Amor Prohibido (álbum)

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Amor Prohibido é o quarto álbum de estúdio da artista musical americana Selena. O seu lançamento ocorreu em 13 de março de 1994 através da gravadora EMI Latin. Após a artista ter alcançado uma base de fãs com seu último disco, Entre A Mi Mundo (1992), sua gravadora teve como objetivo ampliar ainda mais seu apelo em seu próximo lançamento de estúdio. Achando difícil conseguir obter um outro sucesso à altura de "Como la Flor" (1992), o irmão da artista, A. B. Quintanilla, solicitou a ajuda dos membros da banda, Ricky Vela e Pete Astudillo, para escrever canções para o novo material dela. O álbum resultante tem uma sonoridade mais madura quando comparado aos anteriores, com características experimentais e uma produção que mistura diversos gêneros musicais, da ranchera ao hip-hop. Amor Prohibido possui uma sonoridade inspirada pelo tejano e cumbia modernizado com uma instrumentação rica em sintetizadores usando um estilo minimalista que era quintessencial na música tejano produzida do início dos anos 1990.

Amor Prohibido
Álbum de estúdio de Selena
Lançamento 13 de março de 1994 (1994-03-13)
Gravação Fevereiro de 1994
Gênero(s) Tejano  · cumbia
Duração 35:27
Formato(s) CD  · download digital  · vinil  · cassete
Gravadora(s) EMI Latin
Produção A. B. Quintanilla
Cronologia de Selena
Entre A Mi Mundo
(1992)
Dreaming of You
(1995)
Singles de Amor Prohibido
  1. "Amor Prohibido"
    Lançamento: 13 de abril de 1994 (1994-04-13)
  2. "Bidi Bidi Bom Bom"
    Lançamento: Julho de 1994
  3. "No Me Queda Mas"
    Lançamento: Outubro de 1994
  4. "Fotos y Recuerdos"
    Lançamento: Janeiro de 1995

As letras das canções do álbum abordam relacionamentos disfuncionais e voláteis; o amor não correspondido, a infidelidade e a divisão social. Com relativamente poucas baladas, narra as lutas e triunfos de uma mulher após relacionamentos amorosos malsucedidos com homens que resistem aos compromissos. O trabalho deu continuidade à sequência de lançamentos da cantora que alcançaram a liderança na Hot Latin Tracks dos Estados Unidos graças a faixa-título "Amor Prohibido", que se tornou o single latino de maior sucesso em 1994, feito este que ela repetiu no ano seguinte com "No Me Queda Mas". Junto com este último, "Bidi Bidi Bom Bom" e "Fotos y Recuerdos", que também lideraram a parada supracitada, são consideradas as canções mais bem sucedidas de Selena.

Amor Prohibido se tornou o primeiro disco de tejano a atingir o cume na Top Latin Albums, permanecendo entre os cinco primeiros postos por 98 semanas consecutivas. Além disso, detém o recorde de maior duração na liderança da Regional Mexican Albums, com 97 semanas não consecutivas, bem como o recorde de ter atingido o ápice em quatro anos civis diferentes. Em 31 de março de 1995, Selena foi assassinada por Yolanda Saldívar, sua amiga e ex-gerente de suas butiques Selena Etc.. Após isso, Amor Prohibido reentrou na Billboard 200, chegando ao número 29. Consequentemente, a Recording Industry Association of America (RIAA) emitiu 36 certificados de platina, denotando mais de dois milhões de exemplares vendidos em solo americano. Com isso, tornou-se o quarto álbum latino mais adquirido de todos os tempos.

Amor Prohibido recebeu aclamação de críticos musicais que o consideraram o melhor trabalho de sua intérprete e louvaram sua sonoridade por ter soado inovadora. Análises retrospectivas notaram que o trabalho foi responsável por catapultar a música tejano para o sucesso mainstream, atraindo o interesse em ouvintes não familiarizados com o gênero. Durante o 37.º Grammy Awards, a obra recebeu uma indicação não vitoriosa na categoria Melhor Álbum Mexicano-Americano. Apesar disso, recebeu honras de Álbum do Ano nos Tejano Music Awards e Melhor Álbum Regional Mexicano nos Premio Lo Nuestro. Consequentemente, foi classificado entre as gravações latinas mais essenciais dos últimos 50 anos pela Billboard, enquanto a revista Rolling Stone o nomeou um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos. A NPR classificou-o em 19.º lugar em sua lista dos 150 melhores álbuns feitos por mulheres; a melhor classificação de uma artista latina e o nono mais bem posicionado por uma mulher de cor.

AntecedentesEditar

Após o lançar seu terceiro álbum de estúdio, Entre a Mi Mundo (1993) e inaugurar sua butique de roupas, Selena começou a trabalhar em seu próximo disco de inéditas.[1][2] Tendo alcançado o sucesso e a base de fãs que Jose Behar, presidente da EMI Latin, almejava, foi planejado por ele que esse público deveria se ampliar ainda mais em seu próximo lançamento.[3] Para isso, a gravadora expressou desejo em recrutar um produtor que já houvesse vencido os Grammys, ao invés do irmão da cantora, AB Quintanilla, para trabalhar no projeto.[4] O que não ocorreu, devido a AB conhecer os gostos musicais e o alcance vocal dela, embora soubesse que precisava se superar para continuar ocupado a função.[5][4] O músico achou difícil atender às expectativas de superar o sucesso comercial de Entre a Mi Mundo e de seu single de maior destaque, "Como la Flor".[2][6][7] Quando ele se reuniu com executivos da gravadora em Nova Iorque e Nashville, eles o pressionaram a criar outra música que fizesse o mesmo sucesso.[8] AB enfatizou que isso seria difícil, mas que iria tentar.[8] Como nos álbuns anteriores da cantora, ele recrutou Pete Astudillo e Ricky Vela, membros da banda Selena y Los Dinos, para o ajudar no processo de composição.[2] A colaboração trouxe uma sonoridade mais madura para o trabalho de sua irmã, resultando em uma gravação e produção mais experimental que a de seus anteriores.[2][9][10] Foi o último álbum dela a conter a produção e composição de Astudillo, que posteriormente se separou de Los Dinos para seguir carreira solo.[2][9]

GravaçãoEditar

"[AB] deixou o estúdio confiando em mim para montar um solo que funcionasse [em "Bidi Bidi Bom Bom"]. Lembro-me de ter pensado, "essa música vai ser enorme" porque eu senti da mesma forma que AB fez. "Bidi Bidi Bom Bom" é a orgulhosa celebração do amor de uma mulher. Eu queria criar um solo radical que realmente fundisse um som de hard rock com uma cumbia tejano, da mesma forma que Selena e eu crescemos em famílias tradicionais para nos tornarmos um casal contemporâneo. Eu queria, mais do que tudo, apoiar o som rico e otimista no canto de Selena com meu violão. A música funcionou em todos os níveis e, em pouco tempo, "Bidi Bidi Bom Bom" ganhou vida própria, tornando-se um dos sucessos mais amados e duradouros de Selena."

