Ayrton Moreira (Miracema, 31 de dezembro de 1917Belo Horizonte, 22 de novembro de 1975) foi um treinador e futebolista brasileiro, que atuava como zagueiro.

Ayrton Moreira
Informações pessoais
Nome completo Ayrton Moreira
Data de nasc. 31 de dezembro de 1917
Local de nasc. Miracema (RJ), Brasil
Morto em 22 de novembro de 1975 (57 anos)
Local da morte Belo Horizonte (MG), Brasil
Informações profissionais
Posição Treinador
(ex-Zagueiro)
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)

1939
1941

Brasil Bonsucesso
Brasil Atlético Mineiro
Brasil Aeroporto de Lagoa Santa
Brasil Botafogo
Brasil Náutico
Times/clubes que treinou
1946


1948–1950
1949
1954
1956
1957
1959
1964–1967
1968


1974
1975
Brasil Metalusina-MG
Brasil Tupi
Brasil Sport-MG
Brasil Bangu
Brasil Atlético Mineiro
Brasil Villa Nova
Brasil América Mineiro
Brasil Cruzeiro
Brasil Atlético Mineiro
Brasil Cruzeiro
Brasil Atlético Mineiro
Brasil Bela Vista-MG
Brasil Valeriodoce
Brasil Vila Nova
Brasil Cruzeiro (auxiliar-técnico)

Carreira editar

Como jogador editar

Natural de Miracema, no Noroeste Fluminense, Ayrton Moreira começou a carreira de jogador, como zagueiro de muito vigor, mas tecnicamente apenas regular, no Bonsucesso. Veio para o Atlético Mineiro em 1939 e foi campeão mineiro. Dois anos depois, foi para o Aeroporto, jovem clube de Lagoa Santa. Também jogou por Botafogo e Náutico, onde encerrou sua carreira.

Como treinador editar

Menos conhecido que os irmãos Aymoré e Zezé, Ayrton iniciou, já em 1946, a jornada de técnico, começando pelo pequeno Futebol Metalusina, de Barão de Cocais. Seguiu carreira por Bangu, Tupi e Sport de Juiz de Fora. Em 1949, dirigiu o Atlético-MG. Cinco anos depois, esteve no Villa Nova de Nova Lima. Em 1956, foi técnico do América Mineiro. Também trabalhou no Valeriodoce, de Itabira.

Sucesso no Cruzeiro editar

Sua primeira passagem pelo Cruzeiro foi em 1957, quando conquistou o título mineiro do ano anterior, dividido no chamado "tapetão" com o Galo. Ao todo, dirigiu o time celeste em 200 partidas, com 127 vitórias, 33 empates e 40 derrotas. É o quarto técnico que mais trabalhou no clube.

Ayrton Moreira foi o responsável por um dos melhores momentos na história do Cruzeiro. Ele montou e dirigiu a equipe que ficou conhecida como Academia Celeste, e que conquistaria a Taça Brasil de 1966 e o Estadual entre 1965 e 1969.

O início dessa história foi curioso. No meio do Campeonato Mineiro de 1964, a diretoria celeste demitiu Marão e, para substituí-lo, chamou Ayrton Moreira, que era gerente de compras do clube, depois de ter sido administrador da Sede Campestre nos anos anteriores. Aos poucos, o novo treinador começou a promover garotos da base, como Dirceu Lopes, Natal, Pedro Paulo (Tostão já estava entre os profissionais), e armou a equipe que surpreendeu o país ao derrotar o Santos na final da Taça Brasil de 1966, com uma goleada por 6 a 2 no Mineirão e uma virada por 3 a 2 no Estádio do Pacaembu.

Depois de cerca de três anos de muito sucesso à frente da equipe celeste, Ayrton Moreira deixou o clube de maneira um pouco traumática. Em outubro de 1967, depois da eliminação na Copa Libertadores, o treinador se afastou por motivo de doença. De início, Orlando Fantoni seria apenas um substituto interino. Mas, com a conquista do título mineiro daquele ano, acabou efetivado. Ayrton continuou como funcionário do clube, mas se afastou definitivamente e nunca mais voltou a dirigir a equipe.

Trocou o Cruzeiro pelo Atlético Mineiro. Em 1974, trabalhou pela última vez como treinador no Vila Nova de Goiás. Com a chegada de Zezé Moreira ao Cruzeiro em agosto de 1975, Ayrton voltou para trabalhar com ele (Aymoré era outro irmão que se destacou como treinador). E foi auxiliar de Zezé até morrer.

Morte editar

Há mais de um ano, o treinador tinha hipertensão arterial maligna, que acabou comprometendo seus rins. Seu estado de saúde se agravou no dia 17, quando foi internado. Vítima de hemorragia cerebral, Ayrton Moreira morreu no dia 22 de novembro de 1975, às 18h, no CTI do Hospital Felício Rocho. No dia seguinte, um domingo, foi sepultado no Parque da Colina, com a presença de muitos torcedores. Sobre o caixão, bandeiras dos três clubes belo-horizontinos. Naquele mesmo dia, à tarde, no Mineirão, o Cruzeiro, sob o comando do irmão Zezé, derrotou o Corinthians por 2 a 0, gols de Nelinho, de pênalti, e Roberto Batata, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. O goleiro Raul Plassmann defendeu um pênalti cobrado por Ruço. O time vinha de três maus resultados e iniciou ali uma reação, com três vitórias, que o levaram à semifinal da competição, quando passou pelo Santa Cruz, antes de perder o título para o Internacional.

Precedido por
José Ferreira Lemos
Técnico do Bangu
1948–1950
Sucedido por
Ondino Viera
Precedido por
Artur Nequessaurt
Marão
Técnico do Cruzeiro
1957
1964–1967
Sucedido por
Gérson dos Santos
Orlando Fantoni
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