Post-grunge

Pós grunge

Post-grunge (também conhecido como pós-grunge) é um subgênero do rock alternativo surgido na década de 1990 como uma vertente do movimento grunge de Seattle,[1] utilizando os sons e a estética do grunge, mas com um tom mais aceitável comercialmente. Isso fez com que as bandas de post-grunge como Foo Fighters, Creed e Matchbox Twenty, entre os atos de rock mais bem sucedidos comercialmente do final dos anos 1990 e início de dos anos 2000.

Post-grunge
Origens estilísticas
Contexto cultural No começo da década de 1990, nos Estados Unidos e Canadá
Instrumentos típicos Guitarra, violão, baixo, bateria, teclado
Popularidade Grande êxito desde meados da década de 1990 até ao final da década de 2000
Formas regionais
Colúmbia Britânica, Califórnia, Noroeste Pacífico, Ontário do Sul, Upper Midwest
Outros tópicos
Bandas post-grunge

Caracteriza-se geralmente por ser um estilo musical mais popular e comercial, tendo ampla aceitação pela mídia musical. Com guitarras bastante distorcidas, sua sonoridade muitas vezes foi tachada de "riff's simples, versos grudentos". Em um sentido mais abrangente, post-grunge define qualquer grupo ou artista influenciado pelo movimento grunge original. Tal definição pode abarcar uma variedade enorme de estilos e pode ser usada para descrever sonoridades que vão desde as bandas Sugar Ray, Cake, The Exies, e Filter.[2]

História

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A morte de Kurt Cobain no início de 1994, assim como problemas na turnê do Pearl Jam, marcou um declínio para o grunge naquele ano.[3] Ao mesmo tempo, as grandes gravadoras começaram a promover e a assinar com as bandas que estavam imitando o gênero.[4] O termo post-grunge foi cunhado para descrever essas bandas, que imitavam as atitudes e a música grunge, particularmente denso, com guitarras distorcidas, mas com um som mais amigavél comercialmente.[3] Frequentemente, eles trabalhavam através de grandes gravadoras e passaram a incorporar diversas influências de jangle pop, punk pop, ska revival, metal alternativo, ou hard rock.[3] O termo post-grunge estava destinado a ser pejorativo, sugerindo que eles eram simplesmente derivados musicalmente, ou uma resposta cínica de um movimento de rock "autêntico".[5]

 
Foo Fighters realizando um show acústico.

Em 1995, a nova banda do ex-baterista do Nirvana, a Foo Fighters, ajudou a popularizar o gênero e definir seus parâmetros, se tornando uma das bandas de rock mais bem sucedidas comercialmente nos EUA, auxiliado através do considerável airplay na MTV.[6] Algumas bandas post-grunge, como Candlebox, foram para Seattle, mas o subgênero foi marcado por uma ampliação da base geográfica do grunge, com bandas como Live de York (Pensilvânia), Atlanta, Collective Soul de Geórgia, Silverchair, da Austrália e Bush, da Inglaterra, que tornaram o post-grunge um dos subgêneros mais viáveis comercialmente no final dos anos 1990.[3][7] Embora bandas masculinas predominassem, o álbum de 1995, Jagged Little Pill, de Alanis Morissette, uma artista solo feminina, rotulado como post-grunge, também se tornou um sucesso multi-platina.[8] Com a primeira onda de bandas post-grunge perdendo popularidade, bandas como Creed, Hoobastank, Puddle of Mudd, Three Days Grace, e Nickelback, levaram o post-grunge para dentro do século XXI com um sucesso comercial considerável, abandonando a maioria das angústias e raivas do movimento original para mais hinos convencionais, narrativas e canções românticas, e foram seguidos nessa veia por novos representantes incluindo Shinedown,12 Stones e Seether. Também no final dos anos 90, outras bandas que não haviam sido influenciadas pelo movimento grunge original, como Goo Goo Dolls, banda que foi importante influência para o movimento grunge original, demonstrou um forte traço de post-grunge com rock alternativo no sexto disco, Dizzy Up the Girl de 1998, e a tendência post-grunge se seguiu no sétimo álbum , o Gutterflower de 2002 e no oitavo álbum Let Love in de 2006.[5]

Referências

  1. «Descrição do Post-Grunge' no Rhapsody.com (em inglês)» 
  2. «Post-Grunge' by All Music Guide (em inglês)» 
  3. a b c d "Post-grunge", Allmusic, retrieved 17 January 2010.
  4. M. Azerrad, Our Band Could Be Your Life: Scenes from the American Indie Underground, 1981-1991, (Boston: Little Brown and Company, 2001), ISBN 0-316-78753-1, pp. 452–3.
  5. a b T. Grierson, "Post-Grunge: A History of Post-Grunge Rock", About.com, retrieved 1 January 2010.
  6. V. Bogdanov, C. Woodstra and S. T. Erlewine, All Music Guide to Rock: the Definitive Guide to Rock, Pop, and Soul (Backbeat Books, 3rd edn., 2002), p. 423.
  7. V. Bogdanov, C. Woodstra and S. T. Erlewine, All Music Guide to Rock: the Definitive Guide to Rock, Pop, and Soul (Backbeat Books, 3rd edn., 2002), pp. 1344-7.
  8. V. Bogdanov, C. Woodstra and S. T. Erlewine, All Music Guide to Rock: the Definitive Guide to Rock, Pop, and Soul (Backbeat Books, 3rd edn., 2002), p. 761.

Ligações externas

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Ver também

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