Nota: Para o filme com Audrey Tatou, veja A Espuma dos Dias (filme).

L'Écume des jours (em português: A Espuma dos Dias) é um romance de 1947 do escritor francês Boris Vian. Conta a história de um homem que se casa com uma mulher que desenvolve uma doença que apenas pode ser tratada rodeando-a de flores. O livro serviu de base para três filmes e uma ópera.

L'Écume des jours
A Espuma dos Dias
Autor(es) Boris Vian
Idioma Língua francesa
País  França
Gênero romance
Editora Éditions Gallimard
Lançamento 1947
Páginas 219
Edição portuguesa
Tradução Aníbal Fernandes
Editora Ulisseia
Lançamento 1967
Páginas 272
Edição brasileira
Tradução Elina Motta
Editora Nova Fronteira
Lançamento 1984

Enredo editar

Colin é um homem rico com um empregado habilidoso e estiloso, Nicolas, bem como uma invenção fantástica olfatória-musical: o pianocktail. Numa velocidade furiosa, Colin conhece e casa-se com Chloé numa cerimónia grandiosa. Generosamente, Colin doa um quarto da sua furiosa aos seus amigos Chick e Alise para que estes também se possam casar.

A felicidade deveria provir aos dois casais mas Chloé fica doente durante a lua-de-mel com um nenúfar no pulmão, uma condição dolorosa e rara que apenas pode ser tratada rodeando-a com flores. A despesa é proibitiva e Colin rapidamente gasta os seus fundos. Entretanto, a obsessão de Chick com o filósofo Jean-Sol Partre, leva-o a gastar todo o seu dinheiro, esforço e atenção na obtenção de literatura de Partre. Alise espera conseguir salvar financeiramente Chick e renova o seu interesse nela persuadindo Partre a parar de publicar livros. Ela mata-o quando ele recusa e procura vingança entre os vendedores de livros. Colin luta para fornecer flores a Chloé sem sucesso e o seu luto na sua morte é tão grande que o seu rato de estimação comete suicídio para escapar à escuridão.

Temas editar

Jean-Sol Partre é uma antístrofe do nome do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre. Ao longo do romance, há referências a várias obras de Sartre, mas tal como o nome do filósofo, Vian brinca com as palavras para formar novos títulos para as obras de "Partre". Às vezes usa o sinónimo, como Le Vomi (o original de Sartre é La Nausée; A Náusea), e às vezes usa o homónimo, como La Lettre et le Néon (A Carta e o Neon), um trocadilho com L'Être et le Néant (O Ser e o Nada).

Adaptações editar

  • A Espuma dos Dias foi adaptada num filme francês com o mesmo título, estreado em 1968, que ficou conhecido no Brasil como A Flor da Vida. Realizado por Charles Belmont, apresenta Jacques Perrin, Marie-France Pisier, Sami Frey, Alexandra Stewart, Annie Buron, e Bernard Fresson.[1]
  • Foi adaptado em 1979 pela banda francesa de rock progressivo Mémoriance.
  • Foi adaptado a uma ópera com o mesmo título pelo compositor russo Edison Denisov em 1981.
  • Foi adaptado em 2001 a um filme japonês com o título Chloe. Realizado por Go Riju, apresenta Nagase Masatoshi com cinematografia de Shinoda Noboru. Foi seleccionado para competição no Festival de Cinema de Berlim em 2001.[2]
  • Michel Gondry realizou uma nova adaptação do romance com o mesmo título (conhecida no Brasil e em Portugal como A Espuma dos Dias), com Audrey Tautou e Romain Duris,[3] que foi estreado a 24 de abril de 2013.[4]
  • Foi adaptado em 2015 pela banda francesa de jazz-cabaret Dazie Mae, com o título de Froth on a Daydream.

Ver também editar

Referências

  1. «L'Ecume Des Jours (1968)» (em inglês). The New York Times. Consultado em 1 de março de 2016 
  2. Stratton, David (13 de fevereiro de 2001). «Review: 'Chloe'» (em inglês). Variety 
  3. Lemercier, Fabien (10 de abril de 2012). «Michel Gondry tourne L'Ecume des jours» (em francês). Cineuropa.org 
  4. Martí, Silas (24 de junho de 2013). «Diretor Michel Gondry adapta 'A espuma dos dias', clássico psicodélico de Boris Vian». Folha de S.Paulo