Arma de Transmissões do Exército Português

A Arma de Transmissões (TM) constitui a arma do Exército Português à qual compete assegurar e desenvolver as comunicações dos comandos e grandes unidades, a manutenção do material de transmissões e as operações de guerra eletrónica

Arma de Transmissões
País Portugal Portugal
Corporação Exército Português
Missão Comunicações, Sistemas de Informação, Gestão da Informação e do Conhecimento, Guerra da Informação
Sigla TM
Criação 1810 (Corpo Telegráfico Militar)
1970 (Arma de Transmissões)
Patrono São Gabriel
Lema Por engenho e ciência
Cores Preto
História
Guerras/batalhas Guerra do Ultramar (1961-1974)
Comando
Diretor honorário da Arma de Transmissões Major-general Nelson Martins Viegas Pires
Diretor da Direção de Comunicações e Sistemas de Informação Brigadeiro-general Francisco José Carneiro Bento Soares

Historial editar

1810 - Criação do Corpo Telegráfico Militar, anexo ao Real Corpo de Engenheiros;
1884 - Criação da Companhia de Telegrafistas, primeira unidade operacional de transmissões;
1888 - Criação do Serviço Telegráfico de Guarnição e dos Pombais Militares (STGPM). Tem como órgão superior a Inspeção do STGPM;
1889 - Passa a designar-se "Serviço Telegráfico de Guarnição, de Aerostação e Pombais Militares (STGAPM). Tem como órgão superior a Direção do STGAPM, dependente da Direção-Geral da Arma de Engenharia;
1900 - Passa a designar-se "Inspeção dos Telégrafos Militares", tendo a seu cargo os serviço de telegrafia, telefonia, aerostação e pombais militares;
1911 - Passa a designar-se "Serviço Telegráfico Militar", incluindo os serviços e tropas de telegrafia de campanha, telegrafia de praça, telegrafia sem fios e de aerostação e pombais militares e a secção eletrotécnica. Continua a fazer parte da Arma de Engenharia e tem como orgão superior a Inspeção do Serviço Telegráfico Militar, diretamente dependente do quartel-mestre general do Exército;
1926 - Passa a designar-se "Tropas de Comunicações", incluindo as tropas e serviços telegráfico, de caminhos de ferro e automóvel. As tropas de comunicações têm como órgão superior a Inspeção das Tropas de Comunicações, integrada na Direção da Arma de Engenharia;
1946 - Passam a designar-se "Tropas de Transmissões" e o respetivo órgão superior "Inspeção das Tropas de Transmissões";
1951 - Criação do Serviço de Telecomunicações Militares (STM), responsável pelas comunicações permanentes (fixas) do Exército. O STM é assegurado pelo Batalhão de Telegrafistas da Arma de Engenharia;
1959 - A nova organização geral do Ministério do Exército - estabelecida pelo decreto-lei n.º 42664 de 7 de outubro de 1959 - prevê a existência de uma Arma de Transmissões, tendo como órgão superior a Direção da Arma de Transmissões;
1961 - Através da portaria n.º 18213 de 17 de janeiro de 1961, é organizada a Direção da Arma de Transmissões (DAT), com as atribuições previstas pelo decreto-lei n.º 42664, sendo extinta a Inspeção das Tropas de Transmissões. Todas as unidades, órgãos e serviços, que estavam sob supervisão daquela Inspeção, passam a ser considerados parte da futura Arma de Transmissões. Não é contudo criada ainda a Arma de Transmissões, com os respetivos quadros de pessoal, continuando o pessoal de transmissões a fazer parte dos quadros da Arma de Engenharia e de outras armas;
1970 - Criação da Arma de Transmissões, com o seu quadro de pessoal privativo, separado da Arma de Engenharia. O STM passa a ser um órgão desta Arma;
1993 - Extinção da Direção da Arma de Transmissões, integrando parte das suas funções na Direção dos Serviços de Transmissões (DST). Deixa de existir a Arma de Transmissões como organismo, com órgãos próprios, passando a ser meramente um quadro de pessoal;
2006 - A DST passa a denominar-se "Direção de Comunicações e Sistemas de Informação (DCSI)".

Unidades de transmissões editar

Unidades atuais editar

Na Componente Fixa do Sistema de Forças existe atualmente uma única unidade de transmissões:

Na Componente Operacional do Sistema de Forças existem:

Unidades extintas editar

  • Escola Prática de Transmissões (EPT), aquartelada em Lisboa e depois no Porto;
  • Batalhão de Transmissões n.º 3 (BTm 3), aquartelado em Tancos;
  • Batalhão de Transmissões n.º 361 (BTm 361), aquartelado em Luanda (Angola), passando depois a designar-se Batalhão de Transmissões n.º 1 (BTm 1) e, seguidamente, Agrupamento de Transmissões de Angola (ATmA);
  • Batalhão de Transmissões n. 2 (BTm 2), aquartelado em Lourenço Marques e depois em Nampula (Moçambique);
  • Agrupamento de Transmissões da Guiné (ATmG), aquartelado em Bissau (Guiné Portuguesa);
  • Batalhão de Transmissões n.º 4 (BTm 4), ao serviço da UNOMOZ em Moçambique;
  • Companhia de Transmissões n.º 5 (CTm 5), ao serviço da UNAVEM em Angola;
  • Companhia de Transmissões nº 8 (CTm 8), ao serviço da MINURSO no Sara Ocidental;
  • Depósito Geral de Material de Transmissões (DGMTm), aquartelado em Linda-a-Velha.

Quadro de pessoal editar

A Arma de Transmissões inclui os seguintes quadros de pessoal:

  • Oficiais QP (quadro permanente) engenheiros de transmissões (TM);
  • Sargentos QP de transmissões (TM);
  • Oficiais QP técnicos de exploração de transmissões (TEXPTM);
  • Oficiais QP técnicos de manutenção de transmissões (TMANTM);
  • Oficiais RV/RC (regime de voluntariado ou de contrato) da área funcional AF10 -T (Transmissões) das especialidades:
    • 423 - Transmissões das unidades de transmissões,
    • 427 - Transmissões das armas,
  • Sargentos RV/RC da área funcional AF10 -T das especialidades:
    • 423 - Transmissões das unidades de transmissões,
    • 427 - Transmissões das armas;
  • Praças RV/RC das especialidades:
    • 02 - Mecânica,
    • 17 - Comunicações.

Referências editar