Altã Cã ou Anda Cã (ᠠᠯᠲᠠᠨ ᠬᠠᠨ / Алтан хан; em chinês: 阿勒坦汗, em que seu primeiro nome é Anda; mongol: ᠠᠨᠳᠠ; chinês: 俺答), foi dos mongóis tumedes.[1][2][3] Seu reinado marcou a conversão dos mongóis ao budismo tibetano da Escola Guelupa, após o seu encontro com o lama Sonam Gyatso em 1578.[4] Foi o governante de facto da "ala direita", ou tribos ocidentais, dos mongóis. Era neto de Daiã Cã (1464–1543), um descendente de Cublai Cã (1215–1294), que conseguiu unir numa liga tribal os mongóis calcas no norte e os Chahares (Tsacares) no sul. Seu nome significa "cã de ouro" na língua mongol.

Altã Cã
Altã Cã
Nascimento 1507
Morte 1582
Rainha Erquetu Catum
Casa Borjiguim
Pai Bars Bolude Jinong
Religião budista

Após o encontro com Altã, Sonam Gyatso recebeu o título de "oceano (de sabedoria)", ou Ta-Le (Dalai), que foi transmitido aos seus dois antecessores; o budismo tibetano assim recebia o aval político. Morrendo em 1588, Gyatso teria reencarnado em um bisneto de Altã Cã que, desta forma, veio a se tornar o quarto Dalai Lama e selar de forma definitiva a ligação com a casa real.[4]

Referências

  1. John W. Dardess (2012). Ming China, 1368-1644: A Concise History of a Resilient Empire. [S.l.]: Rowman & Littlefield. p. 16–. ISBN 978-1-4422-0491-1 
  2. Stein, R. A. (1972). Tibetan Civilization, pp. 81-82. Stanford University Press, Stanford California. ISBN 978-0-8047-0806-7 (cloth); ISBN 978-0-8047-0901-9 (impresso).
  3. Richardson, Hugh E. (1984). Tibet & its History. Second Edition, Revised and Updated, p. 41. Shambhala, Boston & Londres. ISBN 978-0-87773-376-8 (pbk).
  4. a b Bruna Soalheiro (janeiro de 2019). «O cristianismo na terra dos lamas: mais uma forma de sagrado chega ao Tibete (séc. XVII e XVIII)». Rio de Janeiro. Revista Maracanan (n. 20): p. 159-170. Consultado em 3 de abril de 2021. Cópia arquivada em 3 de abril de 2021