Antônio Carlos Magalhães Júnior

empresário e político brasileiro
 Nota: Para o lutador brasileiro, veja Antonio Carlos Júnior.

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior (Salvador, 24 de setembro de 1952) é um administrador de empresas e empresário brasileiro. Conhecido como ACM Júnior e Antônio Carlos Júnior, é formado em administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), da qual foi professor. É acionista e membro do Conselho de Administração da Rede Bahia. Entre os anos de 2001 e 2003 e 2007 e 2011, ocupou a vaga do seu pai, Antônio Carlos Magalhães, como senador pela Bahia. É pai do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior
ACM Júnior
Antônio Carlos Magalhães Júnior
Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior
Senador pela Bahia (1° Suplente)
Período 1°- 31 de maio de 2001 até 1° de fevereiro de 2003
2°- 7 de agosto de 2007 até 1° de fevereiro de 2011
Senador Titular Antônio Carlos Magalhães
Dados pessoais
Nome completo Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior
Nascimento 24 de setembro de 1952 (71 anos)
Salvador, Bahia
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Arlette Magalhães
Pai: Antônio Carlos Magalhães
Alma mater Universidade Federal da Bahia
Filhos(as) ACM Neto
Parentesco
Partido PFL (1994-2007)
DEM (2007-2018)
Religião católico
Profissão administrador de empresas

Biografia editar

Antônio Carlos Magalhães Júnior nasceu em Salvador, em 24 de setembro de 1952, sendo o primeiro filho de Antônio Carlos Magalhães e Arlette Magalhães.[1] Começou a trabalhar em 1975, nos departamentos de comércio exterior e mercado de capitais do Banco Econômico.[2] Em 1979, aos 27 anos, se formou em administração na Universidade Federal da Bahia,[3] tornando-se depois professor da Escola de Administração da instituição.[4]

Também em 1979, ACM Júnior teve o primeiro filho com a esposa Maria do Rosário Magalhães, a partir do nascimento de Antônio Carlos Magalhães Neto, em 26 de janeiro.[5] Em 26 de outubro de 1981, nasceu a filha Renata Magalhães.[6]

Em 1985, entrou oficialmente no ramo empresarial, sendo um dos fundadores da TV Bahia, afiliada da Rede Manchete em Salvador.[7] Dois anos depois, em 1988, deixou o Econômico para se dedicar às empresas do Grupo TV Bahia,[2] de propriedade da sua família, tornando-se superintendente da TV Bahia e integrante do conselho de administração do jornal Correio da Bahia.[8]

No mesmo ano, ACM Júnior foi um dos fundadores da TV Santa Cruz,[9] afiliada à Rede Globo e a primeira estação de propriedade do conglomerado no interior do estado, além de fundar e tornar-se administrador da Globo FM,[10] a primeira estação de rádio do grupo.[8] Em 1994, assumiu o cargo de presidente do Grupo TV Bahia.[3]

Em 22 de março de 2022, ACM Júnior deixou a presidência do Conselho de Administração da Rede Bahia após dez anos no cargo. Como seu substituto, foi escolhido em comum acordo o então diretor-presidente do conglomerado, Paulo Cesena. Apesar de deixar o comando, seguiu como acionista de empresas e membro do conselho de administração do conglomerado.[11]

Carreira política editar

Apesar de sempre ter declarado não gostar de política e preferir atuação na iniciativa privada,[8] ACM Júnior ingressou na política em 1994, a partir de uma decisão pessoal do pai ACM em torná-lo candidato a suplente do seu mandato nas eleições daquele ano.[12] Assim como seu pai, filiou-se ao Partido da Frente Liberal.

