Alberto Martins

político português

Alberto de Sousa Martins GCLGOC (Guimarães, 25 de abril de 1945) é um advogado e político português, tendo exercido o cargo Ministro da Justiça, de 2009 a 2011.

Alberto Martins
Alberto Martins
Retrato oficial de Alberto Martins, 2009
Ministro(a) de Portugal
Período XIV Governo Constitucional
Período XVIII Governo Constitucional
Dados pessoais
Nascimento 25 de abril de 1945 (79 anos)
Guimarães, Portugal
Partido Partido Socialista
Profissão advogado e político

Biografia

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Alberto Martins nasceu a 25 de abril de 1945, em Guimarães, distrito de Braga.

Cresceu em Guimarães, numa família ligada ao sector têxtil, tendo o pai, Alberto da Silva Martins (1923-2002), chefiado os serviços do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro.

Licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Enquanto estudante foi presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, em 1969. Foi eleito numa lista que interrompeu quatro anos de comissões nomeadas pelo governo da ditadura[1]. Foi responsável pelo desencadear da crise académica de 1969, o que lhe custou a prisão. Também em finais da década de 60, Alberto Martins foi repúblico na Real República dos Pyn-Guyns.

Depois do 25 de Abril de 1974 aderiu ao Partido Socialista, que o elegeu deputado à Assembleia da República nas V, VI, VII, VIII e IX Legislaturas. Foi líder da bancada parlamentar do PS de 2005 a 2009 e de novo em 2013 e 2014. Ocupou os cargos de Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública no XIV Governo Constitucional (1999-2002) e de Ministro da Justiça no XVIII Governo Constitucional (2009-2011).

Publicou os livros Novos direitos do cidadão (1994) e Direito à cidadania (2000).

A 9 de Junho de 1999, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.[2]

Em 2017, e ao fim de 30 anos como deputado da Assembleia da República, abandonou esse mesmo cargo, não chegando a cumprir todo o mandato como deputado para o qual foi eleito nas eleições legislativas de 2015. Alberto Martins foi substituído por Hugo Carvalho.[3] Foi-lhe atribuída uma subvenção vitalícia a 15 de Setembro de 2017 no valor de 2.899€53 euros.[4]

Foi comentador no "Jornal da Noite" da SIC Notícias.

A 23 de abril de 2024, foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Cristo.[2]

Resultados eleitorais

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Eleições legislativas

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Data Partido Circulo eleitoral Posição Cl. Votos % +/- Status Notas Ref
1975 MES Porto 2.º (em 36) 6.º 8 331
0,99 / 100,00
Não eleito [5]
1976 1.º (em 38) 10.º 2 256
0,28 / 100,00
 0,71 Não eleito [6]
1987 PS 10.º (em 39) 2.º 249 443
27,19 / 100,00
Eleito [7]
1991 Braga 1.º (em 16) 2.º 133 607
31,92 / 100,00
Eleito [8]
1995 Porto 7.º (em 37) 1.º 467 512
47,44 / 100,00
Eleito [9]
1999 5.º (em 37) 1.º 439 176
48,82 / 100,00
 1,38 Eleito Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública [10]
2002 1.º (em 38) 1.º 386 004
41,95 / 100,00
 6,87 Eleito [11]
2005 5.º (em 38) 1.º 485 975
49,91 / 100,00
 7,96 Eleito Presidente do Grupo Parlamentar do PS [12]
2009 1.º (em 39) 1.º 422 558
42,94 / 100,00
 6,97 Eleito Ministro da Justiça [13]
2011 2.º (em 39) 2.º 318 113
33,26 / 100,00
 9,68 Eleito Presidente do Grupo Parlamentar do PS (2013-2014) [14]
2015 4.º (em 39) 2.º 314 121
33,89 / 100,00
 0,63 Eleito Resignou ao mandato em 2017. [15]

Funções governamentais exercidas

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Precedido por
Cargo vago
Anterior incumbente:
José Menéres Pimentel
(como ministro da Justiça e da Reforma Administrativa)
(1981–83)
Ministro da Reforma do Estado
e da Administração Pública

XIV Governo Constitucional
1999 – 2002
Sucedido por
Cargo vago
Titular seguinte:
Rui Medeiros
(2015)
(como ministro da Modernização Administrativa)
Precedido por
Alberto Costa
Ministro da Justiça[16]
XVIII Governo Constitucional
2009 – 2011
Sucedido por
Paula Teixeira da Cruz

Referências

  1. Revista E n.º 2430 (25 de Maio de 2019), Tiago Soares. Quando Coimbra tocou no céu, pág. 41
  2. a b «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alberto de Sousa Martins". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 23 de maio de 2024 
  3. «Deputado do PS Alberto Martins abandona Parlamento». TVI24. 19 de julho de 2017. Consultado em 20 de julho de 2017 
  4. «Já é conhecida a lista dos ex-políticos que recebem subvenções vitalícias». TSF Rádio Notícias. 2 de setembro de 2019. Consultado em 31 de dezembro de 2019 
  5. «Eleger deputados revolucionários do M.E.S. é colocar na Constituinte militantes que saberão lutar para que a Constituição não seja um instrumento de dominação e repressão dos trabalhadores». Poder Popular (4). 3 de abril de 1975. Consultado em 16 de abril de 2025 
  6. «Unir o Povo contra o Fascismo!» (PDF). Poder Popular (33): 6-7. 17 de março de 1976. Consultado em 16 de abril de 2025 
  7. «Mapa Oficial da CNE» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 10 de agosto de 1987. Consultado em 16 de abril de 2025 
  8. «Mapa Oficial da CNE» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 29 de outubro de 1991. Consultado em 3 de março de 2025 
  9. «Mapa Oficial da CNE» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 24 de outubro de 1995. Consultado em 3 de março de 2025 
  10. «Mapa Oficial n.º 2-A/99» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 22 de outubro de 1999. Consultado em 16 de abril de 2025 
  11. «Mapa Oficial n.º 1-A/2002» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 2 de abril de 2002. Consultado em 3 de março de 2025 
  12. «Mapa Oficial n.º 1-A/2005» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 8 de março de 2005. Consultado em 3 de março de 2025 
  13. «Mapa Oficial n.º 2-A/2009» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 12 de outubro de 2009. Consultado em 3 de março de 2025 
  14. «Mapa Oficial n.º 6-A/2011» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 17 de junho de 2011. Consultado em 3 de março de 2025 
  15. «Mapa Oficial n.º 2-B/2015» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. 25 de outubro de 2015. Consultado em 16 de abril de 2025 
  16. «Ministros da Justiça». Governo de Portugal / Ministério da Justiça. Consultado em 5 de Dezembro de 2013 

Ver também

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Ligações externas

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