—Chris Pérez em seu livro To Selena, with Love[11]

Amor Prohibido foi gravado nos Manny Guerra Studios em San Antonio, Texas, com sua engenharia ficando a cargo de Brian "Red" Moore.[12] Seu período total de produção durou seis meses, começando em 17 de setembro de 1993.[n 1] O cronograma de gravação foi espremido em torno da agenda de shows e a inauguração das butiques da artista, como o seu guitarrista e marido Chris Pérez lembrou: "Eu nem sei como conseguimos encontrar tempo para fazer o próximo álbum."[11] De acordo com Vela, os trabalhos pararam e a banda teve que se apressar para terminar a produção devido ao prazo de lançamento estar se aproximando.[2] Em seguida, levaram duas semanas para concluir a pós-produção.[2] Vela disse que era comum a banda ensaiar todas as músicas antes de grava-las, já que a sequência de produção da banda permaneceu inalterada em Amor Prohibido.[2] Selena e os músicos gravavam suas partes no estúdio e depois as aperfeiçoavam durante a pré-produção.[15] AB então ficou a cargo da engenharia e da mixagem, utilizando uma ferramenta de manipulação de áudio AKAI MPC60 II para sincronismo e ritmo antes de instrumentos de mixagem serem usados.[15][16] Demorou duas semanas para Selena colocar voz nas dez faixas do álbum.[2]

Pérez forneceu um relato evocativo de como trabalhou com Selena durante as sessões de Amor Prohibido.[15] Ele escreveu que ela nunca reclamou no estúdio e que não ficava receosa em relação à mudanças. Selena costumava chegar ao estúdio durante a produção do álbum, "cantarolando um pouco a sua parte", e então seguia para o shopping informando a banda para não se preocupar porque ela "saberia o que fazer quando [eles] estivessem prontos para gravar."[15] Pérez explicou que a banda nunca teve que abordar Selena sobre mudanças no estúdio, já que ela se disciplinava e rastreava seus vocais enquanto solicitava uma segunda tomada para "adicionar pequenas harmonias que ela criaria" durante a gravação.[15] A.B. descreveu seu próprio processo criativo durante as sessões em uma entrevista de 1994;[5] Ele usava um gravador para cantarolar uma melodia antes de criar o título e o conceito de uma música.[16] Se caso se pegasse a cantarolando no dia seguinte, "então [ela] era cativante" e, do contrário, "não a utilizaria".[5] A.B. também solicitou material de Rena Dearman, ex-tecladista do grupo, que forneceu várias músicas.[17] A.B. gostou de "I'll Be Alright" e queria que Selena gravasse-a para Amor Prohibido.[18] Após ser rejeitada pela EMI Latin por soar incoerente com a proposta do disco, A.B. sugeriu que a faixa pudesse ser reaproveitada no próximo projeto dela.[18]

 
Chris Pérez (fotografado em 2012) assumiu o controle criativo em "Ya No"; adicionando riffs de guitarra elétrica e outros estilos musicais na gravação.[2]

Uma música — "Bidi Bidi Bom Bom" — foi improvisada durante um ensaio contendo poucas letras, ou nenhuma.[15] A baterista da banda e irmã de Selena, Suzette, disse que a canção surgiu durante uma brincadeira e insistiu que depois de A.B. começar a tocar um groove em seu violão, Selena começou a cantar, criando letras "conforme as ideias surgiam".[19][20] Começando com letras sobre um peixe alegre nadando livremente pelo oceano, que Astudillo comparou a uma cantiga de roda,[21] organizada em torno de um riff de guitarra wah-wah usando um crybaby improvisado por Pérez.[2] A faixa, então chamada de "Itty Bitty Bubbles",[22] tornou-se uma jam session durante os shows da banda para evitar que os contratantes reduzissem seu pagamento por tocarem por um tempo menor do que o acordado.[4] Selena cantou a música no concerto La Feria em Nuevo León em setembro de 1993, um dia antes de a cantora e Astudillo começarem a "juntar a letra e a melodia".[13] A.B. viu potencial na melodia e "preencheu o que Selena [já havia feito]".[21] Ele se juntou como co-compositor, escrevendo os solos de guitarra para Pérez, bem como os arranjos para a música.[23] A.B. considerou as letras "um pouco assustadoras".[2] No dia anterior, a banda estava programada para gravar o álbum, até que A.B. aproximou-se de Pérez e perguntou se ele estaria interessado em trabalhar com Vela em uma música que ele tinha escrito, "Ya No".[2] Pérez trabalhou com Vela durante toda a noite improvisando os sons de bateria e programação, adicionando riffs de guitarra elétrica e complementando-a com seu próprio estilo musical.[2] Pérez ficou pasmo porque, apesar da ajuda de A.B., ele recebeu o controle criativo sobre a faixa.[2]

A ideia para a faixa-título do álbum foi da própria Selena,[2] embora Astudillo tivesse aspirado a escrever uma canção para uma telenovela intitulada "Amor Prohibido".[21] Junto com AB e Astudillo, Selena começou a escrever e gravar uma faixa baseada em uma história sobre seus bisavós.[24] A cantora foi inspirada por cartas de amor escritas por sua bisavó, que escreveu sobre suas experiências como empregada doméstica que se apaixonou pelo filho dos Calderon, uma família rica que que imigrou da Espanha e vivia em Nueva Rosita, no México.[24][25] Sua bisavó foi proibida de se relacionar com ele por causa de sua classe social e descreveu isso como "amor proibido".[26] Astudillo temia que o pai da cantora rejeitasse a canção por causa do conteúdo lírico de desobedecer os pais para buscar o amor verdadeiro, como a própria Selena fez quando fugiu com Pérez em 1992.[21] Abraham ouviu "Amor Prohibido" depois que Selena gravou a faixa e gostou, ele descobriu que a letra abordava o que "muitas famílias já passaram".[24] Enquanto gravava a música, a cantora havia improvisado o ad libitum "oh uau, baby". Seu irmão acreditava que a gravação não teria sido a mesma se ela não tivesse adicionado essa parte.[27] "Amor Prohibido" fez uso de campana em sua instrumentação, o que foi planejado por A.B., como forma de atrair o interesse de pessoas de diferentes etnias para o trabalho de Selena.[28] A atenção da mídia após a morte dela levou a família Calderon à música, eles viajaram para Corpus Christi e visitaram os Quintanillas pela primeira vez.[24] Depois de se apaixonar por Suzette e descobrir sobre o casamento dela com outra pessoa em setembro de 1993, Vela escreveu uma composição sobre seu sentimento.[29] A canção resultante foi intitulada "No Me Queda Más" e foi dada à Selena para ser gravada no álbum.[29] De acordo com Abraham, a cantora proporcionou uma entrega emocional durante a gravação da obra e foi vista soluçando no estúdio por "saber como [Vela] se sentia" sobre Suzette.[30]

