Américo Furtado de Simas (São Félix, 15 de outubro de 1875 - 28 de janeiro de 1944) foi um engenheiro civil e professor brasileiro.[1]

Américo Simas
Nome completo Américo Furtado de Simas
Nascimento 15 de outubro de 1875
São Félix (Bahia), BA, Brasil
Morte 28 de janeiro de 1944 (68 anos)
Brasil
Progenitores Mãe: Rita Francisca Bastos de Simas
Pai: José Furtado de Simas
Cônjuge Raquel Bompet Simas
Filho(a)(s) Américo Furtado de Simas
Carlos Furtado de Simas
Jaime Furtado de Simas
Alma mater Escola Politécnica do Rio de Janeiro
Instituições Escola Politécnica da Bahia
Escola de Belas Artes da Bahia
Campo(s) engenharia

Família editar

Américo Furtado era filho do comerciante[2] José Furtado de Simas e Rita Francisca Bastos de Simas, um casal de imigrantes portugueses. Casado com Raquel Bompet Simas,[3] teve três filhos professores da Universidade Federal da Bahia - o arquiteto Américo Furtado Filho e os engenheiros Carlos Furtado de Simas e Jaime Furtado de Simas.[1]

Atuação acadêmica editar

Em 1901, Américo graduou-se em Engenharia Civil na Escola Politécnica do Rio de Janeiro.[4] No mesmo ano, juntou-se ao corpo docente da Escola Politécnica da Bahia, assumindo o ensino de Eletrotécnica, Física, Física Molecular, Meteorologia, e Ótica Aplicada à Engenharia. No decorrer da carreira, instruiu sobre Mecânica Aplicada, e Resistência e Termodinâmica, recebendo o título de catedrático de Máquinas Motrizes e Operatrizes em 1913 e de Termodinâmica - Motores Térmicos em 1936.[4] Na Escola de Belas Artes da Bahia, foi professor a partir de 1928, chegando a ser diretor de 1941 até o seu falecimento.[4]

Américo Simas apresentou o plano "Centésimo da Educação", aprovado pelo governo estadual em 1943. Seu projeto previa a destinação de recursos para ampliação de escolas profissionais e para o combate ao analfabetismo.[1]

Atuação como engenheiro editar

No exercício da profissão, atuou como perito da Companhia de Queimados. Américo instalou e dirigiu o Serviço Meteorológico do Estado, liderou a Comissão de Estudos dos Rios do Estado da Bahia e dirigiu os Serviços Geográficos, Geológicos e Meteorológicos da Bahia.[1]

Em 1904, foi aceito como sócio do Instituto Politécnico da Bahia, do qual foi presidente na década de 1940.[1]

O trabalho com hidrelétricas começou em 1907 e se desenvolveu ao longo do restante de sua vida, tendo Américo elaborado em 1943 um "Plano de Utilização das Energias do Estado da Bahia", a pedido do governador General Renato Onofre Pinto Aleixo.[4]

Em 1935, Américo coordenou e elaborou a "Comissão de Planejamento Urbano da Cidade de Salvador", culminando na realização da "I Semana de Urbanismo de Salvador". Esse evento, realizado nas dependências da Escola Politécnica da Bahia, estabeleceu a influência dos professores sobre o planejamento urbano da capital baiana.[2] Em particular, Américo realizou estudos e projetos para a construção do bairro de Monte Serrat.[4]

Homenagens editar

Em 11 de novembro de 1958, o CONFEA criou um Livro de Mérito para registro de engenheiros e arquitetos notáveis, sendo Américo Simas um dos homenageados inaugurais.[5]

O túnel inaugurado em 1969 e que liga a Cidade Alta à Cidade Baixa em Salvador recebeu seu nome.[6]

No Centro de Lauro de Freitas está localizada a Escola Estadual Américo Simas.

Referências

  1. a b c d e «Américo Furtado de Simas». Repositório Institucional UFBA. Consultado em 29 de julho de 2021 
  2. a b Barbosa, Emiliano Côrtes (2010). Escola Politécnica da Bahia: Poder, política e educação na Bahia Republicana (1896 - 1920) (PDF) (Dissertação de Mestrado). Niterói: Universidade Federal Fluminense. p. 145. 272 páginas. Consultado em 29 de julho de 2021 
  3. «Carlos Furtado Simas - verbete». FGV CPDOC. Consultado em 29 de julho de 2021 
  4. a b c d e Barbosa, Emiliano Côrtes (2010). Escola Politécnica da Bahia: Poder, política e educação na Bahia Republicana (1896 - 1920) (PDF) (Dissertação de Mestrado). Niterói: Universidade Federal Fluminense. p. 250. 272 páginas. Consultado em 29 de julho de 2021 
  5. Láurea ao Mérito 2019 (PDF). Rio de Janeiro: CONFEA. 2019. p. 138. 166 páginas 
  6. Gordilho, Osvaldo Velloso (1989). O túnel no tempo: a história do túnel Américo Simas. [S.l.: s.n.] 126 páginas