Partido Libertador

partido político brasileiro extinto
(Redirecionado de Aliança Libertadora)

Partido Libertador (PL) foi um partido político brasileiro[3] que existiu durante dois períodos, de 1928 a 1937 e depois entre 1945 e 1965. Defendia o sistema parlamentarista[4] de governo e o federalismo.

Partido Libertador
Partido Libertador
Fundação 1928
(refundado em 1945)
Dissolução 1937 / 1965
Sede Rua dos Andradas, nº 940 – Porto Alegre[1]
Ideologia Parlamentarismo
Federalismo
Conservadorismo liberal
Espectro político Centro-direita
Antecessor Partido Federalista do Rio Grande do Sul
Sucessor ARENA
Afiliação nacional Frente Única Gaúcha[2] (1928-1932)
Cores      Vermelho
     Branco
Sigla PL
Política do Brasil

Partidos políticos

Eleições

O PL foi fundado em 1928 por políticos do antigo Partido Federalista do Rio Grande do Sul, especialmente Joaquim Francisco de Assis Brasil e Raul Pilla. Participou da Frente Única Gaúcha, coligação com o antes adversário Partido Republicano Riograndense para o lançamento de um candidato gaúcho com chances de vitória na eleição presidencial de 1930. Com a derrota do candidato, Getúlio Vargas, do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), participou da Revolução Liberal que marcou o fim da República Velha e a chegada de Vargas ao poder. O PL viria, depois, a romper com Vargas, e seria extinto na instauração do Estado Novo. Participou das eleições para a Constituinte em 1933, elegendo Assis Brasil, ainda integrando a Frente Única, e do pleito de 1934, quando elegeu representantes na assembleia gaúcha.

Símbolo em formato da bandeira do Brasil.

O Partido Libertador foi reorganizado num congresso entre 10, 11 e 12 de agosto de 1945, e registrado no TSE em 10 de novembro de 1945, após o fim do Estado Novo, e seu primeiro presidente seria Raul Pilla. Herdeiro da política pré-1930, quando não havia partidos de âmbito nacional e os partidos estaduais eram mais representativos. O PL era forte no Rio Grande do Sul, em especial nas regiões do pampa e da fronteira, e tímido nacionalmente, embora tenha logrado algumas vitórias, como a eleição de José Américo de Almeida para governador da Paraíba[5], liderando uma dissidência da União Democrática Nacional (UDN). Pautou sua política e sua atuação no Congresso nacional pela defesa da implantação do parlamentarismo no Brasil. Quando da renúncia de Jânio Quadros, a qual se seguiu a Campanha da Legalidade, pela posse de João Goulart, sugeriu a troca do regime presidencialista pelo parlamentarismo, medida que possibilitou a posse de Jango. O PL foi extinto, juntamente com os demais partidos da época, pelo Regime Militar, por intermédio do AI-2, de 27 de outubro de 1965.

O AI-2 instaurou o bipartidarismo, criando a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido de sustentação do Regime, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição. Durante o regime militar muitos integrantes do PL abandonaram a participação nas disputas eleitorais. A maioria migrou para a ARENA, pois, no MDB estavam os republicanos e os integrantes do partido de Getúlio Vargas a quem faziam oposição. Um exemplo de egresso do Partido Libertador com longevidade política é Paulo Brossard de Souza Pinto, com militância no MDB, e posteriormente, no PMDB.

Referências

  1. https://www.tse.jus.br/hotsites/registro_partidario/pl/identificacao.htm
  2. de Abreu, Luciano Aronne. O Rio Grande Estadonovista: Interventores e Interventorias. Unisinos, São Leopoldo, 2005
  3. Redação. «Partido Libertador (PL - 1945-1965)». CPDOC FGV. Consultado em 22 de junho de 2016 
  4. PILLA, Raul. Pelo parlamentarismo: discursos proferidos na Assembléia Nacional Constituinte. Imprensa: Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1946.
  5. https://www18.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/almeida-jose-americo-de