Durante as sessões de gravação de "Techno Cumbia", AB encorajou Selena a fazer um rap com um sotaque de Nova Iorque, semelhante ao de Rosie Perez.[16] Durante uma viagem a cidade supracitada, AB ouviu no rádio a canção "Back on the Chain Gang" (1983), dos Pretenders.[2] Preocupado com a falta de material gravado para o disco, e cativado pela ideia de retrabalhar a faixa como uma cumbia em espanhol, AB pediu a Vela para escrever uma tradução da letra.[2] Depois de descobrir que Selena havia sampleado sua música, a vocalista do Pretenders, Chrissie Hynde, impediu a banda de lançar Amor Prohibido e exigiu de Vela uma tradução para o inglês antes que ela aprovasse um acordo de direitos autorais.[2] No momento da recusa de Hynde, a banda tinha gasto 475 mil dólares com cópias do álbum que incluíam "Fotos y Recuerdos".[4] Percebendo que era a mais curta faixa de Amor Prohibido, o musicólogo James Perone sentiu que a canção havia "retirado algumas das pontes [sic] da composição de Hynde, mas manteve a premissa básica [de "Back on the Chain Gang"]".[31] Perone complementou o arranjo de A.B. como "um exemplo de [sua] abordagem universalmente latina".[31]

ComposiçãoEditar

Amostra de 15 segundos de "Amor Prohibido" em que se ouve a letra do amor proibido entre duas pessoas de diferentes classes sociais; os críticos consideraram suas letras ambíguas e a população LGBT interpretou que se tratava do amor proibido entre casais do mesmo gênero.[32][33]

"Bidi Bidi Bom Bom" baseia-se na música caribenha, apresenta arranjos mais exuberantes e menos intensos, sintetizadores agudos do que as quatro primeiras canções de Amor Prohibido.[34] Desde então, tornou-se uma de suas gravações mais reconhecidas.[10]

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Amor Prohibido exibe uma coleção de estilos musicais mais diversificada do que os trabalhos anteriores de Selena, variando de ranchera ao hip-hop.[35][36] Os críticos de música acreditam que é um álbum de vários gêneros acessíveis aos fãs de música latina tradicional e contemporânea.[37][38] O musicólogo Matt Doeden descobriu que o álbum apresentava "uma sonoridade nova", cujo objetivo era atrair um público mais amplo.[39] Perone notou que a mistura de composições no projeto variava do rock a música dance.[34][40] Em um artigo publicado pela revista Newsweek apontava que a variedade sonora em Amor Prohibido abrangia a música house, cumbia, rock, dancehall e new wave que foi modernizada em uma forma caleidoscópica que personificava o turbilhão pós-moderno de meados dos anos 90.[10] Amor Prohibido divergiu do "som Tex-Mex contemporâneo [já] padronizado por Selena."[41] Em uma publicação emitida no periódico The Dallas Morning News, Mario Tarradell, no entanto, acreditava que a faixa-título e "Bidi Bidi Bom Bom" continham a personalidade alegre e entusiástica de sua intérprete que prevalecia em suas gravações anteriores.[42] O disco como um todo apresenta influências musicais de salsa, funk, R&B,[39] bubblegum pop,[43] teen pop,[41] techno,[9] e funsões de reggae e dancehall,[44] rock, polca,[45] flamenco, mariachi,[46] corridos.[9] No entanto, tejano e cumbia são os gêneros musicais predominantes em Amor Prohibido. O autor Ed Morales notou sua representação do "som de cumbia" já estabelecido pela banda de tejano La Mafia,[47] embora Donald Clarke tenha considerado que a sonoridade apresentada por Selena nesse trabalho era mais rica em sintetizadores modernizados.[48] Enquanto profissionais especializados notaram que Amor Prohibido representava uma fusão musical transcultural,[9] continuava a ser uma autêntica gravação tejano,[47][49][50] mas que explorava um estilo minimalista que era quintessencial em produções desse gênero do início de 1990.[47]

Selena chamou as gravações de Amor Prohibido de "canções de amor [ou canções sobre] deixar seu coração partido".[16] Liricamente, a faixa-título "Amor Prohibido" encapsula a divisão social entre a protagonista pobre e a pessoa de posição economicamente inalcançável por quem ela se apaixonou.[51] As letras foram analisadas por autores, musicólogos e críticos, que as consideraram relevantes para as questões enfrentadas pela população LGBT.[32][33] Eles são ambíguos e foram interpretados para retratar o romance proibido entre casais do mesmo gênero,[33][52] as visões da sociedade moderna sobre relacionamentos românticos,[47][53] e também Romeu e Julieta.[54] Uma crítica no The Monitor sentiu que a letra retratava o amor proibido que Selena e Pérez esconderam de seu pai autoritário.[55] Musicalmente, a obra titular é "uma balada emocional de tempo acelerado" que apresenta o "lado apaixonado" de sua intérprete.[41] Em "Cobarde", a protagonista chama seu parceiro de "covarde" ao saber de sua incapacidade de enfrentá-la depois de se sentir reticente sobre seu caso.[34] Duas outras faixas, "Ya No" e "Si Una Vez", mergulham no coração de um protagonista que vive um relacionamento fracassado ​​como o da música anterior, que se recusou furiosamente a aceitar um parceiro infiel.[34] Suzette gostou particularmente de "Si Una Vez" porque Selena deu "aquela atitude" a música.[30]

"Tus Desprecios" tem um enredo típico de gravações de mariachi, sobre relacionamentos disfuncionais e voláteis.[36] A faixa usa o estilo tradicional de tejano conjunto e inclui sons emitidos por um acordeão vibrante.[12] Perone escreveu que a canção mostrava a facilidade de Selena com estilos variados como o pop, latino e tejano.[36] Outra faixa, "No Me Queda Más", usa o mesmo estilo de canções ranchera, com a cantora angustiada pelo fim de um relacionamento.[56][57] As letras exploram um amor não correspondido em que uma mulher deseja o melhor para seu ex-namorado, apesar de sua própria agonia.[51][57] Jose Feliciano expressou a sua opinião sobre a música, notando uma sensação de tristeza nas letras, ao mesmo tempo que encontrava paralelos cognitivos com a vida de Selena, e percebia uma comparação de composições tipicamente gravadas por Pedro Infante.[58] A voz da cantora foi admirada por ser poderosa e emotiva, enquanto seus vocais foram considerados moderados e solenes, cantados de uma forma desesperada e emocional.[51][57][59] A revista Hispanic elogiou as interpretações vocais de Selena em "No Me Queda Más", citando a habilidade da cantora de tocar uma música reservada para músicos consagrados com o dobro de sua idade.[41]

