Associação medicamentosa

cafeína medicamentos de diminuir engordar

Uma associação medicamentosa ou medicamento composto é um medicamento cuja composição é formada por dois ou mais princípios ativos combinados na forma farmacêutica de dosagem única.[1] Eles são produzidos em larga escala, em oposição aos medicamentos manipulados, que são individualizados de acordo com o paciente.[2]

Exemplos editar

Alguns exemplos de associações medicamentosas são:

  • Aspirina/paracetamol/cafeína
  • Carbidopa/levodopa /entacapona
  • Glicose/frutose/ácido fosfórico
  • Paracetamol/codeína
  • Indacaterol/mometasona

Combinações complexas (quatro ou mais princípios ativos):

  • Etambutol/isoniazida/pirazinamida/rifampicina
  • Paracetamol/carisoprodol/diclofenaco/cafeína

Vantagens e desvantagens editar

As associações medicamentosas possuem algumas vantagens, como facilitar os tratamentos que requerem a ingestão de vários fármacos pelo paciente.[3] Por outro lado, em casos de reações alérgicas, as associações medicamentosas podem dificultar a detecção de qual princípio ativo causou a reação.

Vantagens editar

  • Aumentam a taxa de adesão ao tratamento, pois reduzem o número de comprimidos que paciente deve ingerir. Isso é importante porque, em uma terapia medicamentosa, o paciente precisa controlar não somente o número de pílulas que precisam ser ingeridas, mas também as dosagens diárias, os horários de ingestão dos medicamentos e as instruções específicas de cada um deles.[3][4]
  • Em alguns casos, permitem a formulação de medicamentos mais dinâmicos em relação à farmacocinética, efeitos terapêuticos e efeitos colaterais, pois ocorre sinergia entre os diferentes componentes presentes no medicamento.

Desvantagens editar

  • Algumas vezes, pode não existir uma associação medicamentosa com dosagens apropriadas para determinado paciente, o que pode fazer com que alguns pacientes recebam muito de um dos princípios ativos e outros recebam pouco, o que limita a capacidade dos médicos de personalizar alguns regimes de dosagem.[5] Em tais casos, uma alternativa terapêutica a se considerar é o tratamento com medicamentos manipulados.
  • Se ocorrer uma reação adversa à associação medicamentosa, pode ser difícil identificar o princípio ativo responsável por causar a reação.
  • A produção de associações medicamentosas pode enfrentar desafios nos estágios de desenvolvimento de suas formulações, como problemas de compatibilidade entre os princípios ativos e excipientes do medicamento.[6]

Referências

  1. Collier, Roger (2012). «Reducing the "pill burden"». Canadian Medical Association Journal. 184: E117–E118. PMC 3273525 . PMID 22231682. doi:10.1503/cmaj.109-4076 
  2. "5-in-1 PolyPill Treatment May Prevent Heart Disease" Arquivado em 2014-02-27 no Wayback Machine, BAYVIEW PHARMACY'S PRESCRIPTION COMPOUNDING BLOG,Apr 01, 2009 @ 08:09 AM.
  3. a b Farrell, Barbara; French Merkley, Véronique; Ingar, Nafisa (setembro de 2013). «Reducing pill burden and helping with medication awareness to improve adherence». Canadian Pharmacists Journal : CPJ (5): 262–269. ISSN 1715-1635. PMC 3785195 . PMID 24093037. doi:10.1177/1715163513500208. Consultado em 4 de outubro de 2020 
  4. Chiu, Yi-Wen; Teitelbaum, Isaac; Misra, Madhukar; de Leon, Essel Marie; Adzize, Tochi; Mehrotra, Rajnish (junho de 2009). «Pill Burden, Adherence, Hyperphosphatemia, and Quality of Life in Maintenance Dialysis Patients». Clinical Journal of the American Society of Nephrology : CJASN (6): 1089–1096. ISSN 1555-9041. PMC 2689877 . PMID 19423571. doi:10.2215/CJN.00290109. Consultado em 4 de outubro de 2020 
  5. Peter A. Netland,"Glaucoma Medical Therapy-Principles and Management"
  6. Mitra, Amitava; Wu, Yunhui (setembro de 2012). «Challenges and Opportunities in Achieving Bioequivalence for Fixed-Dose Combination Products». The AAPS Journal (em inglês). 14: 646–655. ISSN 1550-7416. PMC 3385830 . doi:10.1208/s12248-012-9378-x 


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