Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho (Luanda em 1962) é um empresário luso-angolano, antigo diretor do Banco Espírito Santo (BES) em Lisboa e do banco BES Angola.[1]

Álvaro Sobrinho
Álvaro Sobrinho
Nascimento 1962
Luanda
Cidadania Angola
Alma mater
Ocupação empreendedor, banqueiro

Vida profissional editar

Carreira editar

Depois da carreira na BES em 2013, e com que a BES assumiu estar em guerra com ele, [2] Sobrinho se concentrou em investimentos que cobrem indústrias como a das telecomunicações e média, com investimentos na YooMee Africa [3] e no Grupo Newshold.[4] Os seus investimentos cobrem também uma séria de parcerias na área das publicações, indústria e turismo. Em 2013, Sobrinho tornou-se no maior acionista individual da Sporting Clube de Portugal - Futebol SAD, através da conversão de créditos da empresa Holdimo - onde Sobrinho é investidor - em 29.8% do capital da Sporting CP - Futebol SAD.[5]

Corrupção editar

Em 2012 é implicado em diversos processos de gestão danosa.[6] Em 2014 é novamente referido em processos de corrupção e gestão danosa.[7]

Negócios editar

Na área financeira, o empresário detém, a título individual, 5% do BES Angola, assim como cerca de 3% da Espírito Santo International, através de várias sociedades detidas maioritariamente por si. Esta última empresa controla, por sua vez, a maior accionista do Banco Espírito Santo, a Espírito Santo Financial Group, a qual, por sua vez, controla o Banque Privée Espirito Santo (BPES) na Suiça, entre outros.[8] Como presidente do BES tinha sido chamado ao Banco de Portugal para dar explicações sobre uma comissão de € 8,5 milhões que teria recebido de uma consultoria dada a um cliente em Angola.[2]

Na área dos media, Álvaro Sobrinho detém indiretamente - através da família, acionista da Newshold - uma participação de 96% no semanário Sol. O grupo explora ainda a área comercial do Diário I e tem um acordo para a sua eventual compra no futuro. O interesse na Rádio e Televisão de Portugal (RTP) foi publicamente assumido pela empresa - durante o rocambolesco processo de possível privatização de um dos canais da empresa, entretanto abandonado pelo Governo - com o objetivo de criar um grande grupo de media para o mercado lusófono.

Em 2013, Sobrinho passou a liderar o Banco Valor em Angola, ocupando a posição de presidente executivo.[9]

Sobrinho está também envolvido com a filantropia em África.[10] Ele é presidente do Planet Earth Institute, uma ONG registada no Reino Unido.[11] O Planet Earth Institute é uma organização creditada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e tem como missão o “Desenvolvimento Científico de África”.[12] O Instituto participou no programa das Nações Unidas do Rio +20, e mais recentemente nos debates "Pós 2015" em Nova Iorque.[13]

Referências

  1. «Angola - Alvaro Sobrinho, Chairman of BESA». Outubro de 2011. Consultado em 3 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2013 
  2. a b http://expresso.sapo.pt/alvaro-sobrinho-no-sporting-no-bes-nos-jornais-e-agora-na-web=f863966
  3. https://www.alvaro-sobrinho.com/business/
  4. «Newshold reduz posição na Cofina para 12%». Novembro de 2013. Consultado em 3 de dezembro de 2013 
  5. Suspiro, Ana. «Sobrinho. Quem é o maior investidor individual no Sporting». Observador. Consultado em 9 de junho de 2023 
  6. «Buraco no BES Angola afeta mais um Espírito Santo». Dinheiro Vivo. 7 de junho de 2014 
  7. «As revelações de Salgado sobre o BESA: generais angolanos ficaram "indispostos" com Álvaro Sobrinho e Rui Guerra "foi ameaçado fisicamente"». Expresso. 10 de dezembro de 2014 
  8. «De quem é a Newshold?». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 9 de junho de 2023 
  9. «Cópia arquivada». Consultado em 4 de setembro de 2014. Arquivado do original em 14 de julho de 2014 
  10. http://alvaro-sobrinho.com/
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 14 de setembro de 2014. Arquivado do original em 24 de julho de 2014 
  12. «Time for an African science agenda?». Consultado em 3 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 25 de setembro de 2013 
  13. «Building a sustainable future for Africa: beyond Rio+20». Consultado em 3 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 26 de outubro de 2012 

Ligações externas editar