Amendoeira-da-praia
A amendoeira-da-praia (Terminalia catappa L.; Combretaceae), também chamada amêndoa, amendoeira, castanheira, anoz, árvore-de-anoz, castanholeira, coração-de-nego, castanhola, sete-copas, chapéu-de-sol, guarda-sol, terminália,[2] coração-de-negro (no Recife), figueira-da-índia (em Angola) e caroceiro (em São Tomé e Príncipe) é uma árvore de grandes dimensões que pode atingir 35 metros de altura. É típica de regiões tropicais. Especula-se que sua origem esteja na Índia e na Nova Guiné.
Amendoeira-da-praia | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Terminalia catappa L. |
É muito comum por todo o Brasil, especialmente na Região Sudeste, pois gosta do calor para se desenvolver. Também é extremamente comum em regiões praianas. Em Santos, no estado de São Paulo, seu fruto é conhecido como cuca. No estado do Espírito Santo, os frutos são chamados de castanhas e a árvore é conhecida como castanheira, ou popularmente, sete copas. É bastante comum em Recife, onde é conhecida como coração-de-negro, vulgo coração-de-nêgo, o que tende a causar confusão com a árvore Poecilanthe parviflora, que também é conhecida como coração-de-negro no resto do Brasil.
Tem a copa bastante larga, fornecendo bastante sombra. Possui folhas caducas.
É cultivada como árvore ornamental. Os seus frutos comestíveis, embora um pouco ácidos, são muito apreciados pelos morcegos. A sua madeira é vermelha, sólida e resistente à água, tendo sido utilizada para fazer canoas na antiga Polinésia.
Etimologia
editar"Amêndoa" e "amendoeira" se originaram do grego amygdále, através do latim amygdala."[3] Amendoeira-da-praia" é uma referência à sua predileção por ambientes à beira-mar. "Castanhola" se originou do castelhano castañuelas, numa referência à semelhança do fruto com o instrumento típico espanhol. "Amêndoa" e "amendoeira" se originaram do grego amygdále, através do latim amygdala.[4] "Terminália" veio do latim terminale, "terminal".[5] "Chapéu-de-sol" e "guarda-sol" são referências à sombra generosa que produz. "Castanha" se originou do grego kástanon, através do latim nux castanea, "noz de castanheiro".[6]
Cultivo e usos
editarTerminalia catappa é amplamente cultivada em regiões tropicais do mundo como uma árvore ornamental devido ao sombreamento fornecidas por sua densa folhagem. O fruto é comestível, com um sabor ligeiramente amargo. A madeira é vermelha, sólida e muito resistente à água utilizada na Polinésia para fazer canoas. As folhas contêm vários flavonóides (como kamferol ou quercetina), vários taninos (como punicalina, punicalagin ou tercatina), saponinas e fitoesteróis. Devido à sua grande quantidade de ingredientes activos, as folhas (e mesmo a casca) são usados em vários medicamentos tradicionais para diversos fins. Por exemplo, em Taiwan as folhas destacadas da árvore são usados como uma erva para o tratamento de doenças do fígado.
No Suriname o chá das folhas é receitado contra disenteria e diarréia. Foi alegado que as folhas contêm agentes para a prevenção do câncer, embora não tenha sido demonstrado, e antioxidantes, além anticlastogénico. Ele é usado por criadores de peixes ornamentais, principalmente peixes betas, peixes registros, peixe e killifish, mas pode ser usado em qualquer espécie, é conhecida por suas propriedades medicinais em peixes e ajudar em seus criadores por séculos, na reprodução peixes no Taiwan ao usar as folhas secas da planta, colocando-as no aquário ou no filtro.
Referências
- ↑ Thomson, L. & Evans,B) (2018). Terminalia catappa (em inglês). IUCN 2019. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2019: 3.1. doi:https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-3.RLTS.T61989853A61989855.en Página visitada em 26 de abril de 2023.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.104
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.103
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.366
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 667
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.365