Avaliando "Fotos y Recuerdos", Joe Nick Patoski, do The New York Times, reconheceu que a melodia da canção era proviniente da sonoridade new wave dos Pretenders,[60] que tocava em um groove de rock latino rodeado de órgãos e percussões que "transcendem a tradicional sonoridade tejana."[61] Ele também notou que o solo de guitarra executado por Pérez emulava o estilo de James Honeyman-Scott dos Pretenders.[60] A Newsweek elogiou os solos de guitarra de Pérez e a letra de "Fotos y Recuerdos", que explorou o romance proibido,[10] com a intérprete "guardando memórias de um relacionamento".[61] John LaFollette, do The Monitor, sentiu que os apelos simultâneos de Selena ao multiculturalismo e ao comércio na canção soavam "tão americanos quanto a torta de maçã".[55] A faixa é complementada por ritmos de rock e house tendo sua instrumentação composta por cordas dirigidas por sintetizadores e camadas de percussão,[40] incluindo tambores de aço sob uma batida de cumbia.[31][57][62] Perone sentiu inspirações na música produzida na Jamaica, Cuba e Trinidad e Tobago.[31] "Techno Cumbia" apresentava Selena fazendo rap sob uma batida de cumbia complementada com congas, hi-hats, samples de techno, e EBM.[16][10] Patoski aclamou a nova abordagem da banda sobre o ritmo da cumbia, samples vocais atualizados, bateria inspirada em Nova Orleães e buzinas retiradas de soca caribenho.[12] "Techno Cumbia" foi elogiado como o primeiro caso de sucesso de um protótipo de cumbia-rap na indústria.[41] "Bidi Bidi Bom Bom", que também se baseia na música caribenha, apresenta arranjos mais exuberantes e menos intensos, sintetizadores agudos do que as primeiras quatro canções de Amor Prohibido.[34] Infundido cumbia com reggae, seu título onomatopaico e sua letra sem sentido sugerem o som do coração de Selena palpitando sempre que ela pensava em seu marido.[n 2] Os críticos elogiaram a cativação da música e notaram uma sensação de convívio na faixa.[65][66][67] "Bidi Bidi Bom Bom" é musicalmente semelhante a "El Chico Del Apartamento 512"; Perone observou o tema recorrente de atração por um jovem.[34] O gancho da última canção é mais acessível para ouvintes com espanhol limitado do que "Bidi Bidi Bom Bom".[34] Em "El Chico del Apartamento 512", chamado de "hino pop ensolarado", a protagonista é atacada por vários homens por quem ela não tem interesse, exceto pelo "menino do apartamento 512" da canção.[41] Ela encontra coragem suficiente para bater em sua porta e encontra a resposta de uma mulher que pergunta se ela está procurando por seu irmão.[34] Para Perone, a leveza da música representa um alívio do desgosto e desespero em outras partes do álbum.[34]

Crítica profissionalEditar

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic      [68]
Spin           [69]
Entertainment Weekly B[70]
The Monitor A[55]
San Antonio Express-News A[71]

Amor Prohibido recebeu revisões positivas da mídia especializada. Os profissionais do jornal The New York Times elogiaram o álbum de forma esmagadora: Peter Watrous sentiu que permaneceu honesto com seu "país, constituido pela classe trabalhadora"[72] e Greg Kot elogiou sua "fórmula contemporânea",[73] enquanto Joe Nick Patoski o saudou como um "divisor de águas" de um supergrupo no topo de seu sucesso.[12] Outros, como Stephen Thomas Erlewine, do banco de dados AllMusic, e James Perone, negativaram o trabalho inicialmente antes de o apreciarem positivamente. Perone sentiu que o álbum parecia datado, apesar de deixar impresso a ampla evidência do apelo da cantora, enquanto Erlewine caracterizou Amor Prohibido como "ligeiramente irregular" e elogiou o sucesso de Selena em gravar um material mais fraco. Erlewine mais tarde descreveria a obra como o mais forte de sua intérprete e uma introdução eficaz a seu trabalho que destacou de forma bem-sucedida sua interpretação da sonoridade tejana.[74]

A musicalidade do álbum recebeu críticas positivas. Descrita pelo autor Ed Morales como uma "evolução sutil",[47] e pela publicação The Dallas Morning News como "deliciosamente contagiante, melodiosa [e] ultramonível para o rádio",[43] as faixas foram resumidas e elogiadas pelo The Monitor como sendo "românticas, charmosas e entusiasmantes."[55] A Billboard caracteriza o som do álbum como transparentes para aqueles não familiarizados com a sua diversidade musical,[46] enquanto o periódico Houston Chronicle prezou Amor Prohibido pela sua capacidade em reter uma sonoridade inovadora para o século 21;[75] um som que estava "anos-luz à frente" dos contemporâneos da cantora.[76] O "alto sedutor" de Selena foi descrito como no auge de sua expressão.[55] O diário San Antonio Express-News elogiou coletivamente a banda por estar em seu "auge criativo", enquanto a produção de AB foi destacada pela revista musical Rolling Stone, que o rotulou como o "som de Selena" que teria feito da cantora uma força dominante no paradas musicais se não fosse por sua morte.[44] Amor Prohibido sugeriu um "potencial [de Selena para o] pop",[77] uma opinião ecoada pelo autor Matt Doeden, que sentiu que a gravação exibia o potencial de Selena para se tornar o primeiro músico pop do gênero tejano.[39]

Muitos críticos consideraram Amor Prohibido o melhor trabalho de Selena,[10][47][78][79] chamando-o de a "maior conquista" de sua banda.[77] Outras análises chamaram o trabalho de "álbum blockbuster" da cantora,[80][81] seu álbum de assinatura,[82] um lançamento "definidor de carreira",[83] seu registro "mais interessante" e "mais elegante",[69][70] um "álbum de ilha deserta" para os fãs,[84] um "entalhe" em sua carreira,[85] um "marco",[86] uma gravação de "vitória"[87] "um "hino regional abafado"[88] e uma "sensação noturna".[89]

Impacto e legadoEditar

Na época de seu lançamento, Amor Prohibido foi considerado muito popular nas comunidades hispânicas dos Estados Unidos, embora fosse um exemplo de uma divisão geracional no mercado de tejano na época.[34][12] Músicos acharam o tejano contemporâneo mais sofisticado e perceberam que era desnecessário explorar suas raízes para ter gravações de sucesso.[12] A produção musical de fusão de AB e a combinação de composições musicais urbanas em Amor Prohibido, revolucionou a música tejano.[24][90] Com o trabalho, Selena levou o gênero a níveis sem precedentes de sucesso comercial.[43][46][91][92] É considerado uma das primeiras gravações hispânicas a serem apreciadas nos Estados Unidos durante a explosão latina dos anos 1990, um período conhecido como a era de ouro da música de artistas hispânicos, que foi alimentada pela morte da cantora em 1995.[10][93] Também popularizou a música tejano entre um público mais jovem e mais amplo do que em qualquer outro momento da história do gênero.[9][94][95] O álbum foi crucial na popularização do tejano e foi creditado por "[colocá-lo] no mapa."[9] É considerado o primeiro disco em que muitas jovens hispânicas compraram "com letras no idioma em que [seu] sangue está enraizado".[96] Através dele, Selena deu voz e exibiu as experiências de latinos nos Estados Unidos.[9] Na época de seu lançamento, tinha como objetivo superar as limitações na indústria da música, tornando-se, em última instância, "um símbolo cultural eterno".[9]

