Afonso, Duque de Galliera

Afonso Maria Francisco Antônio Diogo (Madrid, 12 de novembro de 1886Sanlúcar de Barrameda, 6 de agosto de 1975), foi um príncipe francês da Casa de Orléans e Infante da Espanha, quinto Duque de Galliera e um renomado aviador militar espanhol.[1][2]

Afonso
Príncipe da França
Infante da Espanha
Afonso, Duque de Galliera
Duque de Galliera
Reinado 24 de dezembro de 1830
a 6 de agosto de 1975
Antecessor(a) Antônio
Sucessor(a) Álvaro
 
Nascimento 12 de novembro de 1886
  Madrid, Espanha
Morte 6 de agosto de 1975 (88 anos)
  Sanlúcar de Barrameda, Espanha
Nome completo  
Afonso Maria Francisco António Diogo de Orléans e Bourbon
Cônjuge Beatriz de Saxe-Coburgo-Gota
Descendência Álvaro, Duque de Galliera
Afonso de Galliera
Ataulfo de Galliera
Casa Orléans
Pai Antônio, Duque de Galliera
Mãe Eulália da Espanha
Religião Catolicismo

Biografia editar

Afonso foi o filho mais velho do príncipe Antônio de Orléans, Duque de Galliera e Infante da Espanha, filho do príncipe Antônio de Orléans, Duque de Montpensier, e neto do rei Luís Filipe I da França, e da Infanta Eulália da Espanha, filha mais nova da rainha Isabel II da Espanha. O seu baptismo teve lugar no Palácio Real de Madrid, momento no qual lhe foi conferida a Grande Cruz da Ordem de Carlos III. Na família, Afonso era chamado de "Tio Alli".

Em 1906 começou a sua formação militar na Academia Militar de Toledo e, em 1910, formou-se como piloto em França. De regresso a Espanha conseguiu tornar-se um dos primeiros e mais destacados aviadores militares espanhóis.

Ocupou diversos postos na aviação militar espanhol até à queda da monarquia em 1931, chegando a participar, como chefe, nas primeiras operações aéreas do Desembarque de Alhucemas que aconteceu em 1925.

Ao proclamar-se a Segunda República Espanhola, no dia 14 de Abril de 1931, o infante foi para o exílio em Londres, cidade em que viveu até ao seu regresso a Espanha em 1937, quando começou a Guerra Civil Espanhola, para se juntar à força aérea do lado nacional. Quando acabou a guerra, foi elevado a general de divisão e foi chefe da Segunda Região Aérea em 1940. Três anos depois foi nomeado general de brigada.

Afonso de Orleães renunciou, em 1945, à liderança da Região Aérea do Estreito para mostrar o seu apoio ao Manifesto de Lausana, texto no qual dom Juan de Bourbon, chefe da casa real espanhola, pediu a restauração da monarquia. Com esta decisão, o infante Afonso teve de terminar a sua carreira militar, apesar de ter continuado a pilotar aviões.

 
Afonso com a sua esposa, Beatriz.

Em 1909 casou-se com a princesa Beatriz de Saxe-Coburgo-Gota, filha mais nova do duque Alfredo de Saxe-Coburgo-Gota, duque de Edimburgo, filho da rainha Vitória do Reino Unido, e da grã-duquesa Maria Alexandrovna da Rússia, filha do czar Alexandre II. Do casamento nasceram três filhos:

Uma fundação que se dedica à conservação de aeronaves históricas tem o seu nome: Fundação Infante de Orleães.

Morreu em 1975, vítima de paragem cardíaca.

Referências

  1. «Alfonso de Orleans y Borbón | Real Academia de la Historia». dbe.rah.es. Consultado em 26 de março de 2023 
  2. «Alfonso de Orleans y Borbón, infante de España y aviador pionero». HOLA (em espanhol). 11 de dezembro de 2015. Consultado em 26 de março de 2023 

Este artigo baseia-se numa tradução do artigo na wikipedia espanhola.