Águas da Prata
Águas da Prata faz parte do Estado de São Paulo, está localizada a 238 km da capital e a distâncias menores ainda de outras grandes cidades. É atendida pela SP-342, que liga São Paulo a Minas Gerais, na encosta da Serra da Mantiqueira - muito próxima da divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais (na beira do planalto do vulcão de Poços de Caldas-MG).
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| Município do Brasil | |||
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| Símbolos | |||
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| Hino | |||
| Lema | Fons aquae vitae "Fonte de Água da Vida" | ||
| Gentílico | pratense | ||
| Localização | |||
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  Águas da Prata |
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| Coordenadas | |||
| País | Brasil | ||
| Unidade federativa | São Paulo | ||
| Municípios limítrofes | São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul, São Sebastião da Grama, Poços de Caldas, Andradas | ||
| Distância até a capital | 225 km | ||
| História | |||
| Fundação | 23 de dezembro de 1925 (98 anos) | ||
| Emancipação | 3 de julho de 1935 (88 anos) | ||
| Administração | |||
| Distritos | Lista
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| Prefeito(a) | Regina Helena Janizelo Moraes (PSC, 2021 – 2024) | ||
| Características geográficas | |||
| Área total [2] | 142,588 km² | ||
| População total (Censo IBGE/2019[3]) | 8 180 hab. | ||
| Densidade | 57,4 hab./km² | ||
| Clima | Tropical de Altitude (Cwa) | ||
| Altitude | 840 m | ||
| Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
| Indicadores | |||
| IDH (PNUD/2010) | 0,781 — alto | ||
| PIB (IBGE/2016) | R$ 142 654,32 mil | ||
| PIB per capita (IBGE/2016) | R$ 17 688,07 | ||
Topônimo editar
"Ao Contrário da maioria das cidades brasileiras que surgiram em volta de uma igreja ou à beira de uma estrada, Águas da Prata surgiu ao redor de uma estação ferroviária construída para atender os fazendeiros da região que tinham dificuldades para escoar a produção de café. D. Pedro II fez uma viagem histórica em 1886, sendo homenageado em várias estações do Ramal de Caldas, inclusive no pequeno povoado que na época recebia o nome de Garganta do Inferno. D. Pedro contemplando a beleza do local, disse não combinar um nome tão pesado e sugeriu a mudança para Estação do Prata.
O distrito da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi criado pela lei estadual nº 2093, de 23 de dezembro de 1925, pertencente à São João da ao Vista, transformando-se em um grande centro turístico, que trazia pessoas de todo país em busca de seus tratamentos com as águas minero medicinais. Em 3 de julho de 1935, o distrito da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi elevado à condição de município por meio do decreto-lei estadual nº. 7277.
História editar
A descoberta da primeira fonte de “Águas da Prata” é atribuída ao acaso. Em 1876, o dentista Rufino Luiz de Castro Gavião observou que, na fazenda do coronel Gabriel Ferreira, situada no município de São João da Boa Vista, havia um veio d'água, às beiras do Ribeirão da Prata, que era muito procurado pelos animais, que ali iam saciar sua sede, em vez de fazê-lo nas águas do Ribeirão. Intrigado com o fato, Rufino provou as águas do pequeno veio. Viu, desde logo, que se tratava de água mineral, provavelmente bicarbonatada.[4][5]
Em 1886, a inauguração do ramal da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, ligando Cascavel (hoje Aguaí) a Poços de Caldas, despertou o interesse dos cafeicultores da região para a estação de embarque da ferrovia no vale banhado pelo Ribeirão da Prata e o Córrego da Platina, que passaram a construir suas residências junto à estação, nascendo então o povoado de Prata.
A vocação para Estância Hidromineral consolidou-se quando químicos do Departamento Geográfico e Geológico do Estado, pesquisando a região, fizeram prospecção das fontes, comprovando a viabilidade da exploração econômica de sua mineração. Criou-se em 1913, uma empresa para o fim em questão, fazendo com que surgissem hotéis e toda infra-estrutura necessária.
Em 1916, fez-se o primeiro hotel e, por iniciativa particular de seus moradores, foi efetuada a análise química da água das fontes, constatando-se suas propriedades alcalinas, semelhantes às das fontes de Vichy, na França e o local acabou ganhando o apelido de “A Vichy Brasileira”.
O distrito da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi criado pela lei estadual nº 2093, de 23 de dezembro de 1925, e era subordinado ao município de São João da Boa Vista.