Após o lançamento do álbum, Selena foi considerada "maior que o própria tejano", e foi creditada por derrubar barreiras no mercado de música latina.[9][92] Amor Prohibido a estabeleceu como uma figura da música pop americana.[10] Os críticos sentiram que a gravação a elevou entre as mulheres líderes no setor de música latina e a estabeleceu como uma cantora líder entre os jovens cantores com apelo popular.[97][98] Mario Tarradell, do The Dallas Morning News, acreditava que Selena tinha "conquistado a paisagem pop latina", enquanto Herón Márquez a chamou de um "sucesso histórico".[99][100] Em novembro de 1994 a Billboard citou Amor Prohibido, entre outras gravações em espanhol, como um exemplo para mostrar que os latinos eram capazes de vender álbuns em mercados anglófonos como os Estados Unidos, que historicamente ignoravam suas manifestações de arte.[97] De acordo com Gisela Orozco, do jornal Chicago Tribune, Selena se tornou a mais bem-sucedida artista de tejano após o lançamento do disco.[101] Amor Prohibido foi tocado em sua totalidade no 25.º aniversário do Festival DC Latino em julho de 1995, que se seguiu à sua morte em março daquele ano.[102]

Consequentemente, a Seattle Post-Intelligencer listou Amor Prohibido entre os melhores álbuns produzidos em 1994, enquanto o Houston Press o classificou entre os melhores álbuns texanos dos últimos 30 anos.[103][104] O crítico Mario Tarradell elegeu-o como o 9º melhor disco latino da década de 1990.[105] O portal BuzzFeed colocou Amor Prohibido na posição de número 22 entre os 35 álbuns latinos da velha guarda que você provavelmente esqueceu.[106] A Billboard o considerou uma das gravações latinas mais essenciais dos últimos 50 anos, e incluiu-o em entre os 100 melhores de todos os tempos.[46][107] Foi selecionado pelo portal NPR o 19º melhor álbum feito por uma mulher, o mais bem classificado por uma artista feminina latina, e o nono com melhor posição por uma mulher de cor.[9] Em março de 2019, veículos de música e mídia, BuzzFeed e Billboard, comemoraram seu 25º aniversário de lançamento.[108][90] Ambos também entrevistaram cantoras latinas como Jennifer Lopez, Ally Brooke, Ángela Aguilar, Anitta e Becky G sobre suas opiniões a cerca de Amor Prohibido e o impacto de Selena em suas carreiras.[109][108] Em uma entrevista à Billboard, a mexicana Danna Paola revelou que este foi o primeiro álbum que ela comprou.[110] Foi posicionado na 479ª colocação da lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da revista musical Rolling Stone e foi incluído no livro 1001 Albums You Must Hear Before You Die, que apresenta os 1001 discos necessários de se ouvir antes de morrer.[111][112]

ReconhecimentoEditar

Selena dominou os Tejano Music Awards de 1995, vencendo todas as categorias em que era elegível.[113] Amor Prohibido ganhou os prêmios de Álbum do Ano, enquanto a faixa-título ganhou Disco do Ano e Single do Ano.[113][114] "Bidi Bidi Bom Bom" venceu como Canção do Ano, enquanto "Techno Cumbia" recebeu o prêmio de Melhor Canção crossover.[114] Amor Prohibido recebeu uma indicação frustrada ao 37.º Grammy Awards como Melhor Álbum Mexicano-Americano.[113] O crítico musical Chuck Philips, acreditava que Selena era "a candidata politicamente correta" para levar o troféu, "com toda a cobertura da mídia pesada que ela [tinha] recebido nos últimos dois anos [1992-94]".[115] Nos Premio Lo Nuestro de 1995, o trabalho ganhou como Melhor Álbum Regional do Mexicano e seu single titular venceu como Canção Regional Mexicana do Ano.[116] No mesmo ano, durante o Billboard Latin Music Awards, o projeto ganhou como o Álbum Regional Mexicano do Ano, Feminino e sua canção homônima ganhou como Canção Regional Mexicana do Ano, enquanto "No Me Queda Más" recebeu o troféu de Videoclipe do Ano.[35] Amor Prohibido foi indicada para Álbum do Ano nos Desi Entertainment Awards, enquanto a faixa-título foi indicada para Canção do Ano em Espanhol.[117] Nos Pura Vida Hispanic Music Awards, profissionais da indústria da música votaram para Melhor Álbum daquele ano, pelo qual eles concederam a Amor Prohibido junto com "Bidi Bidi Bom Bom", que levou as honras de Vídeo Musical do Ano e Canção do Ano.[118]

Lançamento e promoçãoEditar

Amor Prohibido foi lançado nos Estados Unidos em 13 de março de 1994.[n 3] A liberação seguiu um contrato de gravação estipulado com a divisão pop da EMI Latin em novembro de 1993, que visava transicionar Selena para o mercado comercial de música pop em inglês.[123] Depois que essa notícia chegou à Billboard, Amor Prohibido começou a ganhar destaque nas críticas da revista, que considerou seu lançamento uma continuação de sua "veia tórrida".[45] Enquanto Mark Holston, da revista Hispanic, escreveu que o lançamento do disco reforçou a reputação de Selena como uma das principais cantoras hispânicas da década de 1990.[41] Com o presidente da EMI Latin, Jose Behar, solicitando melhorias em seu apelo comercial, a banda então deu ao arranjador argentino Bebu Silvetti a música "No Me Queda Más" para ser retrabalhada em uma faixa de estilo pop para ser lançada como single em outubro de 1994.[124][29] O disco foi posteriormente relançado com um adesivo vermelho indicando que incluía uma "nova versão" da canção.[125] Em uma entrevista à Billboard, Behar disse que "No Me Queda Más" foi "internalizado" sem afetar a originalidade de sua gravação.[124] Durante a celebração de vinte anos do lançamento da música, Amor Prohibido foi relançado e disponibilizado para venda física e digital a partir de 22 de setembro de 2002.[125] A versão de edição limitada incluiu o dueto de Selena com o Barrio Boyzz em seu single de 1994, "Donde Quiera Que Estés", e os vídeos musicais de "Amor Prohibido" e "No Me Queda Más", também como encarte falado contendo comentários e lembranças de cada faixa fornecida pela família da cantora, amigos e sua banda.[125]

