Agrippa d'Aubigné

poeta francês

Théodore Agrippa d'Aubigné (8 de fevereiro de 155229 de abril de 1630) foi um poeta, soldado e apologeta, de nacionalidade francesa e religião huguenote (protestante). Seu renomado poema épico Les Tragiques (1616) é amplamente considerado como sua obra-prima.[1] Em um livro sobre seu contemporâneo católico Jean de La Ceppède, o poeta inglês Keith Bosley chamou d'Aubigné de "o poeta épico da causa protestante", durante as Guerras Religiosas Francesas. Bosley acrescentou, no entanto, que após a morte de d'Aubigné, ele "foi esquecido até que os românticos redescobriram-no", já no século XIX.[2]

Agrippa d'Aubigné
Nascimento Théodore Agrippa d’Aubigné
8 de fevereiro de 1552, 1552
Pons (França)
Morte 9 de maio de 1630 (Error: Need valid year, month, day anos)
Jussy (República de Genebra)
Sepultamento Catedral de Genebra
Cidadania França
Progenitores
  • Jean d'Aubigné
  • Catherine de Lestang
Cônjuge Susanne de Lezay
Filho(s) Constant d'Aubigné, Nathan d'Aubigné
Alma mater
Ocupação escritor, poeta, político, militar
Movimento estético literatura barroca
Famille d'Aubigné.svg
Religião calvinismo

Trabalhos literários e históricosEditar

  • Histoire universelle (1616–1618)
  • Les Tragiques (1616)
  • Avantures du Baron de Faeneste
  • Confession catholique du sieur de Sancy
  • Sa vie à ses enfants

Les TragiquesEditar

Escrito ao longo de cerca de três décadas, este poema épico, escrito em em verso alexandrino, conta com múltiplos gêneros, bem como uma familiaridade estilística com a obra dos poetas opostos católicos da Pléiade, encabeçados por Pierre de Ronsard. Dividido em sete livros, um número simbólico da intenção última e apocalíptica do autor, Tragiques incorpora influência literária de fontes clássicas, como tragédia e sátira, palpável nos três primeiros livros ("Les Misères", "Les Princes" e "La Chambre Dorée" respectivamente), antes de recorrer à influência de gêneros como história eclesiástica, martirológio e apocalipse na criação dos livros restantes: "Les Feux", "Les Fers", "Vengeances" e "Jugement".

No primeiro de dois paratextos liminares, a introdução "Aux Lecteurs", Aubigné endossa o relato (também encontrado em seu autobiográfico Sa Vie à Ses Enfants), de que o início dos Tragiques veio a ele como uma visão extática durante uma experiência de quase morte. No segundo, "L'Auteur à Son Livre", Aubigné adota a metáfora do pai como autor para nomear o texto que segue (Les Tragiques) como um filho mais piedoso do que nas obras menos religiosas de sua juventude, tais como Le Printemps ("A Primavera"). A intenção do épico é posteriormente enunciada como um ataque contra os poetas católicos da Pléiade e seus patronos em meio às guerras religiosas.[3]

ReferênciasEditar

  1. «colloque-poetes-2008». web.archive.org. 20 de abril de 2008. Consultado em 8 de fevereiro de 2022 
  2. Keith Bosley (1983), From the Theorems of Master Jean de La Ceppède: LXX Sonnets, page 4.
  3. Linden, Paul, Voice and Witnessing in Agrippa d'Aubigné's Les Tragiques. Dissertation, Emory University, 2003

Ligações externasEditar

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