Consoante aproximante

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Consoantes aproximantes são fonemas cuja emissão de ar é obstruída pela aproximação dos órgãos da fala, mas não suficientemente para criar a turbulência própria da articulação de uma fricativa.[1][2] Esta classe de fonemas inclui as aproximantes laterais como o [l] de lábios, e aproximantes centrais como a [j] de lei e a [w] em quase.[2]

Modos de articulação
Obstruente
Oclusiva
Africada
Fricativa
Sibilante
Soante
Nasal
Vibrante
Simples
Múltipla
Aproximante
Líquida
Vogal
Semivogal
Lateral
Fluxo de ar
Ejetiva
Implosiva
Clique
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Vogais correspondentes

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Alguns fonemas aproximantes se assemelham a vogais, tanto que as diferenças entre os sistemas vocálicos das línguas tendem a ser análogos às distinções entre inventários de aproximantes.[3] O termo semivogal é frequentemente usado para este segmento. As semivogais são um segmento similar a vogais, porém não silábicas. Enquanto alguns linguistas restrinjam o termo apenas a vogais de verdade que não são silábicas, as formam deslizes, outros também incluem um subconjunto de aproximantes que se assemelham a vogais.[carece de fontes?]

Na articulação, os aproximantes palatais correspondem às vogais anteriores, os aproximantes velares correspondem às vogais posteriores, os aproximantes labializados às vogais arredondadas, e os aproximantes alveolar e retroflexo, no caso de alguns sotaques da língua inglesa em que se pronuncia o R em finais silábicos, como na maioria dos sotaques dos dialetos americanos por exemplo, correspondem às vogais coloridas, como o [ɚ] e o [ɝ].

Aproximante Vogal correspondente Ponto de articulação
j i Palatal
ɥ y Labiopalatal
ɰ ɯ Velar
w u Labiovelar
ʕ̞ ɑ Faringal

Aproximantes versus fricativos

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Quando enfatizadas, os aproximantes poder ser levemente friccionadas (isto é, o mecanismo de ar pode se tornar levemente turbulento), que os fazem se assemelharem com as consoantes fricativas. Exemplos são o y do inglês yes! (especialmente quando são alongados) e a "fraca" alofonia da língua espanhola b, d, g, que são frequentemente transcritos nos alfabetos fonéticos como se fossem fricativos (muitas vezes devido talvez a falta de caracteres dedicados a estes aproximantes). Todavia, esta fricção geralmente é fraca e intermitente, diferente da forte turbulência das consoantes fricativas, além de necessitar de menor precisão.[4]

Esta confusão também é comum para com os aproximantes surdos, que necessariamente tem uma certa quantidade de ruídos semelhantes ao dos fricativos. Por exemplo, a consoante aproximante labiovelar surda [ʍ] tradicionalmente é considerada como uma fricativa, e em nenhum idioma é sabido haver um contraste entre este fonema e a consoante fricativa velar surda labializada [xʷ]. A língua tibetana possui o aproximante lateral surdo [l̥], enquanto a língua galesa possui o fricativo lateral surdo [ɬ], mas a distinção nem sempre é clara nas descrições destas línguas, e novamente, em nenhum idioma é sabido haver um contraste entre estes dois fonemas.

Entre os pontos de articulação mais posteriores da boca, os idiomas não contrastam os fricativos sonoros e os aproximantes, por isso que o alfabeto fonético internacional permite que os símbolos para os fricativos sonoros também possam ser utilizados para representar os aproximantes centrais, com ou sem o uso do diacrítico.

Ocasionalmente os fricativos glotais são chamados de aproximantes, porque o [h] tipicamente não possui mais fricção do que os aproximantes surdos, mas eles frequentemente possuem fonações do glote sem nenhum acompanhamento do modo ou do ponto de articulação.

Aproximantes centrais

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Aproximantes laterais

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Nos aproximantes laterais, o centro da língua realiza um sólido contato com o céu da boca. Contudo, é definido pela lateral da língua, que apenas se aproxima dos dentes.

Aproximantes coarticuladas que possuem seus próprios símbolos AFI

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Referências

  1. Ladefoged, Peter (1975). A Course in Phonetics. Nova Iorque: Harcourt Brace Jovanovich. p. 227 
  2. a b Martínez-Celdrán, Eugenio (2004). «Problems in the classification of approximants». Journal of the International Phonetic Association. 34 (2). p. 201. doi:10.1017/S0025100304001732 
  3. Ladefoged, Peter; Maddieson, Ian (1996). The Sounds of the World's Languages. Oxford: Blackwell. p. 323. ISBN 978-0-631-19815-4 
  4. Boersma, Paul (1997). «Sound change in functional phonology». Functional Phonology: Formalizing the Interactions Between Articulatory and Perceptual Drives. A Haia: Holland Academic Graphics. p. 12