Depois de participar de "Donde Quiera Que Estés", Selena fez uma mini turnê com o Barrio Boyzz que lhe permitiu visitar Nova Iorque, Argentina, Porto Rico, República Dominicana e América Central, onde não era muito conhecida.[126][127] Em setembro de 1994, Selena vendeu os 10 mil lugares do D.C. Armory em Washington, D.C, com a maioria do público formado por centro-americanos.[128] Daniel Bueno, que organizou o evento, disse ao The Washington Post que a maior parte dos centro-americanos detestavam a música tejano e pensaram que a adição de reggae e música tropical no repertório da artista a ajudou a atraí-los ao seu trabalho.[128] Nelly Carrion, uma jornalista do Washington Hispanic, expressou como o público ressoou emocionalmente com a performance de Selena e enfatizou como eles estavam desesperados para tocar nela, forçando a apresentação a ser suspensa.[128] Selena fez várias aparições na televisão e em shows ao vivo para promover Amor Prohibido. Mais notavelmente, sua performance no Astrodome de Houston em 26 de fevereiro de 1995, foi considerada uma de suas melhores.[91] O evento foi elogiado pela crítica por quebrar recordes de público estabelecidos pelos artistas de música country, Vince Gill, Reba McEntire e George Strait.[129][130] Sua apresentação no Astrodome foi imitada por Jennifer Lopez em sua interpretação como Selena no filme biográfico de 1997.[131] Selena apareceu no Festival Calle Ocho, em Miami, com uma audiência estimada em 100 mil pessoas, quebrando recordes de públicos anteriores.[129][132] Sua performance em um episódio de novembro de 1994 do Sábado Gigante foi classificada entre os momentos mais memoráveis ​​nos 53 anos de história da atração.[133] Selena cantou "Bidi Bidi Bom Bom", "No Me Queda Más", "El Chico del Apartamento 512" e "Si Una Vez" no programa Johnny Canales, que mais tarde foi lançado em DVD como parte das "canções favoritas" do apresentador.[134] A performance de "Bidi Bidi Bom Bom" em 31 de julho de 1994, no parque de diversões Six Flags AstroWorld foi o assunto de um vídeo lançado pelo periódico Houston Chronicle para seu segmento "Nesse Dia Esquecido".[n 4][135] Ramiro Burr, da Billboard, chamou a digressão da cantora para seu álbum de "uma forte turnê ".[136] Os concertos estabeleceram Selena como um dos artistas contemporâneos de maior sucesso da música latina.[137]

SinglesEditar

As faixas lançadas do álbum continuaram a sequência de singles número um da cantora nos Estados Unidos. A música-título do disco, serviu como o primeiro foco de promoção, em 13 de abril de 1994.[138] Alcançou a liderança na Hot Latin Tracks na semana que terminou em 11 de junho — seu primeiro número um como artista solo — onde permaneceu por nove atualizações consecutivas, convertendo-se no single latino de maior sucesso em 1994.[139][140] O tema recebeu 7 certificados de platina através da Recording Industry Association of America (RIAA), denotando vendas digitais de 420 mil unidades.[141] Seguiu-se "Bidi Bidi Bom Bom" em julho, culminou na Hot Latin Tracks em sua 11ª semana, em 29 de outubro, permanecendo nessa posição por quatro atualizações consecutivas, onde acabou sendo certificado com 9 platinas pela RIAA por 540 mil compras digitais constatadas.[142][141] "No Me Queda Más" foi distribuído em novembro, estabelecendo-se no cume por sete semanas não consecutivas.[143] O lançamento se saiu melhor em 1995, figurando entre os dez primeiros por doze atualizações seguidas, ganhando o título de single latino mais bem sucedido naquele ano pela Billboard.[144][139] Foi certificado de platina quadrupla pela RIAA por 240 mil réplicas comercializadas.[141] A última música de trabalho do álbum foi "Fotos y Recuerdos", liberada em janeiro de 1995, ascendeu ao posto máximo, após a morte de Selena, em 31 de março.[145] No momento de seu falecimento, a canção estava em quarto lugar.[146] Permaneceu no cume do gráfico latino por sete semanas, encerrando o ano como a 2ª faixa em espanhol com melhores resultados.[147][139] Foi platina pela RIAA por vendas digitais de 60,000 cópias.[141] Embora não tenham sido usadas para a promoção do registro, "Techno Cumbia" acabou por receber o certificado de platina pela RIAA ao vender 60 mil unidades digitais, "El Chico Del Apartamento 512" conquistou platina dupla pelo excedente de 120,000 cópias, enquanto "Si Una Vez" angariou platina tripla por 180 mil réplicas adquiridas.[141]

Mario Tarradell, para o The Dallas Morning News, escreveu que os singles do disco elevou Selena ao sucesso nas rádios latinas, cujos promotores não a levavam a sério.[148] "Bidi Bidi Bom Bom" classificou-se no número 54 na lista das melhores canções texanas de todos os tempos pelo portal Dallas Observer.[149] Também foi listada como uma menção honrosa na lista das dez melhores composições de tejano de todos os tempos pela Billboard, enquanto "No Me Queda Más" ficou em nono.[150] Lisa Leal, do canal virtual KVTV, disse que "No Me Queda Más" e "Bidi Bidi Bom Bom", continuam a ser populares entre os fãs da intérprete e para eles é o equivalente em espanhol a "Yesterday".[151] A autora Kristine Burns também considerou que os dois lançamentos mencionados ajudaram a ampliar a base de fãs de Selena.[152] "Bidi Bidi Bom Bom" foi a música mais tocada de Amor Prohibido nas rádios mexicanas, e continua sendo um padrão dentro do pop latino.[56][61] "Fotos y Recuerdos" foi reconhecida como uma das "faixas dançantes mais conhecidas" da cantora, enquanto "Amor Prohibido" foi popular nas rádios de países hispânicos.[61][153] "Techno Cumbia", tendo sua execução considerada uma regra na década de 1990 durante reuniões familiares no sul do Texas, é considerada pelos musicólogos como tendo liderado um novo estilo de música.[61][n 5] Após o 16.º aniversário de lançamento do álbum, uma pesquisa feita pelo The Monitor mostrou que os participantes escolherem "No Me Queda Más" e "Fotos y Recuerdos" como suas preferidas, alegando que "amaram o sentimento e a musicalidade daquelas duas canções."[26] Três composições de Amor Prohibido foram classificadas entre as melhores músicas latinas de todos os tempos pela Billboard em 2016, incluindo "No Me Queda Más" no número 13, "Fotos y Recuerdos" no número 29, e "Amor Prohibido" em 46º lugar.[157] A maioria das gravações encontradas no projeto foram nomeadas como canções de assinatura de Selena, incluindo a faixa-título, "Bidi Bidi Bom Bom", "Fotos y Recuerdos", e "Si Una Vez".[158][51][159][158]

