Apeadeiro de Arazede

apeadeiro em Portugal

O Apeadeiro de Arazede é uma interface encerrada do Ramal da Figueira da Foz, que servia a freguesia de Arazede, no distrito de Coimbra, em Portugal.

Arazede
Identificação: 45245 ADE (Arazede)[1]
Denominação: Apeadeiro de Arazede
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: A (apeadeiro)[1]
Linha(s): Ramal da Figueira da Foz PK 26+707
Altitude: 86 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°17′10.65″N × 8°39′14.15″W

(=+40.28629;−8.65393)

Mapa

(mais mapas: 40° 17′ 10,65″ N, 8° 39′ 14,15″ O; IGeoE)
Município: Montemor-o-VelhoMontemor-o-Velho
Serviços: sem serviços
Endereço: Rua Manuel Joaquim Macedo Sotto Maior, s/n
PT-3140-022 Arazede MMV
Inauguração: 3 de agosto de 1882 (há 142 anos)
Encerramento: 5 de janeiro de 2009 (há 16 anos)
Website:
O apeadeiro de Arazede, em 2007.

Descrição

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Localização e acessos

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Esta interface situa-se a menos de um quilómetro a nornoroeste do centro da localidade nominal (Largo Silva Ferrão).[4]

Infraestrutura

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O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado direito do sentido ascendente, para Pampilhosa).[5][6] Até à sua demoção para a classificação de apeadeiro,[quando?] esta era, de entre as 17 interfaces do Ramal da Figueira da Foz em funcionamento à data do seu encerramento,[1] a única com a categoria de estação, excluindo as estações terminais e a de Montemor-o-Velho (que servia nominalmente uma sede de concelho).[6]

História

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Mapa da Linha da Beira Alta, na altura da sua inauguração, em 1882: Arazede surge já com a categoria de estação.

Inauguração

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O Ramal da Figueira da Foz foi inaugurado em 3 de agosto de 1882 pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta,sendo nessa altura considerado como parte da Linha da Beira Alta.[7][8]

Século XX

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Em 1933, foi instalada uma báscula de 30 t nesta interface, que então possuía a categoria de estação.[9] Em 1935, foi alvo de grandes obras de reparação, por parte da Companhia da Beira Alta.[10] Os jardins da estação foram premiados em 1934,[11] 1935[12] e 1940.[13] Em 1939, a habitação do chefe e o quarto do praticante sofreram obras de reparação, e foram construídas guaritas junto às agulhas.[14]

Em 1 de janeiro de 1947, a Linha da Beira Alta passou a ser explorada pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[15]

Até[quando?] pelo menos 1988,[6] esta inteface deteve a classificação de estação, surgindo listada como apeadeiro desde,[quando?] pelo menos, 2011.[1]

Encerramento

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Por alegados motivos de segurança, o Ramal da Figueira da Foz foi encerrado ao tráfego ferroviário pela Rede Ferroviária Nacional, em 5 de janeiro de 2009.[16][17][18][19] A empresa Comboios de Portugal assegurou, até 1 de janeiro de 2012, um serviço rodoviário de substituição.[20]

Comboios em Coimbra
(Serviços ferroviários pesados suburbanos e
regionais de passageiros, na região de Coimbra)

    em operação •   extinto em 2010
    extinto em 2025 •     extinto em 2009


 
   
 
(ã) Lobazes 
   
 Moinhos (ã)
(ã) Miranda do Corvo 
   
 Trémoa (ã)
(ã) Padrão 
   
 Vale de Açor (ã)
(ã) Meiral 
   
 Ceira (ã)
(ã) Lousã-A 
   
 Conraria (ã)
(ã) Lousã 
   
 Carvalhosas (ã)
(ã) Prilhão-Casais 
   
 S. José (Calhabé) (ã)
(ã) Serpins 
 
 
 Coimbra-Parque (ã)
(ã) Coimbra 
 
 
 
 
 
 
       
 
 
 
 
 
   
 
 
 
(ã)(n) Coimbra-B   
(n) Souselas 
       
 
 
 
(f)(n) Pampilhosa 
 
 
 Bencanta (n)
(f) Mala 
   
 Espadaneira (n)
(f) Silvã-Feiteira 
   
 Casais (n)
(f) Enxofães 
   
 Taveiro (n)
(f) Murtede 
   
 V. Pouca Campo (n)
(f) Cordinhã 
   
 Ameal (n)
(f) Cantanhede 
   
 Pereira (n)
(f) Limede-Cadima 
   
 Formoselha
(f) Casal 
   
 Alfarelos (a)(n)
(f) Arazede 
   
 Montemor (a)
(f) Bebedouro 
   
 Marujal (a)
(f) Liceia 
   
 Verride (a)
(f) Santana-Ferreira 
   
 Reveles (a)
(f) Costeira 
   
 Bif. de Lares (a)(o)
(f) Alhadas 
   
 Lares (o)
(f) Carvalhal 
   
 Fontela (o)
(f) Maiorca 
   
 Fontela-A (o)
 
   
 Figueira da Foz (f)(o)

Linhas: a R. Alfarelosf R. Figueira da Foz
ã R. Lousãn L.ª Norteo L.ª Oeste
Fonte principal: Diagrama oficial (2001)

Ver também

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Referências

  1. a b c d (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  3. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  4. «Cálculo de distância pedonal (40,28620; −8,65371 → 40,28134; −8,65239)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 8 de agosto de 2024 : 705 m: desnível acumulado de +4−1 m
  5. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  6. a b c Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  7. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 71 (1686). p. 133-140. Consultado em 28 de Maio de 2015 
  8. REIS et al, 2006:12
  9. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 18 de Maio de 2013 
  10. «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1153). 1 de Outubro de 1935. p. 5-9. Consultado em 18 de Maio de 2013 
  11. «Linha da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1120). 16 de Agosto de 1934. p. 418. Consultado em 1 de Março de 2012 
  12. «Ajardinamento das estações da Linha da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1144). 16 de Agosto de 1935. p. 356. Consultado em 18 de Maio de 2013 
  13. «Caminhos de Ferro da Beira Alta» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1265). 1 de Setembro de 1940. p. 592. Consultado em 8 de Dezembro de 2023 
  14. «O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1249). 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 4 de Novembro de 2014 
  15. REIS et al, 2006:63
  16. «BE quer obras em ramal ferroviário encerrado». Jornal de Notícias. 123 (220). Controlinveste Media SGPS, S. A. 7 de Janeiro de 2011. p. 19. ISSN 0874-1352 
  17. «PNR defende ramal ferroviário da Pampilhosa». Correio da Manhã. 4 de Setembro de 2011. Consultado em 12 de Julho de 2013 
  18. «Ramal ferroviário Pampilhosa-Figueira da Foz debateu-se em Mira». Notícias Ribeirinhas. 30 de Setembro de 2011. Consultado em 12 de Julho de 2013 [ligação inativa] [ligação inativa]
  19. «Transportes: Reabertura de ramal ferroviário entre Pampilhosa e Figueira da Foz defendido em debate público». SIC Notícias. 26 de Maio de 2011. Consultado em 12 de Julho de 2013 [ligação inativa] [ligação inativa]
  20. MADEIRA, Paulo Miguel (17 de Dezembro de 2011). «CP encerra linhas do Leste e Beja-Funcheira a 1 de Janeiro». Público. Consultado em 12 de Julho de 2013 

Bibliografia

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  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 
 
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Ligações externas

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