António de Arrábida

botânico português
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Dom frei Francisco Antonio de Arrábida (Lisboa, 9 de setembro de 1771Rio de Janeiro, 10 de abril de 1850) foi um padre franciscano, botânico[1] e professor português.

Francisco Antônio da Arrábida, OFM
Bispo da Igreja Católica
Info/Prelado da Igreja Católica
Frei António de Arrábida

Título

Bispo Titular de Anemúria
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Frades Menores Reformados
Diocese Sé Titular de Anemúria
Predecessor Carlo Santacolomba
Sucessor Henri Joseph Faraud, OMI
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 9 de abril de 1827
Ordenação episcopal 11 de maio de 1828
Rio de Janeiro, Brasil
por José Caetano da Silva Coutinho
Dados pessoais
Nascimento Lisboa, Portugal
9 de setembro de 1771
Morte Rio de Janeiro, Brasil
10 de abril de 1850 (78 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Aos quinze anos de idade entrou para convento franciscano de São Pedro de Alcântara e após completar seu preparo foi nomeado professor e bibliotecário do convento de Mafra. Ali entrou em contato com o príncipe regente D. João, que admirou seu trabalho e o fez seu confessor e membro do seu conselho privado.[2][3]

Viajou para o Brasil com D. João, instalando-se no convento de Santo Antônio. Foi nomeado censor régio da Mesa do Desembargo do Paço em 27 de setembro de 1808 e atuou como aio dos príncipes D. Pedro e D. Miguel. Depois da volta da família real para Portugal, D. Pedro designou-o seu conselheiro e, proclamada a independência em 1822, participou da organização da cerimônia de coroação do imperador e no mesmo ano foi nomeado bibliotecário imperial, sendo o primeiro chefe da Biblioteca Imperial e Pública da Corte.[2][3] Ao longo dos trabalhos de organização da biblioteca, redescobriu os originais do importante tratado científico Flora fluminensis, de frei José Mariano da Conceição Veloso, que era dado como perdido, e responsabilizou-se pela sua publicação.[2]

Foi tutor dos filhos de D. Pedro,[4] e em 1827, por indicação régia, foi nomeado bispo de Anemúria e coadjutor do capelão-mor.[2] Recebeu do imperador a Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa e foi o ministrante da crisma do jovem príncipe D. Pedro (II).[4] Em 1831 pediu demissão do cargo de bibliotecário, e em 1836 recebeu uma pensão do governo. Por ocasião da criação do Colégio Pedro II, foi indicado seu primeiro reitor em 5 de fevereiro de 1838, mas devido a problemas de saúde renunciou menos de um ano depois. Retornou à corte como assistente na coroação de D. Pedro II, pelo que recebeu a comenda da Ordem de Cristo, e em fevereiro de 1842 foi nomeado conselheiro de Estado. Foi destituído três anos depois e passou seus últimos anos de vida em dificuldades financeiras.[2][3]

Referências

  1. Index of Botanists: Arrabida, D. Francisco Antonio de
  2. a b c d e Bettamio, Rafaella. "Frei Antônio de Arrábida, o Bispo de Anemúria". Biblioteca Nacional do Brasil, 2010
  3. a b c Mapa da Administração Pública Brasileira. "Antônio de Arrábida, bispo de Anemúria". Arquivo Nacional do Brasil
  4. a b Sisson, S. A. Galeria dos Brasileiros Ilustres, Volume I. Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicação, 1999

Bibliografia editar

  • josé murilo de Carvalho. 2007. D. Pedro II: ser ou não ser. São Paulo: Companhia das Letras. ISBN 9788535909692
  • heitor Lyra. 1977. História de Dom Pedro II (1825–1891): Ascensão (1825–1870). v.1. Belo Horizonte: Itatiaia

Ligações externas editar