Lista de faixasEditar

Amor Prohibido – Edição Padrão
N.º TítuloCompositor(es)Produtor(es) Duração
1. "Amor Prohibido"  A.B. Quintanilla  · Pete Astudillo  · Selena[160]A.B.  · Jorge Alberto Pino  · Bebu Silvetti  · Gregg Vickers 2:49
2. "No Me Queda Más"  Ricky Vela
  • A.B.
  • Silvetti
3:17
3. "Cobarde"  José Luis BorregoBorrego 2:50
4. "Fotos y Recuerdos"  Chrissie Hynde  · VelaA.B. 2:33
5. "El Chico Del Apartamento 512"  A.B.  · VelaA.B. 3:28
6. "Bidi Bidi Bom Bom"  Selena  · Astudillo  · A.B.A.B. 3:25
7. "Techno Cumbia"  A.B.  · AstudilloA.B. 3:43
8. "Tus Desprecios"  A.B.  · VelaA.B. 3:24
9. "Si Una Vez"  A.B.  · AstudilloA.B. 2:42
10. "Ya No"  A.B.  · VelaA.B. 3:56
Duração total:
35:27

Créditos e pessoalEditar

Créditos adaptados do encarte de Amor Prohibido.[2]

Instrumentos
Produção
  • A.B. : composição, produção, programação, mixagem, arranjador
  • Jorge A. Pino : produção executiva
  • Brian "Red" Moore : engenharia, mixagem
  • Nir Seroussi : edição
  • Guillermo J. Page : reedição de produção
  • Bebu Silvetti : arranjo, produção

Desempenho comercialEditar

Histórico nas paradasEditar

 
Ao conquistar o cume da parada de álbuns latinos da Billboard, Amor Prohibido deslocou Mi Tierra da cantora cubana Gloria Estefan (imagem) dessa posição.

Nos Estados Unidos, durante a semana que terminou em 9 de abril de 1994, Amor Prohibido estreou no terceiro posto da parada Top Latin Albums.[161] Na atualização seguinte, ascendeu para a segunda posição e recebeu o maior salto nas vendas daquela semana.[161] Em uma entrevista à Billboard, AB revelou estar frustrado que o álbum ainda não havia alcançado o número um. Ele explicou que eles eram limitados em suas capacidades com a música tejano e falou sobre sua empolgação quando Amor Prohibido finalmente chegou ao topo da parada, dizendo que o evento "foi muito significativo [para nós]".[8] O disco alcançou a primeira posição em sua décima semana, tornando-se o segundo álbum a ficar em primeiro lugar na recém-criada Top Latin Albums, tirando Mi Tierra da cubana Gloria Estefan dessa posição.[162] Amor Prohibido e Mi Tierra alternaram entre a primeira e a segunda posições da tabela por cinco semanas consecutivas.[163] O evento tornou Selena a "artista mais quente do mercado latino".[164] Suas vendas foram tão vigorosas que na semana seguinte finalmente entrou na tabela Billboard 200, ocupando a 183ª posição, tornando-se o primeiro álbum por um ato não crossover a conseguir esse feito desde Aries (1993) do mexicano Luis Miguel.[165] Também se tornou a primeira gravação de um artista de tejano a chegar à Billboard 200.[166] Mario Tarradell, do The Dallas Morning News, considerou essa uma conquista "inovadora" e nomeou Amor Prohibido como uma das gravações latinas mais populares de 1994.[43]

Em maio, superou outros discos concorrentes de tejano e liderou a lista dos álbuns mais vendidos do gênero em 1994.[167] Tornou-se o terceiro título de Selena a superar os homens no mercado tejano que historicamente não era dominado por mulheres.[168] Dentro de 19 semanas de seu lançamento, superou as vendas das gravações anteriores da artista.[169] Em 16 de julho, estreou em 18.º lugar na Top Heatseekers e em 1º lugar na região Centro-Sul dos Estados Unidos.[170][171] Encerrou 1994 como o quarto álbum latino mais vendido e o álbum regional mexicano mais adquirido em todo o país.[142] Depois de 48 semanas no cume da Regional Mexican Albums foi deslocado da posição por Rompiendo Barreras, de Bronco.[172] Tornou-se o segundo álbum de tejano a atingir vendas superiores a 500 mil cópias até o final do ano, um feito que antes só havia sido realizado por La Mafia.[116] Apesar disso, a Nielsen Soundscan informou vendas de somente 184 mil unidades até abril de 1995.[173][n 6] De acordo com Behar, os números de vendas que à Soundscan fornece não incluem as realizadas em pequenas lojas especializadas em música latina.[174][175] Antes de Selena ser assassinada em março de 1995, o material estava entre os cinco primeiros lugares na Top Latin Albums por 53 semanas consecutivas.[173] Suas vendas nas quatro semanas anteriores ao assassinato foram ligeiramente acima de 2 mil unidades por semana.[176] Na semana imediatamente antes à morte, comercializou 1,700 unidades.[177] Paralelamente a isso, no México conseguiu vender 2,000 unidades por semana, enquanto no Canadá a intérprete estava começando a ganhar popularidade após o lançamento da obra.[178] No primeiro país, foram comprados 400 mil exemplares até abril de 1995, e posteriormente recebeu um certificado de ouro emitido pela Asociación Mexicana de Productores de Fonogramas y Videogramas (AMPROFON).[145][179]

Desempenho comercial póstumoEditar

Após o assassinato de Selena, a atenção da mídia ajudou a aumentar as vendas de Amor Prohibido, bem como do catálogo anterior dela.[173] Como resultado, a a EMI Latin começou a encomendar milhares de cópias em CD e cassete para cobrir a demanda.[180] Imediatamente após sua morte, o produto tornou-se o mais solicitado por pessoas nas lojas de música à procura de seu trabalho.[181] Um varejista de música em Austin, Texas, expressou que o material havia vendido mais unidades no primeiro mês após sua morte "do que durante todo o ano em que foi lançado".[182] Em McAllen, Texas, lojas de discos relataram que as pessoas compravam mais as outras obras anteriores da cantora do que Amor Prohibido, citando que "a maioria dos fãs já tem seu [álbum] mais recente".[183] Lojas de música em Washington, D.C., supostamente esgotaram seu estoque de unidades do trabalho dias após o assassinato.[128] Em 15 de abril de 1995, alcançou o número um pela quinta vez na Top Latin Albums, com vendas de 12,040 unidades — um aumento de 580% em relação à semana anterior.[173] O registro posteriormente reentrou na Billboard 200 na 92ª colocação com um aumento de 520% em suas vendas e no cume da Regional Mexican Albums.[173] Na semana seguinte, subiu para o 32º posto da Billboard 200, com 28,238 cópias vendidas, representando um ganho de 135%.[176] Alcançou a posição 29 durante sua quinta semana na tabela.[184] O evento foi "uma façanha rara" para um álbum não anglo nos Estados Unidos.[185] Na semana seguinte à morte de Selena, saltou do número 20 para o número seis na lista dos álbuns mais vendidos no sul da Califórnia.[186] A gravação acabou ficando em segundo lugar na lista dos discos mais comprados no estado.[187] Em um relatório publicado em junho de 1995, constava como o segundo álbum mais adquirido em Porto Rico.[188] A comercialização da obra e de Entre a Mi Mundo (1992), aumentaram 1,250% nas oito semanas após o assassinato.[189] O produto ajudou a aumentar o lucro nas lojas de discos locais do Texas, que estavam "vendendo mais do que quando [Selena] estava viva".[190] Permaneceu em primeiro lugar na Top Latin Albums por 16 semanas após sua morte, até que o seu lançamento seguinte, Dreaming of You, o substituiu em 5 de agosto.[191] Amor Prohibido esteve atrás do supracitado por sete semanas.[192] No final de 1995, ficou em segundo lugar, depois de Dreaming of You, como o álbum latino mais vendido naquele ano, e permaneceu como a gravação regional mexicana mais adquirida por três anos consecutivos.[193][194]

