Álvaro de Bragança

nobre português

Álvaro de Portugal, depois Álvaro de Bragança, por vezes Álvaro de Castro (Ceuta, c. 1440 - Toledo, 1504) foi o quarto filho varão de D. Fernando I, 2.º Duque de Bragança e de sua mulher D. Joana de Castro, 3.ª Senhora de Cadaval e Peral. Foi 4.º Senhor de Cadaval e Peral, 1.º Senhor de Tentúgal, Póvoa e Buarcos, 5º Senhor de Ferreira de Aves jure uxoris, 4.º Senhor de Arega jure uxoris e 2.º Senhor da Quinta de Água de Peixes jure uxoris e 1.° Senhor de Gelves em Castela.

Álvaro de Bragança
Nascimento Desconhecido
Ceuta
Morte 1504
Toledo
Cidadania Reino de Portugal
Progenitores
Filho(a)(s) Rodrigo de Melo, 1.º Marquês de Ferreira, Don Jorge I de Portugal-Melo, 1.Conde de Gelves, Isabella de Castro-Melo, Britez de Villena-Melo
Irmão(ã)(s) Fernando II, Duque de Bragança, João, Marquês de Montemor-o-Novo
Ocupação diplomata, poeta
Brasão dos Duques de Cadaval, descendentes de D. Álvaro

Vida editar

D. Álvaro teve um importante papel durante o reinado de D. Afonso V de Portugal, sendo nomeado Chanceler-Mor do Reino a 11 de Agosto de 1475, após a morte de Rui Gomes de Alvarenga[1] em 1475[2]. Tomou parte na expedição organizada pelo rei contra a Coroa de Castela (Guerra de Sucessão de Castela) bem como na viagem que, mais tarde, o mesmo monarca empreendeu até França.

Casamento e descendência editar

No seu regresso a Portugal, casou em Évora em 1479 com Filipa de Melo (1460-1516), 5.ª Senhora de Ferreira de Aves, 4.ª Senhora de Arega e 2.ª Senhora da Quinta de Água de Peixes, filha (e rica herdeira) de Rodrigo Afonso de Melo, Conde de Olivença, e de sua mulher Isabel de Meneses, de quem teve dois filhos e quatro filhas:

Regresso a Portugal editar

Quando o Rei D. João II de Portugal sucedeu no trono de Portugal, dando início ao seu combate contra a alta aristocracia (nomeadamente os Braganças), D. Álvaro tentou uma aproximação com o rei, embora sem sucesso: o seu irmão mais velho, D. Fernando II, 3.º Duque de Bragança foi executado, os bens da família confiscados e a restante família (incluindo D. Álvaro) foi banida do Reino, tendo-se exilado em Castela.

A rainha Isabel I de Castela outorgou a Álvaro importantes bens na região de Gelves, sendo nomeado Alcaide dos Castelos de Sevilha e Andújar, participando também na conquista do Reino de Granada chefiada pelos Reis Católicos.

Quando D. João II faleceu, Álvaro de Bragança regressou a Portugal, onde o novo rei, D. Manuel I de Portugal, o nomeou como Embaixador especial a Castela para negociar o casamento do Rei com a princesa D. Isabel de Castela. Mais tarde, negociou também o segundo casamento do rei com D. Maria de Castela.

Álvaro de Bragança morreu em Toledo e o seu féretro veio a ser transladado para o Convento de São João Evangelista, em Évora.

Referências

Bibliografia editar

  • "Nobreza de Portugal e do Brasil" – Vol. II, pág. 439-440. Publicado por Zairol Lda., Lisboa 1989.

Ver também editar