Artur Fernandes Agostinho ComSE (Lisboa, 25 de Dezembro de 1920Lisboa, 22 de Março de 2011) foi um jornalista, radialista, escritor e um premiado actor português.

Artur Agostinho
Nascimento 25 de dezembro de 1920
Lisboa, Portugal
Morte 22 de março de 2011 (90 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade português
Ocupação Actor, jornalista, radialista e escritor
Prémios Óscar da Imprensa (1962) Melhor locutor
2006 - Prémio de Carreira Fernando Soromenho (CNID)
2010 - Prémio Mérito e Excelência (Globos de Ouro)

Biografia editar

Artur Agostinho nasceu em 25 de Dezembro de 1920 em Lisboa.[1][2][3][4]

Os primeiros passos no éter foram dados em 1938 na amadora Rádio Luz. Seguiram-se Clube Radiofónico de Portugal, a Voz de Lisboa, a Rádio Peninsular e o Rádio Clube Português. Entrou para a Emissora Nacional em 1945.[1]

Fez parte do departamento desportivo da Rádio Renascença, nos anos 80 do século XX, depois de ter sido um dos mais brilhantes relatores desportivos de sempre aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão.[3][4][5]

No cinema, Artur Agostinho participou nos filmes Cais do Sodré (1946), O Leão da Estrela (1947), Capas Negras (1947), Cantiga da Rua (1950), Sonhar é Fácil (1951), O Tarzan do 5º Esquerdo (1958), Dois Dias no Paraíso (1958), O Testamento do Senhor Napumoceno (1997) e A Sombra dos Abutres (1998).[2][4]

Foi proprietário de uma agência de publicidade, a Sonarte, e jornalista. Dirigiu o diário desportivo Record, entre 1963 e 1974, tendo regressado ao jornal como colunista, em 2005. Entretanto, foi também director do Jornal do Sporting.[3][4]

Após o 25 de Abril, por ter trabalhado como repórter em trabalhos com pessoas do antigo regime, foi preso a 28 de setembro de 1974, ficando 3 meses em Caxias. Em Agosto de 1975 decide emigrar devido à falta de trabalho que vivia, indo para o Rio de Janeiro, no Brasil, até 1981. Lá trabalhou num banco e fez dois programas desportivos sobre o futebol português para a Globo.[6]

Trabalho editar

Apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu", "Curto-Circuito" e ainda em séries e telenovelas:[2][4]

Escreveu os livros Até na prisão fui roubado! (1976), Português sem Portugal (1977) e, em 2009, lançou o livro Bela, riquíssima e além disso… viúva.[4]

Morte editar

Artur Agostinho morreu a 22 de Março de 2011, com 90 anos de idade, no Hospital de Santa Maria onde estava internado já há uma semana.[2][3] O corpo do comunicador foi ainda durante o próprio dia para a capela da Igreja de São João de Deus, em Lisboa.[2] Encontra-se sepultado no Cemitério de Benfica, em Lisboa.[7]

Prémios e homenagens editar

Prémio Artur Agostinho - Rádio editar

Desde 2012, o CNID atribui o nome de Artur Agostinho à categoria Rádio dos seus prémios anuais. Entre os galardoados pelo "Prémio Artur Agostinho - Rádio" do CNID podemos encontrar João Ricardo Pateiro (TSF, 2012),[15] Teófilo Fernando (Antena 1, 2013),[16] Nuno Matos (Antena 1, 2014)[17] Gonçalo Ventura (Antena 1, 2015)[18] ou Pedro Azevedo (Rádio Renascença, 2016).[19]

Referências

  1. a b C.N. (8 de Junho de 1990). «Artur Agostinho: No ar há 52 anos». Diário de Lisboa. p. 3. Consultado em 13 de janeiro de 2019 
  2. a b c d e f «Morreu Artur Agostinho». Record. 22 de Março de 2011. Consultado em 22 de Março de 2011. Cópia arquivada em 20 de novembro de 2015 
  3. a b c d e Redacção (22 de Março de 2011). «Morreu Artur Agostinho». A Bola. Consultado em 22 de Março de 2010. Cópia arquivada em 24 de março de 2011 
  4. a b c d e f «Morreu o comunicador Artur Agostinho». SIC Notícias. 22 de Março de 2011. Consultado em 22 de Março de 2011. Cópia arquivada em 25 de março de 2011 
  5. Dias, Patrícia Costa (2011). A Vida com um Sorriso - Histórias, experiências, gargalhadas, reflexões de Isabel Wolmar. Lisboa: Ésquilo. p. 39-45. ISBN 978-989-8092-97-7. OCLC 758100535 
  6. «Artur Agostinho ao SOL: A morte do neto foi 'um golpe muito violento'». Semanário Sol. Consultado em 17 de maio de 2018 
  7. «Artur Agostinho (1920-2011) – Memorial Find a...». pt.findagrave.com. Consultado em 15 de janeiro de 2021 
  8. «Prémios Bordalo». Em 1962 denominado "Óscar da Imprensa". Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  9. «Morreu o jornalista Artur Agostinho». Diário de Notícias. 22 de Março de 2011. Consultado em 22 de maio de 2016 
  10. «Morreu Artur Agostinho (1920-2011)». Semanário Expresso. 22 de Março de 2011. Consultado em 22 de maio de 2016 
  11. «Bola Branca e Artur Agostinho homenageados». Jornal Público. 10 de maio de 2006. Consultado em 22 de maio de 2016 
  12. «Globos de Ouro: Artur Agostinho distinguido com Prémio Mérito e Excelência». Correio de Manhã. 24 de maio de 2010. Consultado em 22 de maio de 2016 
  13. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Artur Agostinho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de junho de 2014 
  14. «PR: Artur Agostinho condecorado num dos dias "mais felizes" da sua vida». Diário de Notícias. Consultado em 28 de Dezembro de 2010 [ligação inativa]
  15. André Silva (7 de maio de 2012). «Alexandre Santos no meio de outros craques como Mourinho e Cristiano Ronaldo». RTP. Consultado em 22 de maio de 2016 
  16. Tiago Henriques (31 de maio de 2013). «Henrique Mateus recebe Prémio do CNID». Diário de Notícias. Consultado em 22 de maio de 2016 
  17. Agência Lusa ; Nuno Fernandes (26 de maio de 2014). «Ronaldo e Paulo Bento entre os premiados do CNID». Diário de Notícias. Consultado em 22 de maio de 2016 
  18. Redação Lux (18 de junho de 2015). «Fotos: Nélson Évora e Teresa Almeida premiados pela imprensa desportiva». Revista Lux. Consultado em 22 de maio de 2016 
  19. «Jornalista do Expresso premiada pelo CNID». Semanário Expresso. 28 de abril de 2016. Consultado em 22 de maio de 2016 

Ligações externas editar

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