Ápio Cláudio Cáudice
Ápio Cláudio Cáudice ou Ápio Cláudio Caudex (em latim: Appius Claudius Caudex) foi um político da gente Cláudia da República Romana eleito cônsul em 264 a.C. com Quinto Fábio Máximo Gurges. Era filho do ditador Caio Cláudio Centão e neto de Ápio Cláudio Cego. Públio Cláudio Pulcro, cônsul em 249 a.C., era seu filho. É conhecido principalmente por que suas ações na Sicília durante seu consulado foram a causa imediata da Primeira Guerra Púnica.
Ápio Cláudio Cáudice | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 264 a.C. |
Seu cognome "Caudex" era uma referência ao seu interesse por assuntos navais.
Consulado (264 a.C.)
editarFoi eleito cônsul em 264 a.C. com Marco Fúlvio Flaco[1]. Enquanto Flaco foi enviado para combater os volsínios, responsáveis pela morte de Quinto Fábio Máximo Gurges, o cônsul do ano anterior, Cáudice recebeu ordens de liderar duas legiões em uma expedição à Sicília a pedido dos mamertinos, mercenários da Campânia que haviam ocupado a cidade de Messina no ano anterior. Ao serem atacados por Hierão II de Siracusa, os mamertinos se aliaram a uma frota cartaginesa baseada em Lipari e conseguiram se defender. Porém, depois que os cartagineses se recusaram a deixar a cidade, onde controlavam o porto e a fortaleza, os mamertinos pediram a ajuda dos romanos.[2]
Quando Ápio Cláudio chegou, os mamertinos já haviam conseguido que os cartagineses se retirassem e encontrou apenas uma resistência simbólica. A cidade foi entregue aos romanos, mas os cartagineses voltaram e cercaram a cidade. Hierão, nesse ínterim, voltou e também estacionou suas tropas perante a cidade. Cláudio tentou enviar embaixadores, mas foi ignorado.[2] Segundo o relato de Políbio,[3] a batalha foi longa, mas eles foram derrotados, mas, por conta desta ação militar, geralmente chamada de Batalha de Messana, iniciou-se o grande conflito conhecido como Primeira Guerra Púnica.
Os derrotados voltaram para Siracusa na noite seguinte e, no dia seguinte, ao saber da fuga, Cláudio atacou os cartagineses que estavam acampados nas cidades vizinhas. Ápio Cláudio em seguida levou suas legiões até Siracusa e cercou a cidade. No ano seguinte, o tirano siracusano transformou-se no principal aliado romano na ilha:
“ | A maior parte da cidade, rebelando-se contra cartaginenses e siracusanos, se uniu aos romanos. Hierão [...] concluiu que a perspectiva junto dos romanos era mais brilhante que a junto dos cartagineses. Por isso, de acordo com o que havia refletido, enviou aos cônsules enviados para tratar de paz e aliança. Os romanos aceitaram, principalmente por causa dos suprimentos.. | ” |
Ápio Cláudio ainda tentou um ataque contra Egesta, mas foi repelido. Depois de mais algumas derrotas, terminado o ano consular, retornou a Roma deixando uma guarnição para defender Messina.[4][5]
Ver também
editarCônsul da República Romana | ||
Precedido por: Quinto Fábio Máximo Gurges |
Ápio Cláudio Cáudice 264 a.C. |
Sucedido por: Mânio Otacílio Crasso |
Referências
Bibliografia
editar- Broughton, T. Robert S. (1951). «XV». The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do artigo «Appius Claudius Caudex» do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
- Historia Universal siglo XXI. El helenismo y el auge de Roma ISBN 84-323-0066-7 (em castelhano)
Ligações externas
editar- «Appius Claudius Caudex» (em inglês). Livius.org