Após 98 semanas, Amor Prohibido saiu do top cinco na Top Latin Albums, embora tenha permanecido entre os dez primeiros por 12 semanas adicionais.[195][196] Na Regional Mexican Albums estabeleceu o recorde de maior quantidade de semanas no número um, com 97 semanas, e é o único álbum a alcançar a liderança em quatro anos civis diferentes.[197][198][199] Encerrou 1996 como o nono disco latino mais vendido, o segundo de 1997, enquanto em 1998 ficou em terceiro.[194][200][201] Os critérios da Billboard foram revisados e ​​tornaram-no inelegível para a Top Latin Albums e Regional Mexican Albums a partir de 18 de janeiro de 1997. Foi removido da lista e começou a figurar na recém-formada parada Latin Catalog Albums, posicionando-se em segundo lugar.[202] Em maio de 1995, a Recording Industry Association of America (RIAA) certificou-o com ouro pela distribuição de 500 mil exemplares em solo americano.[203] Dentro de três semanas, foi certificado com platina após ter chegado a marca de um milhão de unidades.[204] Com isso, tornou-se o primeiro disco de tejano a alcançar esse nível de certificação.[177] O jornal Sydney Morning Herald chamou o evento de "uma conquista" para um álbum em espanhol, que não era "a língua dominante da indústria musical".[88] Até junho de 1995, foi informado vendas de 1,5 milhões de réplicas do produto nos Estados Unidos, denotando 2,14 milhões de unidades equivalentes vendidas.[n 7] Em novembro de 2017, a certificação foi atualizada para trinta e seis certificados de platina (latina) vindo a se tornar o segundo disco latino mais certificado, atrás apenas de Dreaming of You (1995), e o quarto mais adquirido nos Estados Unidos.[n 8][141][212][213] Mundialmente, é estimado que tenham sido distribuídas mais de 2,5 milhões de unidades.[214] Foi classificado como o lançamento de tejano que mais vendeu da década de 1990 e de todos os tempos.[78][89][177][215]

Ver tambémEditar

Notas de rodapé

  1. De acordo com a AB, toda a produção de Amor Prohibido levou seis meses para ser concluída antes de ser lançado em março de 1994, o que se traduz em setembro de 1993.[2] De acordo com Chris Pérez, a banda executou a versão original em inglês de "Bidi Bidi Bom Bom" em seu show em Nuevo León em setembro de 1993. Ele disse explicitamente que não se lembrava da data exata em que a banda começou a produção do disco. Embora ele tenha expressado que no dia seguinte ao show em Nuevo León, a banda começou a produção de Amor Prohibido com os toques finais de "Bidi Bidi Bom Bom" em uma canção em espanhol de cumbia e tejano.[13] O biógrafo Joe Nick Patoski escreveu que a data do concerto de Nuevo León foi 16 de setembro de 1993.[14]
  2. Os autores Prampolini e Pinazzi (2013) e Patoski (2020) escreveram sua interpretação de "Bidi Bidi Bom Bom" como o som de um coração palpitando quando uma pessoa deseja ser o objeto de afeto do protagonista. Eles chamaram o título de "onomatopaico" e sua letra de "sem sentido".[63][64][61] No entanto, em uma entrevista ao Sábado Gigante, Selena disse que as palpitações eram próprias sempre que pensava em seu marido Chris Pérez.[22]
  3. De acordo com o critíco musical do AllMusic, Amor Prohibido foi lançado em 13 de março de 1994,[74] embora Ramiro Burr do San Antonio Express-News tenha escrito que o álbum foi lançado em 14 de março de 1994,[119] no entanto, isso contradiz o encarte relançado em 2002, onde o álbum foi dito ter sido lançado em 27 de março de 1994.[2] Jornais na época de seu lançamento, colocam a sua liberação como abril de 1994,[120][121] o primeiro anúncio promocional do álbum foi em 15 de abril de 1994 no The Galveston Daily News.[122]
  4. No original: "On This Forgotten Day".
  5. De acordo com o correspondente de música latina do San Antonio Express-News e da Billboard, Ramiro Burr descobriu que Selena "estabeleceu um dos primeiros modelos para fusões pop-cumbia-rap [na indústria]".[154] Ed Morales sentiu que "Techno Cumbia" deixou o "trabalho de Selena com um sotaque diferente".[155] Matt Doeden descobriu que a canção criou um "novo estilo" de música, enquanto Herón Márquez escreveu que "sinalizava um novo estilo de música tejano."[39][156]
  6. A Nielsen Soundscan relatou anteriormente que Amor Prohibido já havia vendido 200.000 unidades nos Estados Unidos até novembro de 1994.[97]
  7. Segundo Patoski, Amor Prohibido vendeu 1,5 milhões de exemplares até junho de 1995, fonte que obteve na revista Time.[205] De acordo com a Nielsen SoundScan, Amor Prohibido vendeu 1.246 millhões de cópias até outubro de 2017. A empresa, em determinado momento da década de 1990, não incluiu as vendas de gigantes do varejo como o Wal-Mart.[206] De acordo com Leila Cobo, "muitas" lojas especializadas em música latina não são reportadas à Nielsen.[207] Além disso, à SoundScan não inclui vendas de shoppings, CDs com desconto ou com preços de venda abaixo de 50% do sugerido, compras a granel por um único indivíduo,[208] pequenos varejistas sem caixa registradora,[174] eletrônicas e pontos de venda não tradicionais, como mercado de pulgas e drogarias, não são relatados à SoundScan.[209]
  8. O número de vendas necessárias para um álbum latino se qualificar para os prêmios ouro e platina era maior antes de 1º de janeiro de 2008.[210] Os limites eram 100.000 unidades (ouro) e 200.000 unidades (platina). Todos os álbuns em espanhol certificados antes de 2008 foram atualizados para corresponder à certificação atual na época.[210][211]

Referências

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Trabalhos citadosEditar

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Ligações externasEditar