Prémio Pulitzer de Reportagem Explicativa

O Prémio Pulitzer de Reportagem Explicativa tem sido entregue desde 1998, a um exemplo notável de reportagem explicativa que ilustre um assunto significativo e complexo, demonstrando uma apresentação lúcida e clara. De 1985 a 1997, foi conhecido como Prémio Pulitzer de Jornalismo Explicativo.

O Comité do Prémio Pulitzer anunciou uma nova categoria em Novembro de 1984, citando um conjunto de artigos explicativos que tinham vencido sete meses antes o Prémio Pulitzer de Reportagem Especial. A série "Making It Fly" de Peter Rinearson do The Seattle Times, foi um relato de 29.000 palavras do desenvolvimento do avião comercial a jacto Boeing 757. Foi incluído na categoria de Reportagem Nacional, mas os jurados mudaram-no para a Reportagem Especial para a entrega do prémio  No seguimento, o Comité do Prémio Pulitzer afirmou que iria criar uma nova categoria em parte devido à ambiguidade sobre onde poderia ser reconhecidos os relatos investigativos como "Making It Fly" . O Comité Pulitzer emite uma justificação oficial explicando os motivos do prémio. 

Lista de vencedores do Prémio Pulitzer de Jornalismo Explicativo  editar

Lista de vencedores do Prémio Pulitzer de Reportagem Explicativa editar

  • 1998: Paul Salopek, Chicago Tribune, "pelo seu perfil esclarecedor do Projecto da Diversidade do Genoma Humano, que procura catalogar as relações genéticas entre todas as pessoas."
  • 1999: Richard Read, The Oregonian, "por ilustrar vividamente o impacto doméstico da crise da economia Asiática através de perfis sobre a indústria local de exportação de batatas fritas congeladas."
  • 2000: Eric Newhouse, Great Falls Tribune, "pelo seu exame vívido do abuso de álcool e os problemas que cria na comunidade."
  • 2001: Redacção do Chicago Tribune, "por 'Porta de Entrada para Gridlock,' o seu perfil claro e chamativo do sistema caótico de tráfego aéreo Norte-americano."
  • 2002: Redacção do The New York Times, "pela sua reportagem informada e detalhada, antes e após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, que perfilaram a rede global de terrorismo e as ameaças que esta coloca."
  • 2003: Redacção do The Wall Street Journal, "pelas suas histórias claras, concisas e abrangentes que ilustraram as raízes, signifcância e impacto dos escândalos empresariais nos EUA. Este trabalho foi originalmente nomeado na categoria de Serviço Público, mas foi transferido pelo júri."
  • 2004: Kevin Helliker e Thomas M. Burton, The Wall Street Journal, "pela sua análise inovadora dos aneurismas, um problema médico muitas vezes esquecido que mata milhares de Norte-americanos anualmente."
  • 2005: Gareth Cook, The Boston Globe, "por explicar, com claridade e humanidade, as dimensões científicas e éticas complexas da investigação de células-tronco."
  • 2006: David Finkel, The Washington Post, "pelo seu estudo de caso ambicioso e claro sobre a tentativa do governo dos Estados Unidos em levar democracia ao Iémen."
  • 2007: Kenneth R. Weiss, Usha Lee McFarling e Rick Loomis dos Los Angeles Times, "pelas suas reportagens ricamente retratadas sobre os oceanos em dificuldade, contando a história na versão impressa e online, e provocando reacções entre os leitores e instituições públicas."
  • 2008: Amy Harmon do The New York Times, "pelo seu exame marcante dos dilemas e assuntos éticos que acompanham os testes de ADN, usando histórias humanas para aguçar as suas reportagens."
  • 2009 Bettina Boxall e Julie Cart dos Los Angeles Times, "pela sua exploração nova e diligente dos custos e eficácia das tentativas de combater a ameaça crescente dos incêndios florestais em todo a região oeste dos Estados Unidos."
  • 2010 Michael Moss e membros da redacção do The New York Times "pela sua reportagem implacável sobre os hamburgueres contaminados e outros assuntos de segurança alimentar."
  • 2011' Mark Johnson, Kathleen Gallagher, Gary Porter, Lou Saldivar e Alison Sherwood do Milwaukee Journal Sentinel "pelo seu exame lúcido de um esforço épico de utilizar tecnologia genética para salvar um rapaz de 4 anos com uma doença misteriosa, contado com palavras, gráficos, vídeos e outras imagens"
  • 2012 David Kocieniewski do The New York Times "pela sua série lúcida que penetrou o emaranhado legal para explicar como é que os cidadãos e empresas mais ricas do país conseguiam muitas vezes explorar os buracos e evitar impostos."
  • 2013 Redacção do The New York Times (incluindo os repórteres David Barboza, Charles Duhigg, David Kocieniewski, Steve Lohr, John Markoff, David Segal, David Streitfeld, Hiroko Tabuchi, e Bill Vlasic) "pelo seu olhar penetrante nas práticas empresariais da Apple e outras empresas tecnológicas, que ilustrou o lado mais negro de uma economia global em mudança para os trabalhadores e consumidores."
  • 2014 Eli Saslow doThe Washington Post "pela sua reportagem inquietante sobre a prevalência de senhas de refeição nos EUA da pós-recessão, forçando os leitores a lutarem contra os assuntos da pobreza e dependência."[1]
  • 2015 Zachary R. Mider do Bloomberg News "por uma explicação diligente, clara e divertida de como é que muitas empresas dos EUA se esquivam aos imposto e porque é que os legisladores e reguladores não os conseguem parar."[2]

Referências

  1. «The Pulitzer Prizes | Citation». Pulitzer.org. Abril de 2014. Consultado em 15 de abril de 2014 
  2. «Explanatory Reporting». The Pulitzer Prizes. Consultado em 20 de abril de 2015