Atos 23 é o vigésimo-terceiro capítulo dos Atos dos Apóstolos no Novo Testamento da Bíblia. Continua o relato da prisão de Paulo em Jerusalém iniciado em Atos 21, incluindo o início de sua viagem final para Roma passando por Cesareia[1][2].

Atos 23

Trecho de Atos dos Apóstolos no Codex Laudianus
Livro Atos dos Apóstolos
Categoria Histórico
Parte da Bíblia Novo Testamento
Precedido por: Atos 22
Sucedido por: Atos 24
Capítulos de Atos dos Apóstolos

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Manuscritos editar

Atos 23 foi originalmente escrito em grego koiné e dividido em 35 versículos. Alguns dos manuscritos a conter o texto são:

Estrutura editar

Julgamento de Paulo pelo Sinédrio editar

 
Paulo e o Sinédrio, um dos episódios de Atos 23.
1768. Afresco de Christoph Anton Mayr na Igreja de Sâo Pedro e São Paulo em Söll, na Áustria.

Quando começou a falar perante o Sinédrio, Ananias, que era o sumo sacerdote, mandou «lhe dessem na boca» (Atos 23:2) e Paulo o amaldiçoa: «Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aí sentado para me julgar segundo a Lei, e contra a Lei mandas que eu seja ferido» (Atos 23:3). Em seguida, Paulo se aproveitou da divisão dos judeus entre fariseus e saduceus e declarou o que acreditava ser o motivo de seu julgamento:

«Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus; por causa da esperança e da ressurreição dos mortos é que eu estou sendo julgado.» (Atos 23:6)

Uma enorme confusão se seguiu, pois os saduceus, que afirmavam que não existiam anjos e nem espíritos, queriam condená-lo enquanto os fariseus defendiam sua inocência. Com medo de Paulo ser ferido, o tribuno romano o levou de volta para a cidadela. Preso, Paulo teve uma nova visão e foi reconfortado com a previsão de que daria seu testemunho em Roma como já havia feito em Jerusalém.

Complô para assassinar Paulo editar

Quando Paulo estava preso, um grupo de mais de quarenta judeus articulou para assassiná-lo através de um estratagema. Eles pediram aos sacerdotes e anciãos que mandassem buscar Paulo sob o pretexto de «investigar com mais precisão a sua causa» (Atos 23:15), mas a intenção real era matá-lo assim que se apresentasse. Um "filho da irmã de Paulo" descobriu o plano e contou para o tio, que pediu que ele falasse com o tribuno. Este, depois de orientar que o rapaz guardasse segredo sobre o que havia lhe revelado, decidiu que Jerusalém não era mais segura (Atos 23:11–23).

Paulo preso em Cesareia editar

Escoltado por «duzentos soldados de infantaria, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros» (Atos 23:23), Paulo foi enviado para o governador romano da Judeia, Félix, juntamente com uma carta do tribuno, que chamava-se "Lísias". Os soldados acompanharam-no até Antipátrida e retornaram, deixando-o com a cavalaria. Ao chegar em Cesareia, o governador descobriu que Paulo era da Cilícia (região onde estava Tarso) mandou prendê-lo no "Pretório de Herodes" enquanto aguardava a chegada de seus acusadores, que mandou buscar em Jerusalém (Atos 23:24–35).

Ver também editar


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Referências

  1. Halley, Henry H. Halley's Bible Handbook: an abbreviated Bible commentary. 23rd edition. Zondervan Publishing House. 1962.
  2. Holman Illustrated Bible Handbook. Holman Bible Publishers, Nashville, Tennessee. 2012.

Ligações externas editar