Alberto de Brandemburgo

cardeal católico, príncipe eleitor do Sacro Império
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Alberto de Brandemburgo (em alemão: Albrecht von Brandenburg) (Cölln, 28 de junho de 1490 — Martinsburg, em Mainz, 24 de setembro de 1545) da casa de Hohenzollern foi inicialmente margrave de Brandemburgo com seu irmão mais velho Joaquim I Nestor (como Alberto IV). Depois entrou para o clero, tornou-se arcebispo de Magdeburgo em 1513 (também como Alberto IV) e (como Alberto V) administrador apostólico para o bispado vago de Halberstadt. Em 1514 tornou-se também arcebispo de Mainz, Príncipe-eleitor e Arquichanceler do Sacro Império Romano-Germânico. Em 1518 alcançou a dignidade de cardeal com o título de São Crisógono, desde 1521 também com a igreja titular de San Pietro in Vincoli.

Alberto de Brandemburgo
Cardeal da Santa Igreja Romana
Administrador apostólico de Halberstadt
Arcebispo de Magdeburgo
Arcebispo de Mainz
Alberto de Brandemburgo
Alberto de Mainz. Retrato de Lucas Cranach, o Velho, 1526.
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 4 de abril de 1513
Nomeação episcopal 31 de agosto de 1513
Ordenação episcopal 2 de julho de 1514
por Dom Dietrich von Bülow
Nomeado arcebispo 31 de agosto de 1513
Cardinalato
Criação 24 de março de 1518
por Papa Leão X
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Crisógono (1518-1521)
São Pedro Acorrentado (1521-1545)
Lema Domine, dilexi decorem domus tuae
Dados pessoais
Nascimento Cölln
28 de junho de 1490
Morte Aschafemburgo
24 de setembro de 1545 (55 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Como promotor da venda de indulgências e o mais alto dignitário eclesiástico do Sacro Império Romano-Germânico, ele foi um dos oponentes mais importantes e conhecidos de Martinho Lutero.

Biografia

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Início de carreira

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Nascido em Cölln no Spree (atualmente um bairro do centro histórico de Berlim), Alberto era o filho mais novo de João Cícero, Eleitor de Brandemburgo e de Margarida da Turíngia.[1]

Após o funeral de seu pai, Alberto e seu irmão mais velho Joaquim I Nestor tornaram-se marqueses de Brandemburgo em 1499, mas apenas seu irmão mais velho detinha o título de eleitor de Brandemburgo. Alberto estudou na universidade de Frankfurt an der Oder, e em 1513 tornou-se arcebispo de Magdeburgo aos 23 anos e administrador apostólico da diocese de Halberstadt.[1]

Em 1514 obteve o Eleitorado de Mainz e em 1518, aos 28 anos, foi proclamado cardeal. A indulgência emitida por Leão X em 1514 para a construção da nova Basílica de São Pedro em Roma, foi confiada a Alberto (1517) para publicação na Saxônia e em Brandemburgo. Custou-lhe a soma considerável de dez mil ducados,[2] e Alberto empregou Johann Tetzel para a pregação real da indulgência. Mais tarde, Martinho Lutero dirigiu uma carta de protesto a Alberto sobre a conduta de Tetzel.[3]

Em grande parte em reação às ações de Tetzel, Martinho Lutero escreveu suas famosas 95 Teses, que levaram à Reforma Protestante. Lutero as enviou a Alberto em 31 de outubro de 1517, e de acordo com uma tradição discutível[4] pregou uma cópia na porta da igreja do Castelo em Wittenberg. Alberto encaminhou as teses para Roma, suspeitando tratar-se de heresia.[5] Quando a eleição imperial de 1519 se aproximava, os partidários dos dois principais candidatos (o rei Carlos I da Espanha e Francisco I da França) solicitaram avidamente o voto do príncipe-arcebispo de Mainz, e Alberto parece ter recebido uma grande quantia em dinheiro por seu voto. Os eleitores posteriormente escolheram Carlos, que se tornou o imperador Carlos V.[1]

As ideias avançadas e liberais de Alberto, sua amizade com Ulrich von Hutten e suas ambições políticas parecem ter gerado esperanças de que ele pudesse ser conquistado pelo protestantismo; porém, após a guerra dos camponeses alemães de 1525 ele posicionou-se definitivamente a favor dos partidários do catolicismo, e esteve entre os príncipes que se juntaram à Liga de Dessau em julho de 1525.[1]

A hostilidade de Alberto para com os reformadores, no entanto, não foi tão extrema quanto a de seu irmão Joaquim I Nestor, Príncipe-Eleitor de Brandemburgo; e ele parece ter se empenhado na busca pela paz, embora fosse membro da Liga de Nuremberg, formada em 1538 como um contrapeso à Liga de Esmalcalda. Novas doutrinas, no entanto, fizeram progressos consideráveis em seus domínios, e ele foi obrigado a conceder liberdade religiosa aos habitantes de Magdeburgo em troca de 500 mil florins. Durante seus últimos anos mostrou mais intolerância para com os protestantes, e favoreceu o ensino dos jesuítas em seus domínios.[6]

Alberto adornou a igreja colegiada (Stiftskirche) em Halle an der Saale e a Catedral de Mainz de forma suntuosa, e teve como lema as palavras Domine, dilexi decorem domus tuae (do latim: “Senhor, eu amo a beleza de sua casa.”). Um generoso protetor das artes e do ensino, Alberto contou com Erasmo de Roterdã entre seus amigos.[6]

Alberto morreu em Martinsburg, Mainz em 1545[7] e foi sepultado na Catedral de Mainz. Um memorial artístico marca o local de descanso de seus restos mortais.[3]

Referências

  1. a b c d Chisholm 1911, p. 496.
  2. Bainton 1950, p. 75.
  3. a b O'Mailia 1913, p. 262.
  4. Bainton 1950, p. 79.
  5. Wengert 2015, p. 48.
  6. a b Chisholm 1911, p. 497.
  7. «The Cardinals of the Holy Roman Church - Biographical Dictionary - Consistory of March 24, 1518». web.archive.org. 25 de outubro de 2015. Consultado em 15 de julho de 2022 

Bibliografia

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Ligações externas

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Alberto de Brandemburgo
Nascimento: 28 de junho de 1490 Morte: 24 de setembro de 1545
Precedido por:
Ernesto II
Arcebispo de Magdeburgo
1513–1545
Sucedido por:
João Alberto
(Administrador)
Bispo de Halberstadt
1513–1545
Precedido por:
Uriel
Arcebispo-Eleitor de Mainz
1514–1545
Sucedido por:
Sebastião