal está em constante contato com o alimento.

Estruturas

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A papila fungiforme tem um conjuntivo muito rico, mas não tem valum, nem queratina. Possuem poucos botões[6] gustativos. possuem formato semelhante à cogumelos, com uma base estreita e uma porção superior mais dilatada e lisa. Estas papilas possuem poucos botões gustativos na sua parte superior e estão espalhadas irregularmente entre as papilas filiformes.

A papila foliácea pode estar na borda lateral humana, mas a quantidade é muito pequena. Essa papila é como se fosse a fungiforme com epitélio com projeções grandes. Está presente em grande quantidade em coelhos. O epitélio forma projeções, e tem muitas glândulas de von Ebner embaixo.

As papilas circunvaladas são papilas gustativas presentes na língua humana e possuem esta nomenclatura devido a sua forma, semelhante a um vale. Seus botões gustativos estão localizadas na porção posterior da língua e, com o avanço da idade, podem sofrer atrofia.

As papilas filiformes são ricas em queratina. Quanto mais agressiva for a alimentação do animal, mais a papila terá queratina. A papila filiforme além de queratina tem muitas bactérias. Existem muito poucos botões gustativos.

Papila caliciforme

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Estão as papilas caliciformes, atrás vão estar as amídalas linguais e na frente estarão as papilas linguais. O alimento passa pela parte posterior da língua. A presença da amídala nessa região é importante. O epitélio das amídalas linguais pode estar “sujo” de linfócitos. Elas possuem buracos por onde sai uma secreção. Esse tipo de papila é encontrada também em células do cabelo e das pálpebras.

Glândulas

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Embaixo das papilas caliciformes existem glândulas que são ricas na produção de uma secreção muito fluida, que cai no valum. O alimento é dissolvido e, no valum, toca nas papilas e essas glândulas jogam pra fora a sua secreção. Se não fosse essa “limpeza”, o alimento encheria o valum e o sabor seria aquele mantido, e o sabor do próximo alimento não seria sentido. Essas glândulas são chamadas de von Ebner. Os túbulos dessa glândula desembocam no valum. A parede da papila tem botões gustativos. As glândulas jogam secreção no valum e é o valum que joga o líquido para fora. O alimento entra, suja o valum, entra em contato com as papilas, e de novo é jogado para fora.

O botão gustativo tem um poro. O alimento entra em contato com microvilos das células especiais do botão gustativo, e esses captam o sabor. Essas células têm axônios, são nervosas e terminam em microvilos. Cada botão gustativo está relacionado com um tipo de sabor. Sabores ácidos, doces. Os sabores básicos são reunidos e transformados num sabor global. A porção ventral da língua não tem um conjuntivo tão denso.

Galeria

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Ver também

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Wikcionário
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Referências

  1. Ellen Cristina Torres Felicio ( "ebah / FMU" ). «Anatomia da Língua». Consultado em 12 de maio de 2016. Cópia arquivada em 19 de agosto de 2014 
  2. Ana Sachs ( "UOL notícias > Ciência e Saúde > Bem-estar" ). «Abra a boca: o que a língua pode revelar sobre a sua saúde». Consultado em 12 de maio de 2016. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2015 
  3. "Sarah Dowdey / HowStuffWorks Brasil". «Como funciona a língua». Consultado em 12 de maio de 2016. Arquivado do original em 20 de agosto de 2008 
  4. Débora Carvalho Meldau ( "InfoEscola - Navegando e Aprendendo" ). «Língua». Consultado em 12 de maio de 2016 
  5. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 034.
  6. JUNQUEIRA E CARNEIRO. Histologia Básica. edição 2008

Ligação externa

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