Um aborto inseguro é a interrupção da gravidez por pessoas sem as habilidades necessárias, ou num ambiente sem padrões médicos mínimos, ou ambos.[1] Um aborto inseguro é um procedimento com risco de vida. Inclui abortos auto-induzidos, abortos em condições sem higiene e abortos realizados por um médico que não fornece atenção pós-aborto adequada.[2] Cerca de 25 milhões de abortos inseguros ocorrem por ano, dos quais a maioria ocorre em países em desenvolvimento.[3]

Abortos inseguros resultam em complicações para cerca de 7 milhões de mulheres por ano.[3] Abortos inseguros também são uma das principais causas de mortes durante a gravidez e o parto (cerca de 5 a 13% de todas as mortes durante este período). A maioria dos abortos inseguros ocorre onde o aborto é ilegal,[4] ou em países em desenvolvimento onde médicos bem treinados e baratos não estão disponíveis,[5][6] ou onde o controlo da natalidade moderno não está disponível.[7]

O aborto inseguro foi e é uma crise de saúde pública. Mais especificamente, a falta de acesso ao aborto seguro era e é um risco para a saúde pública. Quanto mais restritiva for a lei, maiores serão as taxas de mortalidade e outras complicações.[8]

Referências

  1. Safe Abortion: Technical and Policy Guidance for Health Systems, page 12 (World Health Organization 2003): "a procedure for terminating an unwanted pregnancy either by persons lacking the necessary skill or in an environment lacking the minimum medical standards, or both."
  2. «Unsafe abortion: Global and regional estimates of the incidence of unsafe abortion and associated mortality in 2003» (PDF). World Health Organization. 2007. Consultado em 7 de março de 2011. The estimates given in this document are intended to reflect induced abortions that carry greater risk than those carried out officially for reasons accepted in the laws of a country. 
  3. a b «Preventing unsafe abortion». www.who.int (em inglês). Consultado em 19 de abril de 2019 
  4. Rosenthal, Elisabeth (outubro de 2007). «Legal or Not, Abortion Rates Compare». New York Times. Consultado em 30 de junho de 2009 
  5. Blas, Erik et al. Equity, social determinants and public health programmes, pages 182-183 (World Health Organization 2010).
  6. Chaudhuri, S.K. Practice Of Fertility Control: A Comprehensive Manual, 7th Edition, page 259 (Elsevier India, 2007).
  7. Singh, Susheela et al. Adding it Up: The Costs and Benefits of Investing in Family Planning and Newborn Health (New York: Guttmacher Institute and United Nations Population Fund 2009): "If women’s contraceptive needs were addressed...the number of unsafe abortions would decline by 73% from 20 million to 5.5 million." A few of the findings in that report were subsequently changed, and are available at: "Facts on Investing in Family Planning and Maternal and Newborn Health Arquivado em 2012-03-24 no Wayback Machine" (Guttmacher Institute 2010).
  8. Haddad LB, Nour NM (2009). «Unsafe abortion: unnecessary maternal mortality». Reviews in Obstetrics & Gynecology. 2: 122–6. PMC 2709326 . PMID 19609407