ACM Júnior só assumiu uma vaga no Senado Federal do Brasil com a renúncia do seu pai em 2001 devido à polêmica do painel, tendo cumprido o mandato de 31 de maio de 2001 a 1 de fevereiro de 2003. "Minha única pretensão é a de honrar o mandato", afirmou ao assumir o cargo.[13] Novamente como suplente de ACM, que foi reeleito senador em 2002, assumiu definitivamente sua vaga, desta vez aberta por falecimento do titular, em 7 de agosto de 2007.[14]

Em 29 de junho de 2010, anunciou em nota à imprensa que não se candidataria à reeleição como senador devido aos compromissos pessoais, "notadamente os de ordem empresarial". A decisão contrariou a vontade dos líderes da coligação entre o DEM e o PSDB, que lançaram José Carlos Aleluia em seu lugar nas eleições de 2010.[15] ACM Júnior, no entanto, aceitou fazer parte da candidatura como suplente pela última vez.[16]

Em 15 de dezembro de 2010, à dois meses do fim do mandato, ACM Júnior se despediu pela última vez do Senado Federal com um discurso, onde homenageou o pai Antônio Carlos Magalhães e mencionou feitos da sua passagem pelo Congresso Nacional, destacando a aprovação da medida que fez com que o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, criado por ACM, fosse mantido por tempo indeterminado.[17] Após sair do mandato, ACM Júnior seguiu filiado ao Democratas até 2018.[18]

Ver também editar

Referências

  1. Carlos Augusto (16 de novembro de 2009). «Exclusiva: "eu não defini se serei candidato ou não, o objetivo maior é eleger Paulo Souto, sou um soldado do partido", diz senador ACM Junior, em entrevista». Jornal Grande Bahia. Consultado em 28 de maio de 2023 
  2. a b «Sem vocação, Júnior aguarda sua hora». Folha de S.Paulo. 19 de maio de 2001. Consultado em 28 de maio de 2023 
  3. a b «MAGALHÃES JÚNIOR, Antônio Carlos». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 28 de maio de 2023 
  4. «Antonio Carlos Peixoto Magalhães Junior». Escola de Administração da UFBA. Consultado em 28 de maio de 2023. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2017 
  5. «Mãe de ACM Neto parabeniza prefeito pelos 40 anos: 'Estou em festa de coração, corpo e alma'». Bahia Notícias. 26 de janeiro de 2019. Consultado em 5 de agosto de 2022 
  6. Freitas, Rafael (24 de outubro de 2020). «Renata Correia celebra aniversário e recebe homenagem do irmão, ACM Neto». Correio24Horas. Consultado em 28 de maio de 2023 
  7. «TELEVISÃO BAHIA LTDA. - QUINTA ALTERAÇÃO» (PDF). 30 de dezembro de 1983. Consultado em 21 de julho de 2022 
  8. a b c «ACM Júnior não gosta de política». Folha de S.Paulo. 26 de abril de 1998. Consultado em 28 de maio de 2023 
  9. Lobato, Elvira (5 de setembro de 1995). «Família de ACM controla 5 emissoras». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de abril de 2021 
  10. Bittencourt, Fábio (11 de julho de 2012). «Globo FM: rádio faz aniversário e realiza série de promoções». Correio 24 Horas. Consultado em 23 de março de 2021 
  11. «ACM Júnior deixa presidência do Conselho de Administração da Rede Bahia». 22 de março de 2023. Consultado em 23 de março de 2023 
  12. «"Nunca exerci cargo público"». Folha de S.Paulo. 8 de setembro de 1996. Consultado em 28 de maio de 2023 
  13. Magalhães, Vera (1 de junho de 2001). «ACM Júnior assume e afirma que não é político». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de maio de 2023 
  14. «Antonio Carlos Júnior assume mandato de senador». Direito2. 7 de agosto de 2007. Consultado em 28 de maio de 2023. Arquivado do original em 30 de julho de 2012 
  15. Melo, Jamildo (29 de junho de 2010). «ACM Júnior desiste do Senado e deixa DEM em dificuldade na BA». NE10. Jornal do Commercio. Consultado em 28 de maio de 2023 
  16. «ACM JR». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 28 de maio de 2023 
  17. «ACM Júnior se despede do Senado». Jornal Grande Bahia. 24 de dezembro de 2010. Consultado em 28 de maio de 2023 
  18. Galvão, Alexandre (12 de abril de 2018). «Insatisfeitos, aliados querem sacrifício de Neto, com Roma, Prates e ACM Jr.». Metro1. Consultado em 28 de maio de 2023 

Ligações externas editar