Em 3 de julho de 1935, o distrito da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi elevado à condição de município, por meio do decreto-lei estadual nº. 7277, com o nome de Águas da Prata, desmembrando-se de São João da Boa Vista.
Pela estadual no 233, de 24 de dezembro de 1948, é criado o distrito de São Roque da Fartura, subordinado ao município de Águas da Prata.
Turismo editar
Estância hidromineral editar
Ver artigo principal: Estância turística (São Paulo).jpg)
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Águas da Prata é um dos 11 municípios paulistas considerados estâncias hidrominerais pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Hidromineral, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
A Estância Hidromineral de Águas da Prata tem o título de Rainha das Águas devido à diversidade e qualidade de suas nascentes minero-medicinais, qualificadas como radioativas, alcalinas e bicabornatadas. As fontes que mais se destacam são: Fonte do Padre, Fonte da Pedra do Boi, Fonte da Juventude, Fonte Vitória, Fonte Vilela, Fonte Platina - Boca do Leão, Fontanário Prata e Fonte Nova, todas com propriedades medicinais, justificadas pela proximidade do vulcão.
A pungente presença das águas na cidade também presenteia a todos com belíssimas cachoeiras, sendo mais de 90 quedas catalogadas, com destaque para a Cachoeira do Coqueiro Torto, Cachoeira das Índias, Cachoeira Cascatinha, Cachoeira do Paiol, Cachoeira Sete Quedas, Cachoeira das 3 Batalhas, Cachoeira do Leme, Cachoeira da Champanhe, Cachoeira do Silêncio, Cachoeira do Gavião Vermelho, Cachoeira Ponte da Pedra, Caldeirão da Bruxa, Cachoeira do Pé Vermelho e Cachoeira do Serrote. Além da visitação e contemplação, os turistas podem praticar atividades como trekking, hikking, canyoning, cascading e rafting, sempre acompanhados de guias especializados.
Outra atrações são: o Parque Estadual Águas da Prata, gerido pela Fundação Florestal. Ali se encontram o Fontanário Vilela, famoso por ter a água mais radioativa da América, o fontanário do Padre, trilhas que permitem chegar até a nascente e ainda a Trilha da Figueira, que permite aos turistas andar por dentro do Parque e contemplar espécies nativas. A área pública oferece as delícias gastronômicas do milho como pamonha, cural e bolo, e ao redor encontram-se o Boulevard e o Calçadão Municipal com diversidade gastronômica e artesanato local.
A prática de voo livre também é uma atividade que atrai um grande número de turistas. Isso porque o famoso Pico do Gavião, considerado a Meca do voo livre, está localizado em Águas da Prata, atraindo milhares de turistas e esportistas ao longo do ano. Além da prática esportiva, o espaço oferece maravilhosos e diferenciados eventos como o Blues da Montanha, que este ano contou com três edições.
Águas da Prata é para quem busca o sossego e a tranquilidade que não se encontram nos grandes centros urbanos. É para quem busca hospedagens charmosas e aconchegantes, sempre em contato com a natureza. Para quem busca experiências de fé através da contemplação de paisagens inesquecíveis e para quem busca desafiar seus limites com a prática de esportes radicais em contato direto com a natureza. Em suma, é para todos aqueles que buscam provocar suas sensações em vivências turísticas, gastronômicas e sensoriais únicas e diferenciadas. Quem curte ar puro, esporte radical, arte, cultura, vivências e conhecimentos históricos como a Revolução de 32, turismo rural em fazendas diferenciadas e entretenimento estará no lugar ideal! Águas da Prata é uma cidade para todos! Se é tudo isso que você busca, aqui é o seu lugar.
Caminho da Fé editar
Águas da Prata é o primeiro município do Caminho da Fé, uma popular rota de peregrinação católica com destino à Basílica de Aparecida.[6] O Caminho da Fé é também uma das mais populares rotas do cicloturismo nacional, mesmo entre não-católicos.
O Caminho da Fé, que tem como berço a cidade de Águas da Prata. Aqui está instalada a Associação do Caminho da Fé, órgão que gerencia a trilha reconhecida mundialmente e que já existe há mais de vinte anos. Quem criou o Caminho da Fé e elaborou o primeiro percurso foi o senhor Almiro Grings, responsável por traçar o trajeto oficial de Águas da Prata a Aparecida. Hoje, com a evolução do Caminho, foram criados diversos ramais, todos chegando à nossa cidade.
