Anticorpo antinucleossomo

O anticorpo antinucleossomo (AN) é um autoanticorpo contra o nucleossoma, a unidade fundamental da cromatina. Durante o processo de apoptose, a cromatina sofre uma clivagem devido a ação de endonucleases, expondo os nucleossomas, que se comportam então como antígenos, sendo capazes de induzir a formação de anticorpos.[1]

Durante muito tempo, fenômeno das células LE, causado por IgG anticromatina que se liga ao núcleo de neutrófilos lesados, teve grande aplicabilidade clínica e alta especificidade para o diagnóstico de Lúpus eritematoso sistêmico, fazendo parte dos critérios para classificação do LES até o ano de 1997. Contudo, foi ao poucos abandonado em função de sua sensibilidade limitada e de sua difícil medição laboratorial. Hoje, o mesmo sistema de auto-anticorpos responsável pela formação da célula LE (anticorpos contra o complexo desoxirribonucleoproteína-histona ou cromatina) volta a despertar grande interesse, agora pesquisado por metodologia de ELISA com anticorpos antinucleossomo, que traz grande sensibilidade, margem de erro desprezível e possibilidade de automatização e padronização interlaboratorial. Os diversos estudos da literatura evidenciam que a detecção de anticorpos antinucleossomo por ELISA confere uma sensibilidade de 60-70% e uma especificidade de 86-100% para o diagnóstico de LES. .[2]

Referências

  1. Isabella Lima. «Pesquisa de anticorpos antinucleossoma em lúpus eritematoso sistêmico». Revista Brasileira de Reumatologia. Consultado em 8 de fevereiro de 2010 
  2. Fleury Medicina e Saúde; Dr. Paulo Leser, Dr. Luis Eduardo Coelho Andrade (11 de junho de 2007). «Anticorpos Antinucleossomo: Diagnóstico e monitoração do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)». Consultado em 8 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 11 de junho de 2008 
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