Aláqueme I do Cairo
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Abu Alabás Amade Aláqueme Biamir Alá (em árabe: أبو أحمد بن العباس حسين بن أبي بكر الحاكم بأمر الله; romaniz.: Abu l-Abbas Ahmad al-Hakim bi-Amri llah), dito Aláqueme I do Cairo, foi o segundo califa abássida do Cairo sob os sultões mamelucos do Egito entre 1262 e 1302.
Aláqueme I | |
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2º Califa Abássida no Cairo | |
Reinado | 1262 — 1302= |
Antecessor(a) | Almostancir II |
Sucessor(a) | Almostacfi I |
Morte | 19 de janeiro de 1302 |
Cairo | |
Dinastia | Abássida |
Pai | Almostancir II |
Filho(s) | Ahmad Almostacfi I |
História
editarAláqueme sobreviveu ao massacre dos abássidas em 1258 pelas mãos do invasor mongol Hulagu após o saque de Bagdá. Fugindo para a Síria, ele se juntou ao mameluco Aqqus al-Buril, de Alepo, por quem foi proclamado califa em junho de 1261. No Egito, Baibars não o reconheceu e proclamou, ao invés disso, Almostancir II como califa. Com um exército fornecido por seu patrono, Aláqueme montou um exército e chegou a 20 quilômetros de Bagdá, mas teve que recuar. Enquanto estava acampado às margens do Eufrates, ele se encontrou com as forças beduínas de Almostancir e se juntou a elas num ataque aos mongóis. Porém, os dois abássidas foram derrotados na Batalha de Ambar, na qual Almostancir foi morto.
Alepo foi então conquistada por Baibars e Aláqueme, em janeiro de 1262, foi para o Cairo esperando ser reconhecido como califa pelo novo sultão que, ao invés disso, o prendeu na cidadela do Cairo. Em 17 de novembro de 1262 ele foi solto e proclamado califa, por motivos puramente propagandísticos. Ele permaneceu preso na cidadela, mas lhe foi permitido ter uma vida familiar. Sua esposa era uma filha do emir Daúde-Nácer de Queraque da dinastia dos Aiúbidas.
Durante os quarenta anos de seu califado, Aláqueme levou uma vida de prisioneiro, sem qualquer poder ou liberdade. Apenas sob o sultão Calil (r. 1290–1293) é que ele foi libertado, por conta dos preparativos de uma campanha na Armênia. Em 21 de setembro 1292, ele foi formalmente aceito na corte do sultão. Em 1296, ele e sua família acompanharam o sultão Lagin (r. 1296-1299) em sua peregrinação a Meca (Haje). Além disso, o sultão criou um protocolo formal que exigia a aprovação do califa para o estabelecimento de novos sultões, o que deu ao cargo de califa um mínimo de dignidade cerimonial. Os relatos da época, porém, retratam Aláqueme como sendo vulgar e brutal, resultado da falta de educação e formação, que lhes foram negados pelos sultões.
Aláqueme morreu em 19 de janeiro de 1302, com a idade entre 70 e 80 anos, no Cairo.
Ver também
editarAláqueme I do Cairo Nascimento: ? Morte: 1302
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Precedido por: Almostancir II |
Califas do Cairo 1262–1302 |
Sucedido por: Almostacfi I |
Ligações externas
editar- «Biography of Al-Hakim I» (em árabe). Islampedia.com. Consultado em 12 de setembro de 2012. Arquivado do original em 11 de junho de 2008
Bibliografia
editar- Stefan Heidemann: Das Aleppiner Kalifat (A.D. 1261). Vom Ende des Kalifates in Bagdad über Alepo zu den Restaurationen in Kairo. Brill, Leiden u. a. 1994, ISBN 90-04-10031-8 (Islamic history and civilization 6), (Zugleich: Berlin, Freie Univ., Diss., 1993: Al-Hākim bi-Amrillāh und Āqqūš al-Burlī das Aleppiner Kalifat 659 H. 1261 A.D.).
- Garcin, Jean-Claude (1967). «Histoire, opposition, politique et piétisme traditionaliste dans le Ḥusn al Muḥādarat de Suyûti» [History, opposition, politics and traditionalistic pietism in Suyuti's Ḥusn al Muḥādarat] (PDF). Institut Français d'Archéologie Orientale. Annales Islamologiques (em francês). 7: 33–90. Consultado em 22 de julho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 24 de julho de 2011
- Holt, P. M. (1984). «Some Observations on the 'Abbāsid Caliphate of Cairo». University of London. Bulletin of the School of Oriental and African Studies (em inglês). Vol. 47 (No. 3): 501–507. JSTOR 618882. (pede subscrição (ajuda))