Arnaldo Tertuliano de Oliveira Quintella

Arnaldo Tertuliano de Oliveira Quintella (Recife, 27 de abril de 1880Rio de Janeiro, 9 de março de 1922) foi um médico brasileiro.[1]

Arnaldo Tertuliano de Oliveira Quintella
Nascimento 27 de abril de 1880
Morte 9 de março de 1922

Sua vida editar

Filho de Teopompo Magno de Oliveira Quintella e Ana Josefina Quintella, nasceu no Recife em 27 de abril de 1880.

Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1902.[1]

Foi interno do Hospital São João Baptista, de Niterói.[nota 1]

Médico editar

Exerceu as seguintes funções clínicas:[1]

  • Médico adjunto e cirurgião na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro;
  • Médico auxiliar na Maternidade do Rio de Janeiro;
  • Cirurgião no Hospital da Gamboa[nota 2]

Docente editar

Indicado para ser professor de Farmacologia, recusou, no entanto, a função. Assumiu, depois, a livre-docência de Clínica Obstétrica da faculdade onde formou-se.

Escritor editar

Foi redator dos seguintes periódicos:[1]

  • Revista de Ginecologia e Obstetrícia;
  • Revista Siniátrica (colaborador);
  • Arquivos Brasileiros de Medicina;
  • Brasil Médico;
  • Annales de Ginecologie et d'Obstétrique de Paris;
  • Revista Argentina de Obstetrícia e Ginecologia.

Foi eleito membro da Academia Nacional de Medicina em 1910.[2]

Sua morte editar

Foi assassinado em seu consultório no Rio de Janeiro.[3][4][5]

Quando exercia sua atividade de clínico, em seu consultório, foi abordado por uma antiga paciente, Rachel Cezar Martins, esposa do capítão de fragata Dyonísio Martins, que lhe deflagrou dois tiros de revólver a queima-roupa[nota 3] e, fugindo em seguida, tentou o suicídio, atirando em sua cabeça.[nota 4] Atingido no tórax, o médico teve morte imediata, por hemorragia interna.

Investigação policial traçou todo o caminho da assassina nos últimos dias, quando foi dada por desaparecida, chegando à conclusão de tratar-se de paciente com problema psiquiátrico, obsessiva, que dizia que precisava de matar o Dr. Quintella.[4]

Notas e referências

Notas

  1. Durante seu internato, auxiliou o Dr. Chapot Prévost em uma célebre operação das pacientes xifópagas.[1]
  2. No Hospital da Gamboa exerceu a chefia do Serviço de Cirurgia por vários anos.
  3. Antes de deflagrar o tiro, ela foi abordada por outro paciente, que tentou desarmá-la, sem sucesso.[5]
  4. Atendida e levada à Casa de Saúde do Dr. Pedro Ernesto, onde foi operada, sobrevivendo do intento.

Referências

  1. a b c d e BARRETO, Luiz de Gonzaga Braga. Participação de Pernambuco na Academia Nacional de Medicina (1829 a 2021). Olinda: Nova Presença, 2021. Pág. 63-64
  2. Biografia em www.anm.org.br
  3. O enterro do Dr. Arnaldo Quintella em O Paiz, 11 de março de 1922
  4. a b Assassinato do Dr. Arnaldo Quintela - in: BARRETO, Luiz de Gonzaga Braga. Participação de Pernambuco na Academia Nacional de Medicina (1829 a 2021). Olinda: Nova Presença, 2021. Pág.79-90
  5. a b Curta Botafogo (2 de outubro de 2017). «O fim trágico do Dr. Arnaldo Quintella». Consultado em 6 de julho de 2022 
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