Reino da Armênia (Idade Média)

Reino medieval da Armênia governado pela Dinastia Bagratúnio
(Redirecionado de Arménia Bagrátida)

Reino da Armênia (português brasileiro) ou Arménia (português europeu), também chamado Armênia (português brasileiro) ou Armênia (português europeu) Bagratuni / Bagrátida (em armênio/arménio: Բագրատունյաց Հայաստան; romaniz.:Bagratunyats Hayastan) ou Reino dos Bagratunis (em armênio/arménio: Բագրատունիների թագավորություն; romaniz.:Bagratunineri t’agavorut’yun), foi um Estado armênio independente estabelecido por Asócio I em 885 após quase dois séculos de dominação estrangeira pelo Califado Omíada (661–750) e o Califado Abássida (750–1258) árabes. Com o Califado Abássida e o Império Bizantino lidando com outros assuntos e as tradicionais famílias nobres armênias (nacarares) tendo dissipado, Asócio usou o vácuo para conduzir o movimento de expulsão dos árabes da região.[4]

Reino da Armênia
885 — 1045 
Bandeira
Bandeira
Bandeira

Reino em ca. 1000
Região Cáucaso
Capital
Países atuais

Línguas oficiais armênio
Religião Cristianismo armênio

Rei
• 885-890  Asócio I (primeiro)
• 1042-1045  Cacício II (último)

Período histórico Idade Média
• 885  Ascensão de Asócio I
• 1045  Conquista pelo Império Bizantino

O prestígio de Asócio cresceu entre os bizantinos e os líderes árabes, que desejavam manter um Estado tampão perto de suas fronteiras. O califado reconheceu-o como "príncipe de príncipes" em 862 e, em seguida, rei (em 884 ou 885). A criação do reino levou à fundação de vários outros Estados armênios: Taraunitis, Vaspuracânia, Cars, Artsaque e Siunique.[5] Sob o rei Asócio III (r. 953–77), Ani tornou-se capital do reino e prosperou como centro econômico e cultural.[6]

Na primeira metade do século XI, o reino declinou e então colapsou. O imperador bizantino Basílio II (r. 976–1025) obteve uma série de vitórias e anexou partes do sudoeste da Armênia; João-Simbácio III (r. 1020–1040) foi forçado a ceder seus domínios e, em 1022, prometeu "testamentar" o reino aos bizantinos ao morrer. No entanto, ao morrer em 1041, seu sucessor Cacício II (r. 1041–1045) recusou-se a entregar Ani e resistiu até 1045, quando seu reino, atormentado por ameaças internas e externas, foi finalmente tomado pelas forças bizantinas.[7]

Referências

Bibliografia editar

  • Bloom, Jonathan; Blair, Sheila S. (2009). Grove Encyclopedia of Islamic Art & Architecture: Three-Volume Set. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Bournoutian, George A. (2006). A Concise History of the Armenian People: From Ancient Times to the Present. Costa Mesa, Califórnia: Mazda. ISBN 978-1-56859-141-4 
  • Donabédian, Patrick; Mutafian, Claude (2010). Les douze capitales d'Arménie. Paris: Somogy 
  • Ghafadaryan, Karo (1974). «Անի [Ani]». Soviet Armenian Encyclopedia. Erevã: Academia Armênia de Ciências 
  • Hewsen, R. H. (1987). «Ayrarat». Enciclopédia Irânica Vol. III, Fasc. 2. Nova Iorque: Columbia University Press 
  • Ter-Ghevondyan, Aram N. (1976). «Բագրատունիների Թագավորություն (Bagratuni Kingdom)». Soviet Armenian Encyclopedia. vol. ii. Erevã: Academia Armênia de Ciências