Apeadeiro de Praça do Quebedo
O Apeadeiro de Praça do Quebedo é uma plataforma da Linha do Sul, que serve a zona da Praça do Quebedo, na cidade de Setúbal, em Portugal.
Praça do Quebedo | |||||||||||
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Coordenadas: | |||||||||||
38° 31′ 29,85″ N, 8° 53′ 11,39″ O | |||||||||||
Concelho: | ![]() | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Sul (PK 28,868) | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
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Equipamentos: | ![]() ![]() | ||||||||||
Inauguração: | 25 de Maio de 1920 (há 100 anos) | ||||||||||
Website: |

DescriçãoEditar
ServiçosEditar
Esta estação é utilizada por serviços urbanos da Linha do Sado, assegurados pela operadora Comboios de Portugal.[1]
Localização e acessosEditar
Esta interface situa-se na cidade de Setúbal, tendo acesso pela Praça do Quebedo.[2]
HistóriaEditar
Em 1861, a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo construiu o Ramal de Setúbal, que ligava a cidade com o mesmo nome à linha principal, entre Vendas Novas e o Barreiro, na margem sul do Tejo.[3] No entanto, a estação ficou num local pouco propício, uma vez que a companhia procurou evitar uma custosa passagem pela cidade, dificultando o trânsito de mercadorias desde as docas no Rio Sado.[4] Desta forma, já no contrato de 1864 com a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste esteve planeada a continuação do ramal até à margem do Rio, embora só nos finais do Século XIX é que se iniciou o planeamento daquele lanço, no âmbito da Linha do Vale do Sado, até Garvão.[4] Inicialmente foram propostos dois traçados, um circulando pelo centro da cidade e outro circundando-a pelo limite Leste, com um grande túnel e uma estação nas Fontainhas.[4] Foram ambos rejeitados devido aos elevados custos, tendo sido apresentado um terceiro que saía da via principal antes da estação de Setúbal, circulava lateralmente pela Rua de São João e passava pela Praça do Quevedo numa passagem de nível, seguindo para Oeste e entrando num túnel até à margem do Sado.[4] De forma a evitar a reversão dos comboios na estação de Setúbal, este plano foi emendado de forma a fazer a via sair pelo lado oposto da gare de Setúbal, seguindo num corredor próprio até à Praça do Quevedo.[4] Porém, devido às dificuldades causadas pela presença de uma passagem de nível na Avenida Todi, o engenheiro Augusto César Justino Teixeira elaborou um novo traçado, onde manteve a circulação pela Praça do Quevedo, com uma passagem inferior para peões.[4]
Este apeadeiro situa-se no lanço entre Setúbal e Setúbal - Mar, que foi construído em 1907,[5] embora só tenha entrado oficialmente ao serviço em 25 de Maio de 1920, como parte da ligação entre Setúbal e Alcácer do Sal, então conhecida como Linha do Sado.[6]
Em 29 de Setembro de 1934, a Direcção Geral de Caminhos de Ferro aprovou o projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para o apeadeiro da Praça do Quebedo, ao quilómetro 28,869.80 da Linha do Sado.[7] Este projecto foi elaborado pelo arquitecto Cottinelli Telmo, sendo parte do programa da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para desenvolver as redes do Sul e Sueste e do Minho e Douro, que foram arrendadas aos Caminhos de Ferro do Estado em 1927.[8] A Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Dezembro desse ano noticiou que estava em construção o edifício deste apeadeiro.[8] As obras foram feitas pela 11.ª Secção de Via e Obras, tendo a Gazeta dos Caminhos de Ferro de 16 de Agosto de 1935 previsto que o edifício estaria concluído ainda nesse mês.[9]
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ «Comboios Urbanos > Lisboa - Praias do Sado A / Barreiro» (PDF). Comboios de Portugal. 11 de Setembro de 2016. Consultado em 20 de Agosto de 2017
- ↑ «Estação de Praça do Quebedo». Comboios de Portugal. Consultado em 23 de Setembro de 2017
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683). p. 75-78. Consultado em 8 de Julho de 2019 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ a b c d e f SOUSA, José Fernando de (16 de Outubro de 1903). «A linha do Sado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (380). p. 345-346. Consultado em 9 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1684). p. 91-95. Consultado em 9 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 9 de Outubro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1124). 16 de Outubro de 1934. p. 532. Consultado em 21 de Fevereiro de 2020 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ a b «Rêde do Sul e Sueste» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1127). 1 de Dezembro de 1934. p. 593-594. Consultado em 21 de Fevereiro de 2020
- ↑ «Importantes melhoramentos ferroviários em Barreiro, Lavradio e na Linha do Sado» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1144). 16 de Agosto de 1935. p. 350. Consultado em 21 de Fevereiro de 2020