Banco de Venezuela

O Banco de Venezuela (abreviado: BDV) é um banco universal internacional com sede em Caracas. Foi líder de mercado na Venezuela até 2007, quando caiu para o terceiro lugar, com 11,3% de participação de mercado em depósitos;[1] seus principais concorrentes são o Banesco, o Banco Mercantil e o BBVA Banco Provincial.[2] Em junho de 2008, possuía 285 filiais na Venezuela.

Banco de Venezuela
Banco de Venezuela
Sociedade anônima
Atividade Finanças e seguros
Fundação 1890
Sede Caracas,  Venezuela
Empregados 4,050
Produtos Serviços financeiros
Website oficial Official web site (Spanish)
Sede do Banco da Venezuela em Caracas.

História editar

O banco foi fundado em 1883 como Banco Comercial, que em 2 de setembro de 1890 mudou seu nome para Banco de Venezuela. Inicialmente, era uma instituição financeira de empréstimos e tributação para o governo venezuelano. Em 1920, já havia estabelecido 10 agências no país e, devido à falta de um banco central, o Banco de Venezuela se tornou uma das seis instituições financeiras com direito a emitir papel-moeda, até a criação do Banco Central de Venezuela em 1940.

Em 1976, o BDV inaugurou sua centésima filial em todo o país. Em 1978, o banco introduziu atendimento ao cliente 24 horas, cartões de crédito e novos terminais de ponto de venda. O banco abriu agências em Nova York e Curaçao em 1977 e 1979, respectivamente, e dois anos depois fundou uma subsidiária, o Banco de Venezuela International, para oferecer um melhor serviço fora do país. Em 1984, o banco inaugurou sua nova sede no centro de Caracas.

Em 6 de outubro de 2000, o BDV adquiriu 100% do Banco Caracas, tornando-se o maior banco do país.[3]

Envolvimento do Estado editar

Em 1993, após três anos de luta pelo controle acionário, o Banco de Venezuela foi assumido pelo Banco Consolidado[4] para formar o Banco de Venezuela y Consolidado. No entanto, o Banco Consolidado foi fechado durante a crise bancária venezuelana de 1994. Após o fechamento, o BDV sofreu problemas financeiros no contexto da crise financeira nacional. Em 9 de agosto de 1994, o BDV se tornou o décimo banco resgatado pelo governo venezuelano durante a crise, com o governo assumindo uma participação majoritária no valor estimado de US$ 294 milhões.[5] Em 1996, o banco foi reprivatizado, com o Grupo Santander adquirindo 93,38 %% de suas ações, por cerca de US$ 350 milhões.[4][6][7]

Em junho de 2008, o Grupo Santander iniciou uma discussão com o banqueiro venezuelano Victor Vargas, sobre uma possível aquisição do BDV,[8] mas o governo venezuelano interrompeu as negociações. Em 31 de julho do mesmo ano, o presidente venezuelano Hugo Chávez declarou: "Estou interessado na compra (pelo governo) e vamos nacionalizá-la".[9] No entanto, em março de 2009, as negociações com o Grupo Santander ainda não haviam sido concluídas, e o ministro das Finanças, Ali Rodriguez, disse que era possível que a aquisição pudesse ser abandonada.[10] Um contrato final para um preço de compra de US$ 1,05 bilhão foi assinado em maio de 2009.[1]

Referências

  1. a b Venezuelanalysis, 25 May 2009, Venezuela Buys Bank of Venezuela for $US 1.05 billion
  2. «Sistema banca comercial y universal». Banca y Negocios (em Spanish) 
  3. "Merger creates Venezuela's largest bank"[ligação inativa] Retrieved on 13/1/2008
  4. a b Banco de Venezuela, Historia Arquivado em 2009-04-21 no Wayback Machine, accessed 17 de março de 2009
  5. «Veneuela (sic) Announces Bank Rescue Package». The New York Times 
  6. «Santander confirma que negocia con Gobierno de Venezuela la venta de filial». Unión Radio (em Spanish) 
  7. «Banco Santander in talks with Venezuela». IHT 
  8. «Anuncian venta del Banco de Venezuela al BOD» (em Spanish)  Cadena Global.
  9. «Presidente Chávez anunció la intención del gobierno de nacionalizar al Banco de Venezuela». Globovisión (em Spanish). Cópia arquivada em 11 de outubro de 2009. Yo estoy interesado en comprar y vamos a nacionalizar al Banco de Venezuela 
  10. Bloomberg, 8 March 2009, Venezuela Still Negotiating Santander Takeover, Minister Says