Vom Schem Hamphoras (em alemão: Vom Schem Hamphoras und vom Geschlecht Christi), conhecida como Do Inefável Nome e das Gerações de Cristo, é um tratado escrito em língua alemã por Martinho Lutero em 1543 na qual ele iguala os judeus ao diabo e os descreve em linguagem ofensiva.

A Judensau ("porca judia") de Wittenberg numa gravura de 1596.

O título é uma zombaria com Shem HaMephorash, o termo rabínico para o inefável nome de Deus, o Tetragramaton ("YHWH"), que Lutero utiliza como um insulto aos judeus. A obra, com 125 páginas, foi escrita meses depois da publicação de "Sobre os Judeus e Suas Mentiras".

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Nas palavras de Lutero[1]:

Aqui em Wittenberg, na nossa igreja paroquial, há uma porca esculpida na pedra sob a qual estão jovens leitões e judeus mamando; atrás da porca está um rabino que está erguendo a perna direita da porca e se ergue atrás da porca, se inclina e olha, com grande esforço, para o Talmude que está abaixo da porca, como se quisesse ler e vê algo muito difícil e excepcional; sem dúvida eles conseguiram seu Shem Hamphoras daquele lugar...

Lutero argumentou que os judeus não eram mais o povo escolhido, mas sim o "povo do diabo". Uma tradução para o inglês de "Vom Schem Hamphoras" foi publicada pela primeira vez em 1992 como parte da coleção "The Jew In Christian Theology" de Gerhard Falk.[2] Historiadores lembram que as obras de Lutero contribuíram para o antissemitismo nas províncias alemãs na época. Evidências históricas revelam que, nas décadas de 1930 e 1940, o Partido Nazista da Alemanha utilizou as obras de Lutero para aumentar o sentimento antissemita pressionando as escolas para que as incorporassem em seu currículo e as igrejas luteranas para que as incorporassem em seus sermões. Se as obras de Lutero foram a força principal por trás do antissemitismo na Europa nos últimos 500 anos ou não é atualmente um tema de intenso debate entre os historiadores.[3][4][5][6][7]

Ver também

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Referências

  1. Martinho Lutero, Vom Schem Hamphoras, citado em Falk (1992), p. 34-35.
  2. Falk (1992), p.?
  3. Lutheran Quarterly, n.s. 1 (Spring 1987) 1:72-97.
  4. Berger (2002), p. 28
  5. Johnson (1987), p. 242
  6. Shirer (1960), p.?
  7. Grunberger (1971), p. 465.

Bibliografia

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