Igreja Católica editar
O município pertence à Diocese de São João da Boa Vista.
Geografia editar
Clima editar
O clima do município é do tipo Cwb na classificação climática de Köppen .[7] Apresenta verões quentes e chuvosos e invernos secos e frios. A temperatura média anual é de 19,3 °C, sendo 23,8 °C a média das temperaturas máximas e 14,7 °C a das mínimas. Janeiro, fevereiro, março e dezembro são os meses mais chuvosos, e maio, junho, julho e agosto os mais secos. Outono e primavera são estações de transição.[8]
Topografia editar
Em sua topografia conta com dois picos:
- O Mirante da Laginha tem em seu topo várias torres de retransmissores de televisão, bem como atendimento de suporte da Cesp, Telesp, Polícia Militar, entre outros
- O Pico do Gavião é utilizado para a prática do esporte de asa delta e paraglider.
A sede do município está situada no sopé da Serra da Mantiqueira, a uma altitude de 840 m.
Demografia editar
- Dados do Censo - 2022
População total: 7.369
- Urbana: 6.556
- Rural: 813
- Homens: 3.747
- Mulheres: 3.837
Densidade demográfica: 51,65 hab./km²
Mortalidade infantil até um ano: - óbitos por mil nascidos
Expectativa de vida: 73,11 anos
Taxa de fecundidade: 2,11 filhos por mulher
Taxa de alfabetização: 91,41%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,810
- IDH-M Renda: 0,745
- IDH-M Longevidade: 0,802
- IDH-M Educação: 0,884
(Fonte: IPEADATA)
Hidrografia editar
O Rio Quartel e o Rio da Prata são enriquecidos por nascente de água mineral, destacando-se as radioativas, bicarbonatadas e magnesianas.
Entre as radioativas destaca-se a Vilela, que pode ser utilizada nas dependências do Bosque, constatando em análise a existência de 186 machês de radioatividade na fonte.[9]
Conta com um balneário de propriedade da Secretaria de Esportes e Turismo construído na década de 70, sendo o autor do projeto Walter Toscano.
Ferrovias editar
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A cidade foi servida por ferrovia a partir de 1886 quando foi aberto o Ramal de Caldas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro que tinha Caldas, atual Poços de Caldas, como estação final da linha. A cidade teve a sua origem a partir da estação ferroviária, que também era conhecida como Raiz da Serra, por ser a última antes de uma subida de serra.[10]
Os trens de passageiros regulares circularam até 1976. Pelo ramal, também circularam os trens turísticos interestaduais da antiga Fepasa até 1998 e em 2016 ainda passavam pelo local trens cargueiros com minério de bauxita destinados para a fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio.[10]
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) tombou o prédio da estação em 20 de março de 2018.[10]
Rodovias editar
Administração editar
- Prefeita: Regina Helena Janizelo Moraes (PSC) (2021/2024)
- Vice-prefeito: Ângelo (PTB) (2021/2024)
- Presidente da câmara: Fábio Ferraz de Campos (PV) (2017/2018)
Comunicações editar
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[11], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998, esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[12], sendo que, em 2012, a empresa adotou a marca Vivo[13] para suas operações de telefonia fixa.
Referências
- ↑ IBGE. «Formação administrativa do município». Consultado em 9 de janeiro de 2019
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Águas da Prata - Histórico». cidades.ibge.gov.br. IBGE. Consultado em 18 de julho de 2019
- ↑ «Águas da Prata (SP) - Histórico (PDF)» (PDF). IBGE
- ↑ «ÁGUAS DA PRATA-SP». Caminho da Fé. Consultado em 1 de agosto de 2022
- ↑ «Classificação climática de Köppen-Geiger - Geografia». InfoEscola. Consultado em 21 de junho de 2020
- ↑ «Climatologia de Águas da Prata». Climatempo. Consultado em 21 de junho de 2020
- ↑ «Determinação de Ra e Rn em águas minerais na região de Águas da Prata» (PDF). Instituto de Pesquisas energéticas e nucleares. Consultado em 15 de janeiro de 2018. Arquivado do original (PDF) em 16 de janeiro de 2018
- ↑ a b c «Águas da Prata (antiga Prata)». Estações ferroviárias do Brasil. Consultado em 27 de setembro de 2018
- ↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO
- ↑ GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1
