Ana Cláudia Lemos

velocista brasileira
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Ana Claudia Lemos da Silva (Jaguaretama, CE, 6 de novembro de 1988) é uma velocista brasileira, especializada nos 100 e 200m rasos. É a atual recordista brasileira e sul-americana dos 200 metros rasos.

Ana Cláudia Lemos
Atletismo
Modalidade 100 m, 200 m
Nascimento 6 de novembro de 1988 (35 anos)
Jaguaretama, CE
Nacionalidade brasileira
Medalhas
Jogos Pan-Americanos
Ouro Guadalajara 2011 200 m
Ouro Guadalajara 2011 4x100 m

Carreira editar

Competindo na modalidade de revezamento 4x100 metros, esteve presente nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, como reserva, e participou do Campeonato Mundial de Atletismo de 2009.[1] Ela é a ex-recordista brasileira e sul-americana dos 100 m rasos[2] e recordista dos 200 m rasos com 22s48, obtida no Troféu Brasil, em São Paulo, em 6 de agosto de 2011.[3] Foi também semifinalista, tanto nos 100m quanto nos 200m, do Campeonato Mundial de Atletismo de 2011.[4][5]

Integrou a delegação que disputou os Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México,[6] onde conquistou duas medalhas de ouro nos 200 m e no revezamento 4x100 m.[7]

Em Londres 2012, participou da prova dos 200 metros, sendo eliminada na primeira fase. Depois, esteve no time brasileiro do revezamento 4x100m rasos feminino, composto por ela, Franciela Krasucki, Evelyn dos Santos e Rosângela Santos, que quebrou o recorde sul-americano nas eliminatórias da prova, com o tempo de 42s55, se classificando à final em sexto lugar.[8] Na final, fizeram o tempo de 42s91, terminando em sétimo lugar.[9]

No Mundial de Moscou 2013, o time composto por Ana Cláudia Lemos, Evelyn dos Santos, Franciela Krasucki e Rosângela Santos bateu o recorde sul-americano na semifinal dos 4x100m femininos, com a marca de 42s29.[9] Porém, estranhamente e sem explicação oficial, a CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo) realizou uma estranha mudança de atleta para a final, colocando Vanda Gomes (que nunca havia corrido o revezamento) no lugar de Rosângela Santos, para fechar a prova. Na final, o Brasil vinha em segundo lugar, quase empatado com a Jamaica e com grande possibilidade de ganhar a medalha de prata, e bater novamente o recorde sul-americano quando, na última troca de bastão, Vanda, que fora colocada "no fogo" numa final de Mundial e sem treinamento suficiente para receber o bastão, acabou deixando o mesmo cair.[10]

Nos Jogos Pan-americanos de Toronto 2015, ela correu pela primeira vez os 100 m rasos abaixo dos 11s0, marcando 10s96 para a distância nas eliminatórias, mas os ventos a favor acima do permitido impediram a homologação da marca.[11]

Fora das principais competições internacionais de 2016 por problemas de contusão e doping, em 2017, no Campeonato Mundial de Atletismo disputado em Londres, integrou o revezamento 4x100 m que ficou em 7º lugar na final da prova.[12]

Doping editar

Em março de 2016, Ana Cláudia testou positivo em um exame antidoping realizado pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), mas ainda teve direito em realizar uma contra-prova (amostra B). A substância encontrada no exame de sangue da velocista foi o esteroide anabolizante oxandrolona.[13] Em maio, num segundo julgamento já que o primeiro resultou apenas numa advertência à atleta, ela foi suspensa por cinco meses pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), período contado desde março, encerrando-se em 2 de agosto de 2016, o que ainda a permitiria competir nos Jogos do Rio de Janeiro. Foi levado em consideração pelo tribunal a alegação de que a substância foi ingerida acidentalmente pela atleta por causa da contaminação cruzada de um medicamento produzido em farmácia de manipulação.[14] A IAAF descartou recorrer da punição aplicada pelo STJD brasileiro[15] e Ana foi liberada para correr o revezamento 4x100 m feminino na Rio 2016, mas num último momento acabou cortada de equipe por conta de uma lesão no joelho.[16]

Referências

  1. UOL Esporte Brasileiros no Mundial de Atletismo. Acessado em 17/08/2009.
  2. «Ana Cláudia crava 11s05 e quebra recorde sul-americano nos 100 m». Folha de S Paulo. Consultado em 12 de maio de 2013 
  3. «Recordes CBAt». Consultado em 3 de agosto de 2011. Arquivado do original em 23 de setembro de 2015 
  4. «100 METRES WOMEN». IAAF. Consultado em 10 de março de 2016 
  5. «200 METRES WOMEN». IAAF. Consultado em 10 de março de 2016 
  6. CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo CBAt convoca 62 atletas para o PAN 2011 em outubro no México. Visitado em 22 de setembro de 2011.
  7. «Musa se recupera de revés após 2 dias e leva ouro nos 200 m; masculino é bronze». UOL Pan 2011. 27 de outubro de 2011. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  8. Brasileiras estão na final do revezamento 4x100m
  9. a b Com recorde sul-americano, Brasil vai à final do revezamento 4x100 m
  10. Brasil erra passagem, bastão cai, e país dá adeus ao Mundial sem pódio
  11. «Vento rouba a cena e invalida recordes do atletismo no Pan de Toronto». Folha de S Paulo. Consultado em 21 de julho de 2015 
  12. «4 x 100 Metres Relay Women - Final» (PDF). IAAF. Consultado em 16 de agosto de 2017 
  13. «Substância de doping de Ana Claudia é um esteroide». O Globo. Consultado em 10 de março de 2016 
  14. Sender, André. «Ana Cláudia pega 5 meses de gancho e pode correr na Rio 2016». Terra Esportes. Consultado em 12 de maio de 2016 
  15. «IAAF descarta recorrer de punição e Ana Claudia Lemos está garantida na Olimpíada». UOL Esportes. Consultado em 26 de agosto de 2016 
  16. «Ana Cláudia está fora do revezamento 4x100m na Rio-2016, diz técnico». UOL Esportes. Consultado em 26 de agosto de 2016 

Ligações externas editar