Aulo Mânlio Vulsão (cônsul em 474 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Cneu Mânlio Vulsão (desambiguação) e Aulo Mânlio Vulsão.

Aulo Mânlio Vulsão (em latim: Aulus Manlius Vulso) ou, alternativamente, Cneu Mânlio Vulsão (em latim: Gnaeus Manlius Vulso)[a], foi um político da gente Mânlia nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul em 474 a.C. com Lúcio Fúrio Medulino.

Aulo Mânlio Vulsão
Cônsul da República Romana
Consulado 474 a.C.

Biografia editar

Aulo Mânlio pertencia à nobre gente Mânlia, uma das mais antigas e conhecidas gentes patrícias da Roma Antiga e cujos cognomes mais comum durante o período republicano eram Capitolino, Torquato e Vulsão. O nomen "Mânlio" era frequentemente confundido com "Mânio" ou "Manílio".

Foi eleito cônsul em 474 a.C. juntamente com Lúcio Fúrio Medulino[3] e foi pai de Aulo Mânlio Vulsão, um dos decênviros em 451 a.C.

O Senado encarregou um dos cônsules de marchar contra os veios para levar a guerra ao seu território e Aulo Vulsão foi o escolhido. Ele rapidamente assediou Veios, o que levou ao fim da guerra e a um acordo de paz[1]. Mânlio, que obteve de imediato dos embaixadores veios uma recompensa de um ano de salário para seus soldados e suprimentos para dois meses (enquanto a trégua foi acordada depois por quarenta emissários veios diretamente com os senadores), recebeu, ao chegar em Roma, uma ovação por seus resultados. Re-estabelecida a paz, foi realizado um censo da população romana, resultando num total de 103 000 cidadãos, um número que excluía escravos e estrangeiros[3].

No ano seguinte, o tribuno da plebe Cneu Genúcio processou os cônsules por terem se recusado a realizar a distribuição de terras aos cidadãos pobres como havia sido prometido pelo Senado. Mas, no dia escolhido para a discussão do processo, o tribuno foi encontrado morto em sua casa sem sinais de violência em seu cadáver; a sua ausência impediu o prosseguimento do processo, que terminou anulado[4].

Ver também editar

Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Públio Valério Publícola

com Caio Náucio Rutilo

Lúcio Fúrio Medulino
474 a.C.

com Aulo Mânlio Vulsão

Sucedido por:
Lúcio Emílio Mamerco III

com Vopisco Júlio Julo


Notas editar

  1. Segundo Lívio, o cônsul eleito com Lúcio Fúrio se chamava Caio Mânlio[1]. A maior parte dos autores modernos se refere a ele como "Aulo" (em latim: Aulus), assumindo que ele seria a mesma pessoa que o decênviro de 451, chamado de Aulo nos Fastos Capitolinos. Porém, a cronologia de sua família torna esta hipótese extremamente improvável, levando à conclusão de que ele era, de fato, Cneu (em latim: Gnaeus), o pai do decênviro. Os praenomina Gnaeus e Gaius eram frequentemente confundidos nos registros antigos, o que explicaria a aparição do nome no relato de Lìvio. O nome de seu pai era Públio[1][2]

Referências

  1. a b c Lívio, Ab urbe condita libri II, 54.
  2. Fastos Capitolinos.
  3. a b Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 36.
  4. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 38.

Bibliografia editar

Ligações externas editar